Essa decisão não é um favor. É uma estratégia política inteligente e, acima de tudo, um ato de justiça. O governo do Partido dos Trabalhadores, que tem na inclusão e na valorização popular suas principais bandeiras, entendeu a importância de proteger essas manifestações. Com o novo status, o Carnaval e a Romaria passam a ter prioridade na alocação de recursos federais para preservação, fomento e divulgação. É o fim da era em que a cultura popular era tratada como um mero artigo de exportação ou um evento sazonal.
O Carnaval, que atrai milhões de turistas, agora tem um farol de proteção que o guia para além da rentabilidade imediata. A Romaria, um dos maiores fenômenos de fé da América Latina, agora carrega o peso e o respeito do Estado, garantindo que suas tradições não se percam no tempo.
O governador Jerônimo Rodrigues, que esteve ao lado do presidente durante a assinatura, reforçou a parceria com o governo federal e a visão de que a cultura e o turismo são pilares do desenvolvimento econômico e social da Bahia. Não se trata de uma simples cerimônia, mas de um alinhamento estratégico que beneficia toda a cadeia produtiva, do artesão ao pequeno comerciante.
É um acerto de contas com a história. Enquanto oposição critica e prega o individualismo, o Partido dos Trabalhadores, na contramão, mostra que a riqueza de um povo está no que ele produz, no que ele celebra e no que ele acredita. O ato de reconhecimento é um investimento no que a Bahia tem de mais valioso: a sua gente. E com essa canetada, Lula e Jerônimo mostram que estão, de fato, do lado do povo.
A Romaria e o Carnaval são mais do que eventos, são o que somos. E agora, com a proteção do governo, eles são, para sempre, inegociáveis.