Na noite de segunda-feira, 27 de maio, em Canindé de São Francisco, no estado de Sergipe, ocorreu um incidente inusitado para a cidade. Um homem procurou a emergência do Hospital Ayde de Carvalho Leite, aparentemente alcoolizado, e solicitou que fizessem um curativo nele. Os profissionais de saúde atenderam ao pedido e realizaram o procedimento. No entanto, segundo relatos de testemunhas, por volta das três horas e quarenta minutos da manhã, o mesmo homem retornou ao hospital acompanhado do radialista Wiliame Lima.
Ao chegar ao hospital, Lima estava visivelmente alterado, falando alto com os funcionários e alegando que não queriam “atender o amigo dele”. De acordo com os relatos, o incidente envolvia uma suposta “ação política”. Informado de que a pessoa não necessitava de novo atendimento, o radialista teria começado a tumultuar, ameaçando um funcionário e afirmando ser advogado, policial e, posteriormente, radialista.
Diante do tumulto e das ameaças percebidas, os funcionários do hospital ligaram para a Polícia Militar, solicitando uma guarnição no local. Surpreendentemente, os policiais optaram por pedir que o radialista e seu amigo se retirassem, apesar das informações sobre a confusão e as ameaças enfrentadas pelos profissionais de saúde.
Duas perguntas que ficam são: por que a guarnição policial não deteve o indivíduo que estava perturbando a ordem e fazendo ameaças? e porque as imagens das câmeras de vigilância do hospital ainda não foram disponibilizadas a imprensa e a polícia?
Foto: Politica de Fato.