Não fará mal lembrar da famosa frase da ministra do Superior Tribunal Federa, Rosa Weber, quando deu seu voto para condenar o ex-ministro do governo Lula, Zé Dirceu. “Não tenho prova cabal contra Dirceu – mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite”. Isso mesmo, ela reconheceu naquele momento que ele era inocente pois não tinha em suas mãos nada que o condenasse, mas preferiu o caminho que já estava delineado, perseguir e destruir uma das maiores lideranças do Partido dos Trabalhadores e, se possível, via o Tribunal Superior Eleitoral, com Gilmar Mendes, caçar o registro do Partido dos Trabalhadores.
Buscaram envolver de todas as formas o ex-presidente Lula nas acusações que vinham da Operação Lava Jato. Para isso, surgiram delatores que no primeiro momento faziam afirmações sobre suposto envolvimento do Petista em recebimento de benéficos de empresas que faziam negócios com a Petrobras. Logo depois se contradiziam e mudavam suas versões deixando os promotores e o juiz do caso com bastante raiva. E de tanto se enrolarem, a população que assiste e vê tudo via vazamentos seletivos ou em shows patrocinados quando dos depoimentos do acusado, percebeu que tem alguma coisa errada com os andamentos do processo. Tanto é que, a cada nova denúncia sem provas, as pesquisas de intenções de votos apontam Lula com a possibilidade de, sendo candidato, ser eleito novamente Presidente do Brasil já no primeiro turno.
Para consolidar o Golpe, os seus idealizadores e patrocinadores, precisavam retirar do poder Dilma Rousseff. Para isto, forjaram um processo em que supostamente ela teria cometida as famosas pedalas fiscais. Termo utilizado para operações orçamentárias realizadas pelo Tesouro Nacional, não previstas na legislação. É quando um governo atrasa o repasse de verba a bancos públicos e privados com a intenção de aliviar a situação fiscal em um determinado mês ou ano, apresentando melhores indicadores econômicos ao mercado financeiro e aos especialistas em contas públicas. Naquele caso, segundo os acusadores, se referiam a operações orçamentárias realizadas pelo Tesouro Nacional, não previstas na legislação. E eles, ainda estamos a descobrir quem tanto esteve envolvido, fizeram o Impeachment da Presidenta, com o apoio total do STF, que validou a decisão. Mas hoje já se sabe que Dilma não cometeu nenhum crime. O que houve naquele momento foi a deflagração de mais uma etapa do golpe.
Agora, a caça está sendo feita a atual Presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann. Neste final de semana a revista Veja, uma das principais publicações brasileiras de direita e envolvida diretamente no Golpe atual, fez uma matéria em que diz fazer revelações de suposto favorecimento da Senadora. A publicação se utiliza de um vazamento (e eu achando que era crime vazar informações de processos que correm em segredo de justiça), para fazer elucubrações sobre fatos já desmentidos pelos advogados de defesa.
Neste processo, segundo a defesa, não há uma única prova material e a acusação, assim como com Dirceu, Lula e Dilma, partem de convicções, para tentar destruir a reputação de pessoas.
A senadora Gleisi já visou, vai cobrar da Procuradoria Geral da república investigações para descobrir quem é o responsável ou a responsável de mais um crime cometido de vazamento de dados seletivos de processo que corre em segredo de justiça. A parlamentar, assim como seus companheiros de partido, sofre uma perseguição implacável por parte daqueles que precisam que o Golpe se consolide para poder apear essas lideranças do convívio, político e social.
Os Golpistas só não esperavam o surgimento de Tacla Duram, ex-advogado da Odebrecht, empresa envolvida na Lava Jato. Ele acusa o advogado trabalhista Carlos Zucolotto, amigo e padrinho de casamento do juiz Sergio Moro, de intermediar negociações envolvendo o magistrado e a força-tarefa do Ministério Público. Desenhando: teria, segundo a denúncia, mutreta envolvendo os togados e muita grana. E com a denuncia, a mudança de versões, que agora inocentam Lula, o desespero é tanto, que eles perderam a vergonha de vez e fazem ataques a granel.
Mas o que mais deve incomodar os Golpistas é que, Dirceu continua firme na luta e conversando com a militância do Partido, que vê nele, uma das maiores forças políticas que o Brasil já teve, através das redes sócias, onde publica semanalmente suas opiniões.
Lula é imbatível na próxima eleição para presidente. E a cada dia que passa, o desespero toma conta da direita, que sem provas das acusações que fazem contra ele, o veem crescer mais em popularidade.
Dilma, se mostrou leal ao PT. Inocentada de todas as acusações que lhe foram feitas, poderá retornar ao cenário político através do voto para o Senado Federa. O povo precisa fazer justiça com essa mulher, a conduzindo de volta ao cenário de onde foi apeada com o golpe.
Gleisi, essa é hoje a mulher mais importante do país em um cargo político. Ela comanda a maior legenda de esquerda das Américas com cuidado e zelo, que só quem milita sabe a sua importância para que, hoje, o Partido dos Trabalhadores tenha condições de retornar ao comando da nação. E para a Veja, assim como para golpistas e “manifestoches”, que ainda resistem, destruir essa guerreira é a busca desesperada de tentar barrar o rio. Mas todos nós sabemos que não se represam águas de rio corrente, elas sempre vão buscar um caminho para seguir o seu destino, o seu caminhar. Gleisi Hoffmann é essa água que não se represa, nem se domina. Ela é água de cachoeira, brava em suas corredeiras e mansa em seu caminhar por entre galhos, pedras e barrancos. Sempre desbravando e abrindo caminhos trazendo em seu ombro o peso da liderança que hoje é.
Força Gleisi!