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Daniela

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14 de Junho de 2012, 21:00 , por Daniela - | No one following this article yet.

Assange: "Le pido al presidente Obama que renuncie a la persecución contra WikiLeaks"

18 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Julian Assange agradeció al Gobierno ecuatoriano: personalmente al presidente Rafael Correa por el "coraje de darme asilo" y al ministro de Exteriores, Ricardo Patiño, por su ayuda. Agradeció a cada país del ALBA por su intención de defender el derecho a asilo.
Assange agradeció a los ciudadanos de EE.UU., Gran Bretaña, Suecia y Australia ''por la fortaleza que me han dado'', "por seguir luchando por la justicia a pesar de que sus gobiernos lo obstaculizan". Dio las gracias a "todo el equipo de WikiLeaks por su coraje" y a los miembros de su familia. "Siento que ahora estamos separados, pero pronto vamos a reunirnos", dijo. “Le pido al presidente Obama que renuncie a la persecución en contra de WikiLeaks” , declaró. "La guerra de Estados Unidos contra los reveladores de la verdad debe finalizar. El soldado Bradley Manning debe ser liberado por el gobierno de Estados Unidos. Él es un héroe y un ejemplo para todos nosotros. El miércoles pasado fue el 815 día desde que fui detenido sin un tribunal. El máximo plazo legal para tener a alguien detenido es 120 días. El jueves mi amigo Nabil Rajaab fue sentenciado a 3 años de cárcel por escribir un tuit. El viernes un grupo musical ruso fue condenado a 2 años de prisión por una 'performance' política. Es una unidad de opresión. Es necesaria una unidad para dar una respuesta", dijo Julián Assange.
Previamente el portavoz del fundador de WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, declaró que Julian Assange pensaba entregarse a Suecia si no le deportaban a EE.UU. Según el representante del australiano, esta podría ser "la base para las negociaciones".
"Sería una buena base para negociar una manera de resolver este asunto que las autoridades suecas declararan que Julian nunca será extraditado de Suecia a EE.UU.", dijo Hrafnsson. A su vez el abogado de Assange, el español Baltasar Garzón, declaró a este respecto que "Assange está dispuesto a responder a la justicia, pero con las garantías que cualquier ciudadano tiene" y que el australiano "ha manifestado que va a reivindicar los derechos de WikiLeaks y de todos los que están siendo investigados". "Continuaremos apoyando y defendiendo el derecho fundamental de Assange al salvoconducto", dijo.



Discurso de Julian Assange desde la embajada de Ecuador en Londres

18 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Assange compareció ante el público por primera vez después de haber acudido a la embajada del país andino en el Reino Unido



Os protetores do antijornalismo

18 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Na terça-feira 14, de posse de uma análise preparada por técnicos da CPI do Cachoeira a partir de interceptações telefônicas e documentos da Polícia Federal, o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) estava pronto para um embate e tanto: requerer a convocação do jornalista Policarpo Jr., diretor da revista Veja em Brasília. Seria a segunda tentativa da CPI de ouvir Policarpo, mas o PT decidiu retirar o assunto de pauta, por enquanto, até conseguir convencer o PMDB a participar da empreitada. Antes, o senador Fernando Collor (PTB-AL) havia tentado sem sucesso convocar o jornalista.
Falácia. Alves e Teixeira dizem defender a “liberdade de imprensa”.
Mas quem disse que ela está ameaçada?
Fotos: Eduardo Maia/DN/D. A Press e Andre Dusek/AE
O documento de mais de cem páginas elaborado por técnicos da CPI, publicado em seus principais detalhes na edição passada de CartaCapital, prova de diversas maneiras a ligação de Policarpo Jr. com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a quem o diretor da semanal da Editora Abril chegou a solicitar um grampo ilegal contra o deputado Jovair Arantes (PTB-GO).
Na segunda-feira 13, um dia antes da data prevista para Dr. Rosinha se manifestar, uma tensa reunião ocorrida na casa do deputado Jilmar Tatto (SP), líder do PT na Câmara, tornou possível dimensionar a força do lobby da Abril sobre a bancada de quatro deputados do PMDB na comissão. O grupo atendia aos apelos do vice-presidente da República, Michel Temer, presidente do partido, e do deputado Henrique Eduardo Alves, líder da sigla na Câmara.
Constrangidos, incapazes de articular uma desculpa coerente, os peemedebistas da CPI continuam a negar apoio ao PT na empreitada. Na reunião, voltaram a se prender à falsa tese dos riscos da convocação à “liberdade de imprensa” no País. Eram eles os deputados Luiz Pitiman (DF) e Iris de Araújo (GO) e os senadores Sérgio de Souza (PR) e Ricardo Ferraço (ES).
Não há, obviamente, nenhuma relação entre um jornalista depor em uma CPI e um suposto atentado à liberdade de imprensa. No caso de Policarpo Jr., o argumento soa ainda mais esdrúxulo, uma vez que o jornalista já depôs na Comissão de Ética da Câmara, em 22 de fevereiro de 2005, no processo de cassação do ex-deputado André Luiz (PMDB-RJ).
Policarpo lá esteve, como voluntário, para defender ninguém menos que Cachoeira, a quem André Luiz pretensamente queria subornar para evitar a inclusão do nome do bicheiro no relatório final de outra CPI, a da Loterj (estatal fluminense de loterias), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Na casa de Tatto, a defesa da liberdade de imprensa foi o bastião dos peemedebistas. Do lado do PT, além do anfitrião e de Dr. Rosinha, estavam os deputados Odair Cunha (MG), relator da comissão, e Emiliano José (BA) e o senador José Pimentel (CE). Por mais de uma hora, os petistas revezaram-se na argumentação baseada tanto no documento preparado pelos técnicos da comissão quanto na reportagem de CartaCapital. Pouco adiantou. O PMDB não tinha ido negociar, apenas reforçar a orientação de Temer e Alves.
Sem o PMDB, o PT jamais conseguirá convocar Policarpo Jr. ou qualquer outro figurão da mídia nacional, embora se trate de um partido da base governista e tenha o vice-presidente nos quadros do governo Dilma Rousseff. A posição de Temer sobre o assunto é mais do que conhecida, embora as razões ainda sejam obscuras. Há três meses, ele se reuniu separadamente em jantares no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice em Brasília, com Fábio Barbosa, presidente da Editora Abril e braço direito do dono da empresa, Roberto Civita, e com João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo. A ambos prometeu que o PMDB iria barrar a convocação de jornalistas.
No caso de Alves, há uma razão empresarial e outra política para o parlamentar potiguar se curvar aos interesses do baronato da mídia. A família Alves é dona do Grupo Cabugi, que detém os direitos de retransmissão da TV Globo no Rio Grande do Norte. Além disso, Alves pretende ser o próximo presidente da Câmara, o que dificilmente conseguirá, se virar alvo de uma campanha na mídia, Veja à frente.
Causa estranheza, contudo, o grau de submissão dos integrantes do PMDB na CPI do Cachoeira aos interesses pessoais dos caciques do partido. Embora tenham cautela de não se pronunciar em público a respeito, é certo que a maioria é a favor da convocação de Policarpo Jr. A tese do atentado à liberdade de imprensa, de tão risível, nem sequer é considerada seriamente pelo grupo, que só tem coragem de sustentá-la em reuniões fechadas, ainda assim com a ressalva de seguirem a orientação do partido.
A oposição – DEM, PSDB e PPS – trabalha em absoluta sintonia com os interesses da Editora Abril, e mesmo entre os governistas o assunto é tabu. A principal voz a se levantar contra a ida de Policarpo à CPI, aliás, vem da base.
Em tom alarmista, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) tem alertado a quem quiser ouvir do perigo de o Brasil se transformar em um Estado policial caso o diretor da revista seja obrigado a explicar por que recebia encomendas e fazia pedidos ao bicheiro. “A intimidação, a coação, poderá ir ao plano estadual, ao plano municipal”, desesperou-se o deputado.
Teixeira equivoca-se. Como se pode comprovar na investigação no Reino Unido das malfeitorias cometidas por jornalistas do grupo de comunicação do magnata Rupert Murdoch, o que realmente ameaça a liberdade de imprensa e a democracia é a união entre jornalismo e bandidagem.
Irritado, o líder do PT argumentou que a ida de Policarpo Jr. à CPI em nada ameaçava a mídia livre. “Trata-se de convocar um senhor que começa a envergonhar a categoria dos jornalistas”, disse Tatto. Frustrado por nem poder colocar em pauta a convocação do jornalista, Dr. Rosinha desabafou: “Criou-se uma casta de intocáveis na CPI. Podemos convocar deputados e governadores, mas não jornalistas envolvidos com o crime organizado”.
Sobre o assunto, a velha mídia tratou em notinhas esparsas. Andou mais preocupada com os humores do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, cujo nome apareceu na lista do mensalão tucano, em Minas Gerais, como beneficiário de 150 mil reais. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Mendes pediu à Procuradoria-Geral da República para abrir inquérito contra CartaCapital, autora da denúncia.
O ministro não nega ter recebido o dinheiro, mas o fato de que, na época, em 1998, fosse advogado-geral da União. Na lista, a referência a Mendes aparece ao lado da sigla AGU, provavelmente por ele trabalhar na Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência, órgão ligado à Advocacia-Geral. Não se sabe por que o ministro decidiu usar o Ministério Público para lhe advogar de graça, numa causa privada.
Leandro Fortes
No CartaCapital



Ordens variadas

18 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Com o vale-tudo, não se sabe o que sucederá amanhã no STF ao pedido de condenação já apresentado pelo relator
Ainda que não pareçam, até por não terem precedente, são palavras do presidente do Supremo Tribunal Federal: "Cada ministro adotará a metodologia de voto que considera cabível".
Ou seja, vota caso a caso, a cada réu do mensalão examinado pelo relator, ou por blocos de personagens, ou por blocos de envolvimentos assemelhados, ou vota considerando o todo. Inovação brasileira: a solução de mais um desentendimento de magistrados pela criação do populismo judicial.
Mas o Supremo tem um regimento que determina o sistema de votação. E não oferece o "faça o que quiser" como exemplo de desordem a ser dado pelos guardiães da ordem jurídica, ou seja, das normas. Com o vale-tudo, ninguém sabe o que sucederá amanhã, no Supremo, ao primeiro pedido de condenação, já apresentado pelo relator Joaquim Barbosa.
Acusado de receber R$ 50 mil provenientes de Marcos Valério e de usar verba da Câmara em proveito próprio, o deputado João Paulo Cunha poderá ver-se condenado ou (resultado improvável) absolvido amanhã mesmo, como poderá depender do pinga-pinga de votos até um dia incerto.
E, por falar nisso, também não se sabe se as sentenças serão propostas com cada voto ou só virão em outro dia incerto, chocando-se umas com as outras, lá no final do julgamento.
2- A atual disposição de lugares na arena do Supremo situa lado a lado Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes. Combustível junto de fogo. Duas cabeças com peculiares sensos de convívio, de modos e de liberdade de opinião. Aguardam-se bons espetáculos. Não percam. O Brasil ganhou três medalhas de judô e duas de boxe em Londres.
3- Admitir que a acusação ao criador do WikiLeaks, Julian Assange, de violentar duas mulheres na Suécia possa ser armação é, para muitos sábios do jornalismo brasileiro, praticar a "teoria da conspiração". Mas logo na Suécia é que Assange precisou violentar mulheres? E depois de comprometer os Estados Unidos em graves denúncias. Então, pratiquemos a teoria - não pela última vez.
À falta de qualquer reação ao levante para derrubar João Goulart, todos, inclusive os golpistas, se perguntavam onde estava o "dispositivo militar do Jango", a máquina imbatível em que os janguistas em geral, e sobretudo os comunistas, depositavam confiança absoluta. Nem do comandante do "dispositivo", general Assis Brasil, havia notícia.
Assis Brasil foi militar sóbrio, de vida pessoal bem ordenada - até chegar a Brasília para montar o "dispositivo militar". Não demorou que lhe faltassem tempo e cabeça, e talvez energia física, para ocupar-se de sua missão.
O dispositivo feminino mobilizado por empresários golpistas batia qualquer concurso de misses. No dia do golpe, como ocorria há meses, o chefe do "dispositivo militar do Jango" estava sobrecarregado de uísque, a que aderira, e não o usufruía sozinho.
Uns dez anos depois, o grupo do general Geisel tinha, cedo ainda, um candidato em potencial para a sua sucessão. Discreto, com certas qualidades intelectuais (o pai foi célebre como político e como escritor), adepto do retorno progressivo ao Estado de Direito, sem inimigos.
No caso, um grupo de militares e o SNI substituíram os empresários. A vida do general em questão não precisou alterar-se em mais que um ponto: o suficiente para muitas fotos no apartamento que passara a frequentar em Brasília, dia a dia. A candidatura e o futuro do general foram esvaziados para sempre.
Julian Assange fez o maior e melhor trabalho jornalístico desde o Watergate. E foi com documentos da prepotência dos Estados Unidos.
Janio de Freitas



Tônia

18 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Quem entrasse na sala da nossa casa naquele momento não acreditaria no que via. Ali estava a Tônia Carrero, atriz de cinema, teatro e televisão, uma das mulheres mais admiradas do Brasil pelo talento e a beleza, de quatro sobre o tapete demonstrando um exercício para a coluna que recomendava a todos.
Nada representava melhor o que era a Tônia do que aquela cena: sua informalidade, seu cuidado com o próprio corpo e sua preocupação com os amigos — mesmo que nenhum amigo sequer tentasse imitar sua ginástica.
A Tônia nunca deixava de nos visitar quando passava por Porto Alegre. Às vezes se hospedava conosco, e sua chegada era sempre uma festa. No mesmo dia em que ficara de quatro para nos animar a fazer exercícios ela passara um bom tempo dando uma aula de maquiagem à cozinheira.
Talvez nenhuma outra grande atriz brasileira tenha se destacado como Tônia tanto pela beleza quanto pelo currículo artístico.
A beleza de Tônia era fulgurante e a sua longa carreira teatral incluiu comédias antológicas e clássicos e dramas importantes que ela abrilhantou com sua versatilidade e aquela voz inesquecível. Decididamente, não é apenas um rosto bonito.
Tônia Carrero, a Mariinha como a chamam os amigos, está fazendo 90 anos.
Olha aí, Mariinha: o meu abraço inclui os de todo o mundo aqui em casa. Inclusive dos que já se foram.
ENFADO
“Enfadonho” é uma grande palavra. Nada descreve melhor uma coisa assim, assim... Enfim, enfadonha — do que a palavra “enfadonha”. Se você disser que alguém é enfadonho está descrevendo-o com exatidão. Enfadonho não é exatamente chato, tedioso, cansativo. Enfadonho é enfadonho, a palavra está dizendo.
Por exemplo: o enorme voto do relator no julgamento do mensalão foi enfadonho — e ominoso, outra boa palavra. Pelo seu tamanho, o voto do relator já estava pronto e as defesas não fizeram a menor diferença no seu conteúdo.
Os votos dos outros ministros não serão tão grandes, mas presumivelmente já estavam prontos antes das defesas. Os advogados de defesa não só disseram o óbvio — ninguém sabia de nada, o dinheiro era para caixas 2, etc — como falaram em vão.
A não ser que dê alguma briga de soco entre os ministros — “Data vênia: paft!” — será tudo muito enfadonho até o final.
Luís Fernando Veríssimo