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Daniela

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junio 14, 2012 21:00 , por Daniela - | No one following this article yet.

Plágio derruba estrela do jornalismo

agosto 10, 2012 21:00, por Desconocido - 0no comments yet

Plágio derruba estrela do jornalismo
Fareed Zakaria, que escrevia para Time, nos Estados Unidos, e Época, no Brasil, copiava textos de outros autores
Mais um escândalo na mídia. Desta vez, não se trata de grampos, como nos casos do britânico News of the World e da revista Veja, mas de plágio. E o protagonista é o escritor Fareed Zakaria, que publicava artigos na revista Time, nos Estados Unidos, e em Época, no Brasil.
Ao escrever sobre os massacres recentes nos Estados Unidos, Zakaria copiou um texto que outro jornalista havia escrito para a revista New Yorker, anos atrás. Ele pediu desculpas aos leitores, mas não foi o suficiente. Perdeu o cargo de colunista na Time e foi também suspenso da CNN, onde era comentarista sobre assuntos internacionais.
Autor do livro “O mundo pós-americano”, Zakaria era também uma espécie de guru intelectual do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
No 247



Charge online - Bessinha - # 1391

agosto 10, 2012 21:00, por Desconocido - 0no comments yet



Gene Sharp, o "Maquiavel do pacifismo", dá aula de como derrubar tiranos

agosto 10, 2012 21:00, por Desconocido - 0no comments yet

Há algo em comum entre os líderes das mais recentes revoltas populares: todos cultuam Sharp
O autor de Como começar uma revolução? e outros 20 livros traduzidos em mais de 30 idiomas com receitas didáticas para derrubar ditaduras sem pegar em armas esteve em Oslo na semana passada, onde conversou com Opera Mundi. Durante três dias, Gene Sharp (à esquerda) debateu com líderes de movimentos de protesto de 26 países, entre eles sírios, egípcios e nepaleses que vêm enfrentando repressão brutal, prisão e morte por reivindicar mudanças nas muitas primaveras espalhadas hoje pelo globo – algumas apoteóticas e muito midiatizadas, como a do Egito, outras lentas e de sucesso incerto, como a do Zimbábue.
O filósofo e professor emérito de Ciência Política da Universidade de Massachusetts Dartmouth, cotado mais de uma vez para o Prêmio Nobel da Paz e apontado como um dos inspiradores da revolução egípcia, tem hoje 84 anos, mas a idade não o impede de viajar o mundo debatendo ideias, mesmo em países hostis às suas publicações.
"Um companheiro foi detido e condenado a sete meses por estar com páginas fotocopiadas de seu livro, senhor Sharp", disse um moreno barbado de aspecto maciço, chamado Al Maskati Mohamed, representante da Sociedade dos Jovens pelos Direitos Humanos no Bahrein, uma ilha do Golfo Pérsico 2 mil vezes menor que a cidade de São Paulo, onde há alguns meses grupos de manifestantes vêm pedindo a renúncia do líder de uma dinastia que está há mais de 200 anos no poder. "Sete meses de detenção?", retrucou Sharp. "Isso é quase uma ofensa para a minha obra. O que está havendo? Eu costumava ver dissidentes serem condenados a sete anos por possuir um exemplar dos meus livros", disse Sharp, sem sorrir.
Com o corpo curvado sobre a bengala e uma voz rouca quase ausente, ele é a personificação da resistência serena. Cruzar o Atlântico numa exaustiva viagem de 12 horas até chegar a Oslo não abateu em nada esse senhor de cabelos completamente brancos e aparência frágil como porcelana. Entre 6 e 8 de junho, ele se fez presente numa longa reunião, de três dias, auspiciada pelas chancelarias da Noruega e da Suíça, para debater com alguns dos líderes dos mais ativos grupos de direitos humanos do mundo, para discutir o tema "Defensores de Direitos Humanos e Manifestações Pacíficas".
Se há algo que o veteraníssimo Sharp conhece de perto é o risco de questionar governos. Nos EUA, ele passou nove meses numa cela por protestar contra o recrutamento de jovens para combater na Guerra da Coreia, nos anos 1950. A longa experiência lhe deu parte da preciosa bagagem necessária para irritar gente poderosa – e ganhar a pecha pouco criativa em muitas praças de "agente da CIA".
Uma de suas maiores contribuições é um guia com 198 medidas pacíficas a serem tomadas caso você e seus amigos queiram derrubar uma ditadura. Há muitas dicas úteis, além das tradicionais marchas e protestos. Por exemplo, porque não organizar uma série de festas? Ninguém poderá dizer que se trata exatamente de um protesto e, num lugar fechado como a Coreia do Norte ou o Sri Lanka, isso pode ter algum efeito. Ou ainda mais simples: instruir o povo a simplesmente virar as costas às autoridades. Todos juntos, ao mesmo tempo. Parece ingênuo, mas estamos falando de rincões realmente obscuros.
Você também pode simplesmente ficar em casa. Ninguém sai na rua, não há protesto. Ou, ao contrário, combinar um dia para que toda a população vá andando ao trabalho, na mesma hora; deixe de pagar em massa determinada conta pública como luz ou água num determinado mês do ano ou combine um dia para que o máximo de pessoas saque dinheiro dos bancos no mesmo dia, na mesma hora. Nada disso? Então suma. Isso, ele propõe desaparições coletivas voluntárias como forma de abalar a "normalidade" que regimes fechados tentam manter a todo custo.
Apesar de escrever guias assim, Sharp se recusa entretanto a dar conselhos. "Se você está metido numa luta política, arriscando a sua vida, e vem pedir para que alguém de outro país lhe diga o que fazer, então, está perdido. É melhor parar e pensar", adverte.
Ele diz que nada substitui a análise acurada dos fatos. "Um movimento pacifista maduro e bem articulado, com poder de análise competente, dificilmente não atinge seus intentos. Se algo sai errado, é preciso melhorar a análise, saber identificar as oportunidades, as brechas", diz.
Para Sharp, a sacada não é exatamente sonhar em derrubar governos, mas "drenar de tal forma a confiança e o apoio do ditador que ele não tenha mais a quê poder renunciar. Que sua queda seja natural". Uma de suas frases mais célebres é "um ditador nunca é tão invencível quanto ele quer que você creia que ele é".
Foi assim na Sérvia, com a queda de Slobodan Milosevic, e na Ucrânia de Victor Yanukovych, onde os movimentos de protesto pagam enorme tributo a Sharp.
"Esses movimentos políticos são dramáticos e não acontecem porque as pessoas pensem que eles vão triunfar, porque pareça uma boa ideia no momento. Normalmente, isso é fruto da necessidade. Não se trata de cálculo", diz para tentar explicar o que acontece, em parte, em países como a Síria e o Egito hoje.
Sharp é realista, quase cético, sobre o que acontece no Egito. Ele chegou a prever o golpe branco que os militares dariam uma semana depois, durante o segundo turno das eleições presidenciais – as primeiras depois da era Mubarak – delegando a si mesmas poderes legislativos biônicos. "Isso frequentemente acontece. Por isso é preciso ser muito cuidadoso".
Sobre a Síria, ele diz que seria muita ingenuidade acreditar que um regime como o de Assad não recorreria ao uso de medidas brutais para reprimir os dissidentes. E sem completar a ideia, sugere que talvez fosse prudente esperar por uma janela de oportunidade mais clara para mudar o regime. Como um pacifista, Sharp não aposta fichas numa hipotética – e cada vez mais improvável – intervenção militar da ONU. Para ele, ou os movimentos aprendem a romper a lógica da violência, ou não passarão de mais um movimento no pêndulo de intolerância que produz mudanças de cargos, mas não de paradigmas.
No Opera Mundi



Serra é favorito para perder

agosto 10, 2012 21:00, por Desconocido - 0no comments yet

Serra foi derrotado por Lula em 2002 porque o eleitorado queria mudança. A avaliação do governo Fernando Henrique em outubro daquele ano era 25% na soma de "ótimo" e "bom", segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes. Serra foi o candidato governista de uma administração mal avaliada pelo eleitorado. Há dois anos, Serra foi derrotado novamente por Lula
Há dois anos, Serra foi derrotado novamente por Lula, desta vez pelo motivo contrário ao de 2002: Serra era candidato de oposição a um governo bem avaliado. Lula chegou ao final de seu mandato com 80% na soma de "ótimo" e "bom" e isso permitiu que elegesse sua sucessora. Agora, na eleição paulistana, Serra é o candidato de um governo que tem somente 20% na avaliação de "ótimo" e "bom". Com esse nível de avaliação, Kassab dificilmente se reelegeria. O que dizer, então, de eleger seu sucessor?
Uma das coisas mais previsíveis em eleições é que governos bem avaliados saem vitoriosos e governos mal avaliados são derrotados. Essa afirmação causa irritação de tão simples que é, mas é impressionante como a maioria das pessoas a esquece quando analisam cenários eleitorais. Em 1994, o governo Itamar Franco estava bem avaliado e seu ex-ministro da Fazenda, Fernando Henrique, foi eleito. Em 1998, o próprio Fernando Henrique estava bem avaliado, e foi reeleito. Em 2006, Lula tinha 56% de "ótimo" e "bom" no mês da eleição. Estava bem avaliado, e venceu. Há quatro anos, às vésperas da eleição municipal, Kassab tinha em torno de 60% de "ótimo" e "bom". Não por acaso, foi reeleito.
O eleitor não é esquizofrênico. Se um governante está indo bem, ele o mantém no poder. Se a situação está ruim, tira o governo e coloca no lugar quem fez a campanha de oposição. As eleições podem ser divididas em dois grandes tipos: de mudança e de continuidade. Na São Paulo de 2012 está configurada uma eleição de mudança, porque a soma de "ótimo" e "bom" de Kassab é muito pequena. Como Serra é o candidato de Kassab, ele tende a ser derrotado. A pesquisa publicada na semana passada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", mostrando empate técnico entre Serra e Russomano, nada mais é do que o reflexo dessa avaliação de Kassab.
Na eleição de 2008, analisamos os dados de 76 municípios em que os prefeitos disputavam a reeleição. Descobrimos uma forte relação estatística (não linear) entre avaliação de governo e vitória eleitoral. Quando um prefeito tem 25% de "ótimo" e "bom", tem no máximo 10% de chances de ser reeleito. Trata-se de uma análise estatística, mas, na prática, não temos um só caso no qual um prefeito com 25% ou menos de "ótimo" e "bom" tenha saído vitorioso. Um prefeito com 40% de "ótimo" e "bom" também dificilmente é reeleito. As chances de que isso ocorra não passam de 30%. A zona de conforto para se ganhar uma reeleição é de 55% de "ótimo" e "bom", para cima. São raros os derrotados. Em geral, perdem para si próprios porque cometem alguma barbeiragem durante a campanha.
Reeleger-se é mais fácil do que eleger o sucessor. A situação de reeleição é uma situação plebiscitária. Mantém-se o que vai bem e muda-se o que vai mal. Quando, porém, um prefeito tenta eleger o sucessor, que é o caso da dupla Kassab e Serra, a tarefa é muito mais difícil. Na eleição de 2010, Serra e seus seguidores desprezaram isso e defenderam a visão de que o eleitorado iria comparar um Serra competente e bem preparado com uma Dilma inexperiente. Obviamente, isso teve muito menos peso do que a avaliação do governo Lula.
Para que Serra deixe de ser o favorito para a derrota é preciso que a campanha do PT não o associe ao governo Kassab. Isso seria um erro do ponto de vista do PT. Ou, então, que a avaliação do governo Kassab melhorasse muito durante a eleição, graças à propaganda eleitoral de Serra. Em 2008, a avaliação de Kassab melhorou durante a campanha, saindo de 40% de "ótimo" e "bom" para 60% perto do dia da eleição. Se agora melhorar dos atuais 20% para 40% de "ótimo" e "bom", ainda assim pode não ser suficiente para que Serra colha os dividendos eleitorais necessários para a vitória. É muito difícil eleger o sucessor com somente 40% de "ótimo" e "bom". Aliás, é difícil até mesmo se reeleger.
O resultado da pesquisa que coloca Serra e Russomano em empate técnico nada mais é do que produto da avaliação da prefeitura de Kassab. O eleitor de São Paulo está em busca de alguém que represente mudança. É por isso que o outro lado da moeda das dificuldades de Serra é o eventual favoritismo de Haddad. Para quem duvidar disso, basta ver que, nas últimas seis eleições para prefeito em São Paulo, o candidato do PT ou foi o segundo mais votado ou venceu. Se essa regularidade se repetir, Haddad tem vaga garantida no segundo turno. Não serei eu a afirmar que esta eleição será a primeira na história de São Paulo na qual o PT ficará da terceira posição para baixo. Deixo isso para aqueles que se consideram gênios e que, por isso, podem ignorar as regularidades. Se Haddad for para o segundo turno com Serra, a mudança em relação a Kassab será representada por Haddad.
Alberto Carlos Almeida, sociólogo e professor universitário, é autor de "A Cabeça do Brasileiro" e "O Dedo na Ferida: Menos Imposto, Mais Consumo".
Do Valor Econômico



Senadores chilenos apresentam projeto de lei para legalizar maconha

agosto 10, 2012 21:00, por Desconocido - 0no comments yet

Texto faz crítica a modelo “proibicionista” de combate às drogas e apresenta vantagens da descriminalização
O Chile entrou na discussão internacional sobre a política pública para entorpecentes com um projeto de lei que critica o modelo de combate às drogas em vigor na grande maioria dos países. O texto foi apresentado nesta quinta-feira (09/08) pelos senadores Fulvio Rossi, do PS (Partido Socialista) e Ricardo Lagos Weber, do PPD (Partido pela Democracia) responsáveis por sua autoria, e inova mais pela argumentação do que pela proposta.
“Queremos começar a abrir um debate na sociedade chilena, que está ocorrendo na América Latina, em relação ao que foi feito para regulamentar a droga e se este foi o caminho correto”, explicou o senador Lagos Weber segundo nota em seu site oficial.
O projeto sugere a inclusão de uma cláusula na lei nacional de Tráfico Ilícito de Narcóticos que permite o cultivo domiciliar da maconha para fins de uso, autoriza seu consumo, incluindo para fins terapêuticos, e o porte em pequenas porções. A quantidade exata tolerada deve ser estabelecida depois de discussões no Parlamento, informou Rossi.
A partir de pesquisas, estudiosos e casos, o projeto de lei sustenta que a proibição do uso de drogas e não sua descriminalização que fortalece o crime organizado e aumenta o número de consumidores, provocando aquilo que pretende combater. “O que tem que ser entendido é que quando você permite o cultivo para fins de consumo pessoal, está atacando a compra ilegal, o narcotráfico, porque reduz o mercado do narcotraficante, porque você pode plantar”, acrescenta Rossi.
“A estratégia para enfrentar o narcotráfico tem sido extremamente contraproducentes ao se basear em modelos que replicam o proibicionismo e a criminalização dos consumidores”, diz o texto. Estabelecido no México e em diversos outros países latino-americanos, este modelo de política foi responsável pelo encarceramento e morte de milhares de pessoas, informa o projeto.

Exemplos de sucesso

Em países onde o consumo de drogas foi legalizado e regularizado, os danos sociais foram reduzidos, argumentam os senadores. Em Portugal, o uso de drogas entre estudantes, as mortes relacionadas com o consumo de drogas, o número de pessoas contaminadas pela AIDS e o número de presos por questões vinculadas à droga diminuíram e a quantidade de drogas apreendida pelo estado aumentou após a descriminalização do consumo da maconha.
Com a regularização do uso da maconha, o governo chileno vai separar o tratamento do usuário de droga e do grande vendedor, o narcotraficante. Por esta razão, os senadores também propõem, no documento, que a política de drogas do governo chileno deixe de estar sob o controle do Ministério do Interior e da Segurança Pública e passe a ser administrada pelo Ministério da Saúde.
“Estamos frente a uma política que requer uma mudança estrutural, para garantir um papel mais eficiente do Estado separando sua ação em duas grandes áreas: a da saúde e do combate ao crime organizado”, explica o texto.
O Uruguai também está caminhando na direção de uma transformação na política de drogas, ainda mais radical por propor a legalização da produção, venda e consumo da maconha. No entanto, no caso uruguaio, o poder executivo que impulsiona a medida sob a liderança do presidente, José Mujica.