No deserto de homens e ideias a que se referiu o gaúcho que o frequentou, as pessoas que tem algum,mesmo que pequeno brilho, despertam natural inveja e críticas de quem quer aparecer como visgo às suas custas. O caso de ZÉ DIRCEU é típico. Tem biografia a que o Jô, romancista, disse ser impecável. Mas tem, à parte as subjetividades, valor a que ninguém honesto poderia desmerecer.
Sua visão política deu a MAIS importante ajuda à ascensão de Lula. Foi combativo pelo lado social desde suas primeiras posições políticas. Fez críticos e adversários por ter independência. Nunca se fez servo e mudo mesmo aos seus aliados por questão de dignidade. Mostra em todas as suas posições o orgulho de quem preza a própria dignidade. Bastaria se ver que, cassado pateticamente por uma juíza vedete que lia suas sentenças da lavra de um odioso assessor partidário e cuja condenação já pertence ao ridículo em que toda a justiça nacional se refestela. Mas, mesmo sendo dos mais atuantes, combativo dentro de suas hostes não teve solidariedade de partido e de companheiros (incluindo Lula e Dilma) ao ser 'garfado' pela imunda sentença que o aprisionou. Não obstante esse abandono fez e permaneceu com fidelidade a si mesmo e à causa que sempre prestigiou. Ficou patente pelo decorrer do tempo que tem a fibra dos que não entregam a alma por dinheiro ou propostas vis de qualquer 'moro' ou odiosos de seu staff. A atual declaração que lhe atribuem de que preferia morrer a ser delator, que alguns duvidam de ser verdadeira, pode-se dizer "si non é vero é bene trovatto". O seu brilho pessoal desperta detratores e isso faz aparecer na mídia as infames suspeitas sobre sua pessoa. O que tem de ser separado é que ele, dentro dessa sua inconteste dignidade, e tendo a vivência que sua carreira proporcionou, tem conhecimentos pessoais acima da média (inclusive midiática) para separar joio do trigo em se tratando de pessoas cujo convívio privou. O que se tem de respeitar, com ou sem simpatias pessoais, é sua hombridade que se mostra ímpar face a canalhada toda que o persegue ou critica.
Meros ratos de imprensa que, parcos de ideias, atiram lama em cartazes para se fazerem notados.
Por Maria Fernanda Arruda.