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Daniela

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14 de Junho de 2012, 21:00 , por Daniela - | No one following this article yet.

Charge online - Bessinha - # 1304

16 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Propinoduto Aref: Ex-diretora diz que tem gravação comprovando propina

16 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



A arrogância dos bancos, segundo o J.P. Morgan

16 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Em seu editorial de ontem, o New York Times trata do depoimento do banqueiro Jamie Dimon, o todo poderoso presidente do J.P.Morgan, ao Comitê de Bancos do Senado norte-americano, a propósito do sistema financeiro de seu país. Depois de admitir erros fatais na ação de sua empresa, Dimon foi mais longe, dizendo que os chamados bancos grandes demais para falir têm aspectos negativos, como “ganância, arrogância, insolência, e falta de atenção com os detalhes”.
Dimon é um dos heróis maiores de nossos tempos neoliberais. Aos 56 anos, filho e neto de operadores no mercado de capitais, fez carreira sucessiva nas principais instituições financeiras norte-americanas, até chegar ao topo do J.P.Morgan em 2006, aos 50 anos. Ligado ao Partido Democrata, é visto como amigo de Obama, e o seu nome foi cogitado para ser o Secretário de Tesouro do atual presidente.
O New York Times registra que, apesar de seus reparos, Dimon repele qualquer regulamentação do sistema e se opõe até mesmo aos frágeis controles propostos por Paul Volcker, quando presidente do FED.
Muito bem, revela um banqueiro dos maiores, o sistema financeiro se move pela ganância, pela arrogância e pela insolência. Enfim, pela prepotência. E só os absolutamente néscios (salvo os interessados) podem acreditar que os governos do mundo são conduzidos pelas doutrinas políticas, e não pelos banqueiros. Esses, além da atuar em seu próprio interesse, cuidam dos interesses dos grandes acionistas, que não passam de algumas dezenas de grandes famílias. A remuneração normal de Dimon, conhecida, é de 24 milhões de dólares ao ano, sem contar com as gratificações, e as indenizações, em caso de saída da instituição.
O sistema financeiro sempre foi instrumento da injustiça, da desigualdade e das guerras. Mais uma vez, os grandes bancos, insatisfeitos com tudo o que saquearam, estão espalhando os vírus de uma conflagração geral. Como os recentes episódios europeus estão demonstrando, os bancos já não se limitam a cooptar os governantes, mas passaram a administrar diretamente os estados, ao colocar seus empregados na chefia dos governos, como fez o Goldman Sachs.
A crise européia, no entanto, é muito mais do que um problema financeiro. É um imenso problema político. A guerra de 1914 – fomentada, como tantas outras, pelo grande capital – não resolveu os dissídios entre as potências continentais, sobretudo entre a Alemanha e a França, que disputam o domínio da Europa desde o confronto entre Richelieu e o Conde-Duque de Olivares, no século 17, e foram ao conflito armado em 1870.
Os vencedores das duas guerras mundiais foram incapazes de administrar as duas derrotas alemãs com competência política. A tentativa de superar o problema com a criação da União Européia não trouxe a solução, 61 anos depois de seu primeiro passo, com a formação da Comunidade do Carvão e do Aço. A razão é simples: a formação de um bloco supranacional não elimina as rivalidades nacionais. Nós sabemos bem disso: enquanto o Brasil não se desenvolver como um todo, os estados mais ricos – e, assim, mais poderosos – continuarão a exercer a hegemonia do poder no país.
Novamente a Alemanha, baseada em seu poder industrial, dita o comportamento da Europa. Aliada dos grandes bancos, e dos Estados Unidos, que se dispõem a favorecer a sua posição no continente, a Senhora Merkel expressa os antivalores euro-americanos que Dimon reconhece no sistema financeiro: ganância, insolência, arrogância.
O capitalismo não cresce sem desigualdade, mas a desigualdade exacerbada conduz às crises, com o desemprego, a queda do consumo e a falência das grandes empresas. É nesse momento que se incentivam as guerras, com a ocupação dos desempregados, seja na indústria bélica, seja nas fileiras de combatentes. Quando a situação ainda permite, os conflitos se dão na periferia, mas chega o momento em que os países centrais entram diretamente em combate.
Não foi suficiente a intervenção na Líbia – promovida pela França, pelos Estados Unidos e pela Grã Bretanha – para o controle do deserto encharcado de petróleo. O país está entregue a bandos armados, sem governo, sem leis. O conflito interno na Síria não é tão simples como parece: está hoje claro que a violência não é monopólio do governo, mas sim estimulada por rebeldes armados e financiados do exterior. A programada agressão ao Irã envolverá, em sua defesa, a Rússia e, provavelmente, a China.
Diante desse quadro mundial de perspectivas desastrosas, temos que nos preparar, sem pânico, mas com firmeza, contra o projeto de recolonização em andamento, aqui, na África, na Ásia. Daí a urgência em buscar - não a hegemonia continental, que é presunção também insolente - justo entendimento com os nossos vizinhos, baseado nos interesses e sentimentos comuns, como pretende a Chefe do Estado.
E, como tarefa prioritária, impor aos banqueiros o controle necessário do Estado contra a ganância, a arrogância e a insolência, confessadas por Jamie Dimon ao Senado americano.



Como o deputado Miro analisaria o advogado Miro

16 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A grande dificuldade dos Catões é que precisam ter uma vida pública irrepreensível, caso contrário tornam-se vítimas das fogueiras que acendem.
Historicamente, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) é um grande Catão. Foi o primeiro a trazer à baila a suspeita do encontro, na Alemanha, do Ministro Gilmar Mendes com o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Depois, lançou a sombra da suspeição sobre todos os membros da CPI, ao insinuar que estava dominada por uma "tropa do cheque". Toda essa insinuação se baseou em um encontro, em Paris, de dois parlamentares com o presidente da Delta Construções - até então, uma das maiores empreiteiras do país. Pode ser que o encontro tenha sido fortuito, pode ser que para acertos. Mas o deputado, fiel às suas raízes jornalísticas, atirou primeiro e não perguntou.
Agora, revela-se que o advogado Miro Teixeira tem 200 cotas do escritório de advocacia Eduardo Ferrão (clique aqui, do Blog Amigos do Presidente Lula).
Como é de praxe, com os os Catões, a revelação sobre as atividades do advogado Miro Teixeira certamente despertaria no deputado Miro Teixeira suspeitas muito mais profundas do que um mero jantar em Paris entre figuras públicas.
Vamos às dúvidas suscitadas pela informação.
1. O fato de ter apenas 200 cotas do escritório não o absolve, pelo contrário: mostra-o como um colaborador eventual. No modelo dos escritórios de advocacia, o pagamento aos sócios independe de sua participação no capital total do escritório. As poucas cotas revelam que Miro era um colaborador para trabalhos específicos.
2. O escritório é um dos mais ativos participantes em dois dos maiores mercados advocatícios do país: demandas empresariais e escândalos federais. Disputa as maiores contas com Márcio Thomaz Bastos, Luiz Antonio Oliveira Lima e Kakai, entre poucos outros.
3. Miro não tem notável saber jurídico. Mas detem influência sobre os dois principais vetores de escandalização: as CPIs e a imprensa. Nas CPIs, participando praticamente de todas dos anos 90 para cá. Na imprensa, defendendo ideias caras à velha mídia: como a de que o direito de resposta compromete a liberdade de imprensa e a publicação de documentos secretos ou obtidos de forma criminosa é um direito do jornalista e um problema da fonte. Foi autor da iniciativa que acabou com a Lei de Imprensa e o principal guerreiro da Abril para evitar a CPI da TV A. Se houvesse um leilão para avaliar o político que todo escritório de advocacia especializado em escândalos brasilienses gostaria de ter, Miro seria o campeão.
Teoricamente (enfatizo: teoricamente) um deputado com esse poder de fogo poderia atuar das seguintes maneiras na área advocatícia:
1. Atacando grandes contas de suspeitos que não aceitassem contratar o escritório de advocacia ao qual o Catão é ligado. Como o implacável Miro poderia se voltar contra clientes do escritório do qual é sócio?
2. Sendo contratado pelo escritório depois de ter prejudicado alguns casos com suas catilinárias. O famoso cala-boca.
3. Atuando junto à mídia para desviar o foco do cliente do escritório ou para abrandar o fogo das acusações; e junto às CPIs para trazer informações relevantes ou desviar o foco.
Se o deputado Miro Teixeira fosse incumbido de analisar o papel do advogado Miro Teixeira, quais seriam as suspeitas? Enfatizo: apenas suspeitas que precisam ser investigadas, não sentenças definitivas. Mas, repito, se o episódio fosse submetido à leveza com que o deputado Miro ataca reputações alheias (independentemente de serem ou não virtuosas), haveria as seguintes suspeitas:
1. Está claro que o alvo de suas ações é a Delta Engenharia. É uma boa batalha política: todos estamos curiosos em saber a extensão da atuação da Delta. Mas, por outro lado é o bolo mais disputado pelos grandes escritórios de advocacia, o maior pacote advocatício da República dos escândalos desde o caso Opportunity. Pergunta: o escritório Ferrão atua em alguma ponta? Tentou se aproximar da Delta e foi rechaçado? Qual o quinhão do bolo com que o escritório foi contemplado, se é que foi?
2. O escritório Ferrão foi defensor de Fernando Sarney em um episódio que começou em 2008. O deputado Miro Teixeira foi um dos mais férreos denunciadores de Fernando Sarney. Na época, Miro já era sócio do escritório ou a sociedade foi celebrada depois apenas?
3. Quais os pagamentos efetuados até agora pelo escritório a Miro Teixeira, e referentes a quais trabalhos? São questões mais cabulosas do que meros encontros em Paris, convenhamos, na certeza de que o deputado Miro Teixeira terá elementos concretos para absolver o advogado Miro de todas as suspeitas.
Luis Nassif
No Advivo



Bolsa Família: a Globo tem um problema com os pobres

16 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O jornal o Globo tem um problema com os pobres: é contra.
E, por definição, é contra o Bolsa Família, como demonstra o editorial deste sábado.
(Ainda não se sabe de nenhum ataque frontal do Globo ao programa “Brasil sem Miséria”, mas logo virá.)
A Rede Globo tem como seu Cardeal Ratzinger um Gilberto Freire (com “i” mesmo – leia o “Em tempo”), um dos mais fervorosos adversários do Bolsa Familia.
Por exemplo: neste inesquecível artigo, de 2008, Kamel antecipa o editorial deste sábado: o Bolsa Familia vai promover o congelamento ártico da mobilidade social: filho de pobre pobre será, sempre !
Agora, no blog do Nassif, o Marco Antonio, do Blog Amigos do Presidente Lula, desmonta a “reportagem” do Globo que deu origem ao editorial e a “reportagem” do jornal nacional.
Não adianta: pobre não é o forte do pessoal.
Pobre, para a Globo, só o pessoal do bairrro do Divino: pobre que fica rico.
Em tempo: A propósito do clássico da literatura antropologica nacional, “Não, não somos racistas”, de Ali Kamel, amigo navegante pernambucano lembrou da seguinte anedota. Conta-se que, em Apipucos, um dia, D. Madalena virou-se para o marido e disse: Gilberto, essa carta está aí, em cima da tua mesa há um mês e você nem abre nem joga no lixo. Respondeu o Mestre de Apipucos: Madalena, querida, não posso abrir. É para um Gilberto Freire com “i”. Não sou eu.
Paulo Henrique Amorim