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Dimas Roque

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“Machadinho, o peixe tá podre”

April 17, 2025 10:05 , by Dimas Roque - | No one following this article yet.
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Um retrato da negligência administrativa em Canindé de São Francisco

O que deveria ser uma ação de assistência social às famílias de baixa renda de Canindé de São Francisco, em Sergipe, transformou-se no maior escândalo de gestão do prefeito Machado Barbosa (União Brasil). Sob o pretexto de manter uma tradição ligada à Semana Santa — iniciativa que já foi símbolo de solidariedade em administrações passadas —, a atual gestão municipal manchou sua reputação ao distribuir peixes em estado de putrefação à população. O episódio não é apenas um erro: é um ataque ao direito básico à dignidade.

A doação de peixes, prática comum em municípios brasileiros para garantir que famílias carentes possam seguir a tradição católica, sempre foi um ato de respeito em Canindé. Contudo, em 2025, a administração de "Machadinho" transformou o gesto em vergonha nacional. Centenas de moradores, ao receberem os alimentos, viralizaram nas redes sociais vídeos que expõem peixes apodrecidos, com odor insuportável e textura decomposta. As imagens, além de chocantes, revelam a falta de fiscalização e o descaso criminoso da prefeitura.

Em resposta ao alvoroço, o vice-prefeito Joséildo Pank e a secretária de Inclusão Social, Joana Honorato, tentaram justificar o ocorrido com explicações frágeis e absurdas. Alegaram que uma empresa contratada pela prefeitura entregou peixes "moles" e menores que o acordado (750 gramas). Mas qual é, exatamente, a desculpa para enviar alimentos estragados a quem já vive em vulnerabilidade? O termo "moles" é um eufemismo cínico para produtos impróprios para consumo, jogados no lixo por moradores revoltados.

Enquanto isso, o prefeito Machadinho, em viagem à China custeada com dinheiro público, postava vídeos nas redes sociais dizendo estar "trabalhando pelo município". A pergunta que não cala: quem paga essa farra? Enquanto a população recebia lixo disfarçado de alimento, o gestor usava recursos públicos para promover sua imagem no exterior. Não bastasse o fiasco, a ausência de Machadinho no momento crítico evidencia prioridades invertidas: negócios pessoais acima do povo.

Este caso não é apenas sobre peixes podres. É sobre a falta de transparência e desumanização da pobreza. A tradição da Semana Santa, que deveria unir a comunidade, foi usurpada por um governo que trata seus cidadãos como meros figurantes de um teatro de incompetência. Canindé de São Francisco merece respostas — e, acima de tudo, uma administração que não troque a dignidade do povo por peixes apodrecidos e discursos vazios.

Chega de assistencialismo negligente


Source: http://www.dimasroque.com.br/2025/04/machadinho-o-peixe-ta-podre.html

Dimas Roque

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