O centro do debate da reforma política nos últimos dias foi o financiamento público de campanha e, embutido nele, a criação do Fundo Especial de Financiamento da Campanha (FEFC), que passou na Câmara dos Deputados na noite de ontem e foi votado nesta tarde no plenário do Senado Federal. Agora, a matéria segue para sanção. Por que o PT defende o financiamento público?
Não é um tema simples. Como tudo nas discussões do Congresso Nacional, deve-se ter muita calma antes de julgar às pressas para evitar embarcar em manipulações por desinformação ou nas polêmicas que distorcem o assunto e induzem a população a ver a realidade pelos olhos dos interesses contrários aos do povo.
Então, vamos lá (é textão, mas é importante!):
As eleições são caras? São. Estão “inflacionadas”, digamos assim? Estão.
Mas as eleições são o esteio da democracia e da manifestação da opinião popular pelo voto. É o que iguala os eleitores brasileiros. Um voto vale um voto, não importa quem esteja votando. Mas quanto mais se distancia o povo de participar das decisões, mais caras as eleições se tornam. Quer ver? O financiamento eleitoral hoje acaba definindo a composição do Congresso Nacional. Esse Congresso deveria representar, espelhar a diversidade da população e expressar a vontade do povo brasileiro. Mas a gente não vê a dona de casa, o gari, o motorista, a professora, o jovem, a mulher, o agricultor, a enfermeira, enfim, a pluralidade da nossa sociedade expressa na composição do Congresso Nacional.
Por Gleisi Hoffmann.
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