MAIS DE 60 PESSOAS MORREM EM ATAQUES DE CARROS-BOMBA NO IRAQUE
Em Bagdá, 11 carros-bomba explodiram em nove bairros diferentes, dos quais ao menos sete eram de maioria xiita, e deixaram 34 mortos e mais de 130 feridos; em um dos bairros xiitas, veículo explodiu em uma praça onde estavam reunidos operários em busca de trabalho, que lançou pelos ares um micro-ônibus a mais de 10 metros de distância; violência piorou nos últimos três meses, retornando aos níveis de 2008 após a guerra civil entre sunitas e xiitas que deixou dezenas de milhares de mortos em 2006 e 2007
29 DE JULHO DE 2013 ÀS 20:08
247 – Mais de 60 pessoas morreram nesta segunda-feira (29) no Iraque em uma onda de atentados com carros-bomba que teve como alvo várias regiões xiitas. Em um comunicado, o Ministério do Interior pediu que os cidadãos apoiem as forças de segurança no combate à violência. O país “uma guerra aberta contra forças confessionais sanguinárias que tentam mergulhar o país no caos”, diz o documento.
Em Bagdá, 11 carros-bomba explodiram em nove bairros diferentes, dos quais ao menos sete eram de maioria xiita, e deixaram 34 mortos e mais de 130 feridos.
Em Sadr City, bairro xiita de Bagdá, um carro-bomba explodiu em uma praça onde estavam reunidos operários em busca de trabalho. A explosão lançou pelos ares um micro-ônibus a mais de 10 metros de distância e destruiu as janelas de várias lojas, segundo um fotógrafo da agência France Presse. Uma bomba que explodiu em Sadr City teve como alvo lojas de materiais de construção, e um carro-bomba explodiu em Mahmudiya, 30 km ao sul da capital, matando ao menos duas pessoas e ferindo outras 25.
Em Kut, cidade de maioria xiita 160 km ao sul de Bagdá, ao menos seis pessoas morreram e 57 ficaram feridas na explosão de dois carros-bomba. Em outro episódio de violência, ao menos duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na explosão de dois carros-bomba em Samawa, outra cidade xiita situada 280 km ao sul de Bagdá.
Outro carro-bomba explodiu em Basra, cidade portuária do sul do país também de maioria xiita, deixando quatro mortos e cinco feridos. Em Baiji, ao norte da capital, cinco policiais, incluindo um tenente-coronel e seu filho, morreram atingidos por um artefato explosivo.
A violência piorou nos últimos três meses, retornando aos níveis de 2008 após a guerra civil entre sunitas e xiitas que deixou dezenas de milhares de mortos em 2006 e 2007.
O aumento da violência está vinculado ao ressentimento da população sunita, no poder sob o regime de Saddam Hussein, com a maioria xiita atualmente no poder e a quem acusa de praticar discriminações. No ano passado tiveram início manifestações sunitas para exigir a libertação de suspeitos presos conforme uma lei antiterrorista que permite a sua detenção de maneira quase ilimitada.
Grupos vinculados à rede extremista Al-Qaeda são considerados os responsáveis por grande parte dos atentados recentes contra civis, cometidos provavelmente com o objetivo de relançar a guerra civil, segundo observadores.
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