![]() |
Foto: Dimas Roque |
A manifestação, segundo a fala do prefeito, simbolizava uma crítica à administração passada, que supostamente limitava o cardápio a refeições com ovo como única fonte de proteína animal, gerando insatisfação entre os frequentadores. “Agora, garantiremos alimentação digna, balanceada e variada, com carnes, legumes e grãos, preparados por nutricionistas”, afirmou Galinho, destacando que o novo cardápio prioriza a segurança alimentar e nutricional. O restaurante, reformado com investimento de R$ 957 mil via contrato emergencial com a empresa Lemos Passos, retomará o serviço de almoço às 10h30 e sopas no período noturno, de segunda a sexta-feira.
Galinho também reforçou a importância de direcionar o serviço a quem realmente precisa: “Este espaço é para trabalhadores, idosos e famílias em vulnerabilidade. Pedimos conscientização para que não haja uso indevido”. A fala ecoa debates anteriores sobre a necessidade de critérios claros para evitar a superlotação, um dos motivos alegados para o fechamento em 2024.
A criação de Restaurantes Populares no Brasil está intrinsecamente ligada a políticas públicas de combate à fome e promoção da segurança alimentar. Esses equipamentos, integrados ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), oferecem refeições balanceadas a preços simbólicos (geralmente R$ 1 a R$ 3), visando atender populações vulneráveis. Iniciativas como a do Governo da Paraíba, que serviu 2,3 milhões de refeições em 2024 em 10 municípios, ilustram o impacto desses programas, com investimentos que ultrapassam R$ 22 milhões via Fundo de Combate à Pobreza. Em cidades como Santo Antônio de Jesus (BA), projetos anunciados para 2025 priorizam parcerias com pequenos produtores locais, garantindo qualidade nutricional e estímulo à economia regional. Paralelamente, propostas legislativas em São Luís (MA) e Pouso Alegre (MG) destacam a expansão desses espaços para zonas rurais e áreas periféricas, reforçando seu papel na redução das desigualdades sociais. A reabertura de unidades, como a de Paulo Afonso, reflete tanto avanços quanto desafios contínuos, como a sustentabilidade financeira e a necessidade de fiscalização para assegurar o acesso prioritário aos mais necessitados.