Thu, 01 Aug 2013 15:26:25 +0000
1 de Agosto de 2013, 9:26 - sem comentários aindaGoverno não desiste de 2 anos para médicos
Esquerdo (noreply@blogger.com)
Quarta-feira, Julho 31, 2013, 10:00 pm
POLITICA
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Thu, 01 Aug 2013 15:20:18 +0000
1 de Agosto de 2013, 9:20 - sem comentários aindaJuíza concede reintegração de posse à empresa do tio
SINTRAJUFE – A questão fundiária vem atingindo proporções e contornos insuportáveis no Brasil e no Maranhão, exigindo que a população se posicione firmemente contra a expulsão de comunidades para dar lugar ao latifúndio, à soja e ao eucalipto, bem como para a especulação imobiliária, como vem acontecendo nas zonas urbanas e no campo, atingindo também populações tradicionais, indígenas e quilombolas.
A Quarta Assembleia Popular da Ilha de São Luís, realizada sábado passado (dia 27 de julho) em Paço do Lumiar, testemunhou a gravidade dessa questão naquele município. Políticos dirigem-se de forma constante para as comunidades ameaçadas, prometem resolver a questão, mas não passa disso: promessas sem efetividade. O secretário-candidato ao governo do estado, Luís Fernando, foi um dos que prometeu, segundo conta a comunidade, e depois de um encontro em que disse que iria apoiar e “resolver a questão”, não mais apareceu nas áreas atingidas. O prefeito de Paço do Lumiar, Josemar, durante a campanha, chegou a afirmar que na cidade nenhuma comunidade sofreria ameaça de ser expulsa de suas terras. Após eleito, mudou o discurso, limitando-se a dizer que as famílias serão inscritas no Programa Minha Casa Minha Vida. “Não é isso que queremos”, disseram os habitantes durante a Assembleia Popular. “Casa já temos, o que queremos é o direito de permanecer nas nossas casas! De que adianta nos tirar do local onde moramos e tiramos nosso sustento [várias famílias são de agricultores] e nos colocar em prédios onde nada poderemos fazer? Vamos viver de quê?”, questionam.
A questão é tão grave que consta como ponto de pauta emergencial, apresentada e defendida pelo movimento que ocupou a Câmara de São Luís por sete dias, na maior ocupação já realizada na história da Casa. Os vereadores, pressionados, incluíram esse item na pauta da Sessão Aberta que foi exigida pelos ocupantes e que acontecerá dia 7 de agosto, às 10h da manhã, no Plenário da Casa. É exigido que eles envidem esforços para abrir diálogo com os gestores competentes para resolver a questão, que atinge toda a Ilha de São Luís (veja aqui).
Além de não contar com o apoio dos agentes públicos, os bairros atingidos na Ilha, em especial no caso de Paço do Lumiar, ainda têm que ao contrário, enfrentar o poder público, aliado dos especuladores imobiliários que tentam tomar as terras para vender loteamentos. É o caso da empresa GDR, de propriedade do ex-dono da finada rede de lojas Gabryella (vendida para um grande grupo varejista), cujo parentesco com a juíza da Comarca de Paço do Lumiar é suficiente para que ela se desse por suspeita e abandonasse as ações em que o empresário figura como parte. Ao contrário disso, as reintegrações têm sido concedidasa pela magistrada de modo sistemático. As comunidades atingidas estão buscando apoio de advogados atuantes de causas populares para coibir o abuso.
As Assembleias Populares que vêm discutindo problemas como esse, vividos pela população de São Luís, vêm sendo constantemente divulgadas pelo Sintrajufe, que chama, ainda, a categoria que representa, a se juntar a esse tipo de movimento e organização social que vem mobilizando o país para que a população encaminhe seus problemas. No caso específico dos despejos forçados das comunidades, é válido ressaltar que o tipo de atividade desenvolvida pela nossa categoria, com a proximidade com o mundo jurídico, podemos, trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU, muito contribuir para a diminuição do drama de nossos semelhantes.
Fique atento para os próximos encontros nesse sentido, divulgados nos meios de informação do Sintrajufe, e participe!
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Thu, 01 Aug 2013 15:20:18 +0000
1 de Agosto de 2013, 9:20 - sem comentários aindaJuíza concede reintegração de posse à empresa do tio
SINTRAJUFE – A questão fundiária vem atingindo proporções e contornos insuportáveis no Brasil e no Maranhão, exigindo que a população se posicione firmemente contra a expulsão de comunidades para dar lugar ao latifúndio, à soja e ao eucalipto, bem como para a especulação imobiliária, como vem acontecendo nas zonas urbanas e no campo, atingindo também populações tradicionais, indígenas e quilombolas.
A Quarta Assembleia Popular da Ilha de São Luís, realizada sábado passado (dia 27 de julho) em Paço do Lumiar, testemunhou a gravidade dessa questão naquele município. Políticos dirigem-se de forma constante para as comunidades ameaçadas, prometem resolver a questão, mas não passa disso: promessas sem efetividade. O secretário-candidato ao governo do estado, Luís Fernando, foi um dos que prometeu, segundo conta a comunidade, e depois de um encontro em que disse que iria apoiar e “resolver a questão”, não mais apareceu nas áreas atingidas. O prefeito de Paço do Lumiar, Josemar, durante a campanha, chegou a afirmar que na cidade nenhuma comunidade sofreria ameaça de ser expulsa de suas terras. Após eleito, mudou o discurso, limitando-se a dizer que as famílias serão inscritas no Programa Minha Casa Minha Vida. “Não é isso que queremos”, disseram os habitantes durante a Assembleia Popular. “Casa já temos, o que queremos é o direito de permanecer nas nossas casas! De que adianta nos tirar do local onde moramos e tiramos nosso sustento [várias famílias são de agricultores] e nos colocar em prédios onde nada poderemos fazer? Vamos viver de quê?”, questionam.
A questão é tão grave que consta como ponto de pauta emergencial, apresentada e defendida pelo movimento que ocupou a Câmara de São Luís por sete dias, na maior ocupação já realizada na história da Casa. Os vereadores, pressionados, incluíram esse item na pauta da Sessão Aberta que foi exigida pelos ocupantes e que acontecerá dia 7 de agosto, às 10h da manhã, no Plenário da Casa. É exigido que eles envidem esforços para abrir diálogo com os gestores competentes para resolver a questão, que atinge toda a Ilha de São Luís (veja aqui).
Além de não contar com o apoio dos agentes públicos, os bairros atingidos na Ilha, em especial no caso de Paço do Lumiar, ainda têm que ao contrário, enfrentar o poder público, aliado dos especuladores imobiliários que tentam tomar as terras para vender loteamentos. É o caso da empresa GDR, de propriedade do ex-dono da finada rede de lojas Gabryella (vendida para um grande grupo varejista), cujo parentesco com a juíza da Comarca de Paço do Lumiar é suficiente para que ela se desse por suspeita e abandonasse as ações em que o empresário figura como parte. Ao contrário disso, as reintegrações têm sido concedidasa pela magistrada de modo sistemático. As comunidades atingidas estão buscando apoio de advogados atuantes de causas populares para coibir o abuso.
As Assembleias Populares que vêm discutindo problemas como esse, vividos pela população de São Luís, vêm sendo constantemente divulgadas pelo Sintrajufe, que chama, ainda, a categoria que representa, a se juntar a esse tipo de movimento e organização social que vem mobilizando o país para que a população encaminhe seus problemas. No caso específico dos despejos forçados das comunidades, é válido ressaltar que o tipo de atividade desenvolvida pela nossa categoria, com a proximidade com o mundo jurídico, podemos, trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU, muito contribuir para a diminuição do drama de nossos semelhantes.
Fique atento para os próximos encontros nesse sentido, divulgados nos meios de informação do Sintrajufe, e participe!
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Thu, 01 Aug 2013 09:16:12 +0000
1 de Agosto de 2013, 3:16 - sem comentários aindaO sentido das manifestações não seria a refundação do Brasil?
Efetivamente, até hoje o Brasil foi e continua sendo um apêndice do grande jogo econômico e político do mundo. Mesmo politicamente libertados, continuamos sendo reconolizados, pois as potências centrais, antes colonizadoras, nos querem manter ao que sempre nos condenaram: a ser uma grande empresa neocolonial que exporta commodities. Por Leonardo Boff
Leonardo Boff*
O que o povo que estava na rua no mês de junho queria, em último término, de forma consciente ou inconsciente? Para responder me apoio em três citações inspiradoras.
A primeira é de Darcy Ribeiro no prefácio ao meu livro O caminhar da Igreja com os oprimidos((1998):”Nós brasileiros surgimos de um empreendimento colonial que não tinha nenhum propósito de fundar um povo. Queria tão somente gerar lucros empresariais exportáveis com pródigo desgaste de gentes”.
A segunda é de Luiz Gonzaga de Souza Lima na mais recente e criativa interpretação do Brasil: ”A refundação do Brasil: Rumo à sociedade biocentrada (São Carlos, 2011): ”Quando se chega ao fim, lá onde acabam os caminhos, é porque chegou a hora de inventar outros rumos; é hora de outra procura; é hora de o Brasil se refundar; a Refundação é o caminho novo e, de todos os possíveis, é aquele que mais vale a pena, já que é próprio do ser humano não economizar sonhos e esperanças; o Brasil foi fundado como empresa. É hora de se refundar como sociedade” (contracapa).
A terceira é do escritor francês François-René de Chateaubriand (1768-1848): ”Nada é mais forte do que uma ideia quando chegou o momento de sua realização”.
Minha impressão é que as multitudinárias manifestações de rua que se fizeram sem siglas, sem cartazes dos movimentos e dos partidos conhecidos e sem carro de som, mas irrompendo espontaneamente, queriam dizer: estamos cansados do tipo de Brasil que temos e herdamos — corrupto, com democracia de baixa intensidade, que faz políticas ricas para os ricos e pobres para os pobres, no qual as grandes maiorias não contam e pequenos grupos extremamente opulentos controlam o poder social e político; queremos outro Brasil que esteja à altura da consciência que desenvolvemos como cidadãos e sobre a nossa importância para o mundo, com a biodiversidade de nossa natureza, com a criatividade de nossa cultura e com o maior patrimônio que temos que é o nosso povo, misturado, alegre, sincrético, tolerante e místico.
Efetivamente, até hoje o Brasil foi e continua sendo um apêndice do grande jogo econômico e político do mundo. Mesmo politicamente libertados, continuamos sendo reconolizados, pois as potências centrais, antes colonizadoras, nos querem manter ao que sempre nos condenaram: a ser uma grande empresa neocolonial que exporta commodities, grãos, carnes, minérios, como o mostra em detalhe Luiz Gonzaga de Souza Lima e o reafirmou Darcy Ribeiro citado acima. Desta forma nos impedem de realizarmos nosso projeto de nação independente e aberta ao mundo.
Diz com fina sensibilidade social Souza Lima: ”Ainda que nunca tenha existido na realidade, há um Brasil no imaginário e no sonho do povo brasileiro. O Brasil vivido dentro de cada um é uma produção cultural. A sociedade construíu um Brasil diferente do real histórico, o tal país do futuro, soberano, livre, justo, forte mas sobretudo alegre e feliz” (pág. 235). Nos movimentos de rua irrompeu este sonho exuberante de Brasil.
Caio Prado Júnior em sua A revolução brasileira (Brasiliense, 1966) profeticamente escreveu: ”O Brasil se encontra num daqueles momentos em que se impõem de pronto reformas e transformações capazes de reestruturarem a vida do país de maneira consentânea, com suas necessidades mais gerais e profundas e as espirações da grande massa de sua população que, no estado atual, não são devidamente atendidas” (pág. 2). Chateaubriand confirma que esta ideia acima exposta madurou e chegou ao momento de sua realização. Não seria sentido básico dos reclamos dos que estavam, aos milhares, na rua? Querem um outro Brasil.
Sobre que bases se fará a Refundação do Brasil? Souza Lima diz que é sobre aquilo que de mais fecundo e original temos: a cultura brasileira. ”É através de nossa cultura que o povo brasileiro passará a ver suas infinitas possibilidades históricas. É como se a cultura, impulsionada por um poderoso fluxo criativo, tivesse se constituído o suficente para escapar dos constrangimentos estruturais da dependência, da subordinação e dos limites acanhados da estrutura socioeconômica e política da empresa Brasil e do Estado que ela criou só para si. A cultura brasileira então escapa da mediocridade da condição periférica e se propõe a si mesma com pari dignidade em relação a todas as culturas, apresentando ao mundo seus conteúdos e suas valências universais” (pág. 127).
Não há espaço aqui para detalhar esta tese original. Remeto o leitor/a a este livro, que está na linha dos grandes intérpretes do Brasil, a exemplo de Gilberto Freyre, de Sérgio Buarque de Hollanda, de Caio Prado Jr, de Celso Furtado e de outros. A maioria destes clássicos intérpretes olhou para trás e tentou mostrar como se construíu o Brasil que temos. Souza Lima olha para a frente e tenta mostrar como podemos refundar um Brasil na nova fase planetária, ecozoica, rumo ao que ele chama de “uma sociedade biocentrada”.
Não serão estes milhares de manifestantes os protagonistas antecipadores do ancestral e popular sonho brasileiro? Assim o queira Deus e o permita a história.
*Leonardo Boff, teólogo e filósofo, é também escritor. É dele o livro ‘Proteger a Terra e cuidar da vida: Como evitar o fim do mundo (Record, 2010).
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Thu, 01 Aug 2013 09:15:31 +0000
1 de Agosto de 2013, 3:15 - sem comentários aindaIntelectuais e professores debatem rumos políticos do Brasil
O encontro foi promovido pela ‘Carta Maior’ em São Paulo. Ideia é que esse debate possa contribuir para o entendimento da realidade do país, num momento em que manifestações populares tomaram as ruas. Meta é criar uma agenda comum, que deve ser colocada como uma contribuição ao debate das forças de esquerda do país.
Maria Inês Nassif
São Paulo - Cerca de 40 intelectuais e professores participaram, na noite desta segunda-feira (29), de um primeiro ensaio para a definição de uma agenda comum, que deve ser colocada como uma contribuição ao debate das forças de esquerda do país. O encontro foi promovido pela Carta Maior e a ideia é que esse debate possa contribuir para o entendimento da realidade do país, num momento em que as manifestações que tomaram as ruas a partir do mês de junho provocam certa perplexidade, e também produza consensos para uma ação política transformadora e reformadora, contra a tentativa de setores conservadores de apropriação e capitalização de reivindicações populares.
A grande preocupação, presente na maioria das falas, era com a necessidade de preservar os avanços proporcionados pelos dez anos de governo do PT, entre Lula e Dilma. Ainda assim, nenhum dos presentes deixou de citar, em maior ou menor grau, as amarras que fazem com que esses avanços sejam insuficientes ou, ainda, na avaliação de alguns, com que o governo seja incapaz de comprar certos enfrentamentos.
Nesse sentido, a maioria dos presentes falou da necessidade de se pressionar os poderes por reformas que sejam capazes de transformar as estruturas de poder, sendo as principais delas uma reforma político-eleitoral que acabe com o poder econômico nas eleições e a democratização da comunicação.
O grande balizador das falas, e tema razoavelmente controverso, foram as manifestações que tomaram as ruas. Tido por todos como fator que alterou a conjuntura de fato, a sensação generalizada era de que, se não houver uma resposta à altura pelo governo, a situação para o campo mais progressista da sociedade ficará pior ainda. Este seria um momento propício para mudanças, uma oportunidade para o governo avançar ainda mais. Para os participantes, resta saber se o governo fará a opção, diante dos fatos, de avançar em uma política progressista.
Ao final da reunião, depois de um debate sobre a capacidade de um grupo com essa configuração influenciar os rumos da política, definiu-se que será elaborado um documento com temas mais relevantes e com a ideia de que o que veio das ruas não pode ser apropriado pelo setor conservador. Nos próximos dias haverá mais uma reunião, que será aberta. Os professores interessados, de São Paulo e de outros Estados, podem entrar em contato com a Carta Maior, através do e-mail J29@cartamaior.com.br, para receber informações de como participar.
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