Na quarta-feira, 10 de abril, o Sr Jair Bolsonaro estará completando 100 dias de permanência no governo após assumir o cargo. Mas isto não significa que ele de fato está presidente. Aliás, foi ele mesmo que declarou, “não nasci para ser presidente, e sim militar”. O que de pronto foi rechaçado na internet. Teve gente que falou que, “nem para presidente, nem para militar.
Bolsonaro, durante a campanha, no primeiro turno dava mostras que seu capital político estava definhando. A cada debate que ia, perdia mais apoiadores. Até que a fatídica “facada” em Juiz de Fora, Minas Gerais, criou uma comoção junto ao eleitorado, aliada com as fakes News distribuídas e compartilhadas, principalmente, no meio evangélicos, o colocou no segundo turno e o levou a ser eleito.
O que se esperava, mesmo que se discorde dele e de não ter votado, era que ao assumir a presidência Bolsonaro pudesse mudar o seu estilo Nero e buscasse a conciliação da sociedade. Mas o que estamos vendo a cada dia é ele tocar fogo no país todas as vezes que abre a boca.
Na sexta-feira, 05, o homem que assumiu, mas não é presidente, ao fazer um discurso no palácio do planalto, quando da inauguração do Espaço de Atendimento de Ouvidoria da Presidência da República dique que 95% das 35 metas estipuladas em janeiro deste ano para os 100 primeiros dias tinham sido cumpridas. Se o objetivo traçado por ele e seu filhos foi brigar ao ir a Israel e não visitar a Palestina e ver Flávio declarar “quero que vocês explodam”, se referindo ao grupo Hamas, ele está no caminho certo para perder investimentos do “mundo árabe” por aqui. Se entregar a base de Alcântara no Maranhão aos americanos, que vão administra-la e que o Brasil não terá controlo sobre a mesma, está correto. Se romper acordos com a China, um dos maiores parceiros comerciais, para satisfazer Donald Trump, estava nas metas, ele está certo. Se entrar em uma guerra contra a Venezuela for o que ele busca, está no caminho e se ter acabado com a parceria com o Governo Cubano no Programa Mais Médicos, levando a população mais pobre a deixar de receber assistência médica, Bolsonaro está no caminho que ele traçou.
Bolsonaro já entregou parte do pré-sal brasileiro. Maior reserve de petróleo do mundo em águas profundas. Já autorizou a venda da Embraer para a Boeing. Desistindo de uma área sensível e estratégica para o país. Já fez o dólar subir, as bolsas caírem, autorizou o aumento dos combustíveis a níveis nunca antes vistos. A única coisa que Bolsonaro não conseguiu ainda foi presidente. E pelo jeito, não vai adiantar plantar oliveira, viajar no “AeroLula”. Ele não nasceu para isto.
A ausência de um presidente da república federativa do Brasil em exercício, está levando o país ao caos social. Pessoas inocentes estão sendo agredidas e mortas em plena rua ou nas escolas. E estes atos são comemorados abertamente em redes sociais por seus apoiadores, sem que se tome uma única providência. Estamos vivendo momentos de anarquia, na pior definição que o termo pode ser empregado. Onde a justiça, de tão cega com sua venda nos olhos, não consegue fazer cumprir a lei. Já que parte dela também anda cometendo ilícitos. Poucos são os que gritam em defasa do estado de direito.
Só há uma sápida para a baderna em que a sociedade se encontra. Lula livre e a convocação de novas eleições gerais.