A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social da Bahia (Seades), Fabya Reis, destacou os avanços da Bahia no SUAS, com a expansão da rede de proteção social. “Temos investimentos de mais de R$ 150 milhões em capacitação de equipes e melhoria da infraestrutura da rede socioassistencial. Com mais de 679 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), 275 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) e Centros POP, financiados por meio do pacto federativo, em colaboração com o Governo Federal”, afirmou.
Ações integradas
A secretária de Assistência Social do Rio Grande do Norte e coordenadora da Câmara Temática, Iris Oliveira, destacou o caráter colaborativo da reunião. “Esse é um espaço para pensar soluções coletivas e fortalecer a atuação dos estados na garantia de direitos. A escolha pela Bahia como sede se deve à sua experiência exitosa na implementação de políticas sociais que dialogam com as realidades do povo nordestino”, pontuou.
Um dos pontos centrais do encontro é justamente a aproximação das políticas públicas das necessidades reais da população. Para José Arimatéia, diretor executivo do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), essa escuta ativa é essencial para que o SUAS cumpra seu papel nos territórios. “O que torna a política de assistência social efetiva é a capacidade de dialogar com a realidade de cada território. É ouvindo quem está na ponta, nos municípios, que conseguimos construir respostas mais justas e eficientes para quem mais precisa”, afirmou.
Além das discussões institucionais, a programação valoriza a escuta dos profissionais que atuam diretamente nos territórios. Técnicos de CRAS, gestores municipais e representantes da sociedade civil compartilham experiências e propõem soluções baseadas na vivência local.
A reunião também avança em propostas como a criação de um observatório regional do SUAS, a formação de uma rede de pesquisadores e o balanço das conferências municipais, que alimentarão a etapa estadual. A expectativa é que os encaminhamentos do encontro fortaleçam a atuação coordenada entre os estados e contribuam para uma política de assistência social mais eficiente, conectada com os desafios concretos dos territórios nordestinos.
Por: Tácio Santos.