O conto da Carochinha montado pelo ministro Gilmar Mendes e a Veja, dando conta de que Lula o havia coagido a protelar o julgamento do mensalão, de tão ridículo, foi desmentido pela única testemunha do encontro, o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim.
Mas, como de costume, serviu para a fazer funcionar o esqueminha manjado de repercussão Veja-Jornal Nacional-Estadão-Folha-Globo, e colocar de joelhos o PT, o Palácio do Planalto e, finalmente, o Supremo Tribunal Federal.
A ação impetrada pela oposição era mais do que esperada, uma vez que essas coisas já são decididas na reunião de pauta da Veja, mas desde sempre se sabia que, do ponto de vista judicial, não daria em nada. Até porque a intenção não era essa. Para se ter uma ideia, Gilmar Mendes sequer se deu ao trabalho de responder os pedidos de informação feitos pelo Ministério Público Federal.
A intenção era começar a interditar Lula politicamente e forçar o STF a começar a julgar o mensalão antes das eleições municipais, de modo a desgastar o PT e garantir a vitória da direita nas principais capitais brasileiras, sobretudo São Paulo.
A primeira parte do plano deu certo.
Só não contavam que metade da cidade de São Paulo rejeitasse José Serra, apesar da magnitude do julgamento do século, quiça do milênio, do “maior esquema de corrupção da história do Brasil”.
Leandro Fortes
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