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10 de Agosto de 2012, 21:00 - sem comentários aindaDo Bule VoadorNo Ornitorrinco
O vice problema
10 de Agosto de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPF investiga empresas fornecedoras de uniformes escolares que, com o aval de Alexandre Schneider, candidato a vice na chapa de José Serra, firmaram contratos superfaturados com a Secretaria de Educação

CHAPA
Alexandre Schneider e José Serra: o vice precisa se explicar
Ao ser anunciado há dois meses como vice na chapa de José Serra na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Alexandre Schneider logo assumiu a linha de frente dos ataques à gestão do candidato petista Fernando Haddad no Ministério da Educação. A experiência de seis anos como secretário municipal de Educação e sua formação em administração seriam credenciais suficientes para a tarefa. O problema é que a gestão de Schneider também começa a ser alvo de sérios questionamentos. A Polícia Federal investiga a atuação nacional de um cartel de empresas fornecedoras de uniformes escolares que, em São Paulo, atuou livremente com o aval de Schneider – um tucano-serrista que se converteu ao PSD de Gilberto Kassab.
O ponto de partida da investigação dessa suposta “máfia dos uniformes” é um pregão realizado pela Secretaria de Educação em janeiro de 2009. O objetivo da concorrência era comprar roupas para estudantes da rede municipal em “kits” compostos por camisetas, bermudas, meias, tênis, além de jaquetas e calças em tactel e helanca. A PF encontrou indícios de que o pregão foi manipulado num conluio entre as empresas Mercosul Comercial, Capricónio e Diana Paolucci S/A para controlar o limite dos lances. O resultado foi a vitória da Mercosul com um preço unitário de R$ 117. Schneider homologou a concorrência e encomendou um primeiro lote de 724.666 kits por R$ 84,7 milhões. Em agosto daquele ano, ele assinou aditivo ao contrato, para a compra de 20.461 kits por R$ 2,4 milhões. Um novo contrato com a Mercosul, para mais 727.631 kits, foi feito em dezembro.
Naquele momento, porém, o secretário de Educação já estava de posse de uma pesquisa de mercado que indicava preços 46% abaixo dos praticados pela Mercosul, que numa licitação no Rio de Janeiro fez oferta de R$ 97,67 por kit. Caso tivesse aberto uma nova concorrência, Schneider poderia ter economizado cerca de R$ 33,5 milhões aos cofres públicos. Não bastasse o provável superfaturamento, a entrega dos uniformes, que são importados da China, atrasou. Pressionado, no ano seguinte Schneider contratou outra empresa, a LV Distribuidora. Para escapar da licitação, fez uma polêmica adesão de ata de preços. Fontes da secretaria informaram que a LV figurou no contrato, mas quem forneceu os uniformes foi a Mercosul.

SUSPEITA
Na sede da empresa que forneceu uniformes escolares para a
Secretaria de Educação é encontrada uma pequena loja abandonada
Tudo isso poderia ser apenas um eventual equívoco de gestão, mas a PF descobriu que um contrato mantido entre a Mercosul e o Banco do Brasil garantia que todos os valores depositados pela Secretaria de Educação fossem redistribuídos nas contas bancárias da Capricórnio e da Diana Paolucci. Agora, os agentes querem solicitar a quebra de sigilo dessas transações para determinar o destino final desse dinheiro. A PF também estranhou o fato de que, no pregão de 2009, a empresa, que tem sede em Santa Catarina, concorreu com o CNPJ da filial no Distrito Federal. No endereço da cidade-satélite de Samambaia é encontrado apenas um pequeno edifício abandonado.
Consulta ao TSE revelou o destino de um outro repasse que reforça a ligação da Mercosul com Schneider antes mesmo da assinatura do contrato com a Secretaria de Educação. Em outubro de 2008, a Mercosul fez quatro transferências para a conta do diretório nacional do PSDB, num total de R$ 300 mil. Naquele ano, Schneider era filiado ao PSDB, embora tivesse feito campanha para Kassab, em detrimento de Geraldo Alckmin (PSDB). Os sócios da empresa também fizeram doações pessoais para a campanha do vereador Goulart (ex-PMDB, hoje PSD), autor da lei que criou a obrigatoriedade do uso do uniforme na rede municipal de ensino.
Na investigação que corre em sigilo, a PF também descobriu que, antes do pregão vencido pela Mercosul, o secretário de Educação se reuniu com o grupo de empresários que participaram da licitação. O encontro se deu na tabacaria Esch Café, na alameda Lorena. Estavam presentes Julio Manfredini, da Capricórnio, Abelardo Paolucci, da Diana, e a dupla Antonio Borelli e Roberto Nakano, da Mercosul. Por isso, os agentes identificaram indícios de conluio. O encontro não foi isolado. Segundo funcionários ouvidos, os empresários foram vistos frequentemente no gabinete do então secretário. Procurado por IstoÉ, o ex-secretário e atual vice de José Serra não retornou os contatos até o fechamento da edição.

A metáfora do mundo
10 de Agosto de 2012, 21:00 - sem comentários aindaCom qual molho você quer ser comido?
Hugo Chávez é o primeiro presidente do mundo que colocou o cargo à disposição do povo e ganhou com 60%...
... e pela primeira vez se evitou que os mortos votassem, e se conseguiu que pessoas não votassem duas vezes (como com mal parkinson).
É estranho que no país falem de falta de liberdade de expressão e, no entanto, você liga a televisão e ali está alguém dizendo:
"Aqui não há liberdade de expressão"
"Aqui não tem liberdade de expressão"
"Aqui não há liberdade de expressão"
Esse Franco está mais do que blefando
10 de Agosto de 2012, 21:00 - sem comentários aindaÉ evidente que não se pode considerar de outro modo a ameaça do presidente do Paraguai, Federico Franco, ao anunciar esta semana que envia até dezembro ao Congresso projeto para suspender o repasse da energia excedente da binacional Itaipu para o Brasil e a Argentina.
Como os paraguaios consomem apenas 5% da produção da super hidrelétrica, eles vendem o restante para os dois vizinhos - para nós, a maior parte. Eu disse "vendem", de propósito. Repeti o termo usado pelo Itamaraty em resposta à arruaça do presidente paraguaio. “Não existe cessão de energia, ela é comprada. O Brasil não a tem de graça”, disse o embaixador Tovar Nunes, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores em Brasília.
Há um contrato acertado à época da construção da usina (início da década de 70) com as regras que devem ser seguidas pelos dois países. Assinado em 1973, o Tratado de Itaipu estabelece que cada país tem direito a metade da energia gerada pela usina.
Estamos em dia e até reajustamos preços
Como usa apenas 5% do que teria direito, o Paraguai vende grande parte para o Brasil. O tratado não autoriza que a energia destinada ao nosso país seja vendida a outros países. Para ajustar as tarifas, recentemente houve um aumento nos preços que o Brasil paga.
Franco vai "suspender repasse"? E vai fazer o que com a energia não vendida ao Brasil? Nada, vai se perder... E o Paraguai, como viverá sem a renda de milhões e milhões que recebe pela energia da hidrelétrica binacional?
Sensatez faz bem e todo mundo gosta. Uma coisa é industrializar o Paraguai, aumentar o emprego e a renda, desenvolver a infraestrutura e sua já importante agricultura, investir na educação e na saúde, reformar seu Estado. Com apoio, inclusive, do Brasil e da região, aumentando portanto o consumo interno de energia e vendendo menos para os vizinhos.
Preliminares do jogo sucessório presidencial paraguaio
Aí é um processo que precisamos, todos nós vizinhos, apoiar. E quanto a isto, até somos devedores, tanto o Brasil, quanto o MERCOSUL, do qual o Paraguai está suspenso por transgredir a cláusula de democracia do bloco, com o processo espúrio de golpe de Estado que depôs o presidente Fernando Lugo e levou Federico Franco ao poder.
Outra coisa é ameaçar o Brasil, rasgando contratos, dizendo que não vai mais vender energia. Ai já é chantagem política. Pura bravata. E o mais grave: é uma vil tentativa de estimular o espírito nacionalista contra o Brasil no Paraguai.
Este é o caminho sinalizado pelo presidente Franco. Mas aí é um caminho sem volta e que em todas as vezes em que foi tentado não tem dado nada certo na história. Por aí já fomos a uma guerra (Brasil x Paraguai) mais de um século atrás e os resultados não foram bons - de uma guerra nunca são - nem para nós, nem para eles.
Ameaça previsível? Em abril de 2013, haverá eleições presidenciais no Paraguai. A Constituição do país impede que Franco seja candidato à reeleição, mas seu lado (a direita e o Partido Colorado) tem candidato a sua sucessão.
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