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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Fri, 02 Aug 2013 23:34:50 +0000

2 de Agosto de 2013, 17:34, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Publicado em 02/08/2013

ASSA A BATATA 
DA VEJA

“Informação com excelência, pioneirismo e integridade” – isso inclui o Caneta ?

 

 

Saiu na Carta Capital:

EDITORA ABRIL FECHA REVISTAS ALFA, GLOSS, BRAVO! E LOLA

Mais de 150 funcionários foram demitidos nas últimas horas. Outras publicações foram atingidas pelos cortes> Leia o comunicado oficial da empresa

por Lino Bocchini — publicado 01/08/2013 14:52

A editora Abril está fechando na tarde desta quinta-feira 1º de agosto as revistas Gloss, Alfa e Lola. Ontem (quarta) já havia sido anunciado o fim da revista Bravo. Também foram “descontinuados” (eufemismo para fechados) os sites da Contigo e o abril.com. Já são mais de 150 funcionários demitidos nas últimas horas –nas redações citadas e também no portal M de Mulher, nas revistas Info, Recreio, Contigo e Claudia e no site Bebê.com. A expectativa nos corredores do prédio da Marginal Pinheiros é que mais títulos entrem no corte. E acredita-se que a empresa deve se posicionar oficialmente ainda hoje.

Atualização das 15h45: As demissões atingiram também as revistas Quatro Rodas, Viagem & Turismo, Placar e Men´s Health. E a redação da Veja, onde 15 foram demitidos. Até agora o blog confirmou o nome de André Petry, correspondente em Nova York. Entre os demais nomes da Veja, muitos que não são da arte (pesquisadores de imagem, arte etc).

Na Viagem & Turismo e Men´s Health, revistas que não fecharam, foram cortados os diretores de redação (maior cargo de cada publicação). A função fica a cargo dos diretores de núcleo, que funcionarão diretores de redação de várias publicações ao mesmo tempo.

LEIA A ÍNTEGRA DO COMUNICADO OFICIAL DIVULGADO PARA OS FUNCIONÁRIOS ÀS 16H45:

BOLEX 788 – ABRIL S.A. COMUNICA MUDANÇAS QUE FOCAM NO CRESCIMENTO DAS UNIDADES DE NEGÓCIOS E CONVERGEM INVESTIMENTOS E ESFORÇOS ÀS MARCAS LÍDERES

Em linha com o processo de reorganização que vem sendo empreendido nos últimos meses, o presidente da Abril S.A., Fábio Colletti Barbosa, anuncia mudanças nas estruturas editorial e comercial das Unidades de Negócios Abril Segmentadas, Veja, Exame e Negócios Digitais. Entre as principais mudanças na frente comercial está a descentralização da Diretoria de Publicidade Centralizada, que passará a ser distribuída em cada uma das UN´s.

As mudanças são importantes para focar investimentos e esforços nas marcas líderes nos vários segmentos em que atuamos, garantindo assim o crescimento e a relevância das publicações.

“A Abril encara esta fase como parte da evolução natural dos negócios e segue com a missão de difundir a informação, com excelência editorial, pioneirismo e integridade”, afirma Fábio Barbosa.

UN Abril Segmentadas

A Unidade de Negócios Abril Segmentadas, sob o comando da diretora-superintendente Helena Bagnoli, anuncia uma revisão do seu portfólio. Serão descontinuados os seguintes títulos em todas as suas plataformas: Alfa, Bravo!, Gloss e Lola, assim como o portal Club Alfa.

Leitores e anunciantes continuarão tendo, a seu dispor, um portfólio extenso e segmentado (quase 50 títulos), capaz de atender a todos os públicos plenamente. Além disso, os compromissos publicitários e de assinaturas serão honrados, por meio de pacotes de reposição.

Essa revisão possibilita uma reorganização das áreas editorial e comercial da UN, compreendendo o reagrupamento de títulos e a movimentação de pessoas. Assim, os seguintes títulos serão agrupados por segmento e terão um único diretor de Redação:

Elle, Estilo de Vida e Manequim passam a ser comandadas por Dulce Pickersgill.

A família de revistas formada por Men’s Health, Women’s Health, Runner´s World e Placar será dirigida por Sérgio Xavier.

Mônica Kato segue à frente das Femininas Populares e assume também o comando de Máxima.

Bons Fluidos passa a reportar-se a Denis Russo Burgierman, diretor de Redação de Superinteressante e Vida Simples.

Além desses reagrupamentos de títulos, a UN comunica ainda os seguintes movimentos na área editorial:

Sérgio Gwercman, que estava à frente de Alfa, assume a Direção de Redação de Quatro Rodas.

Viagem &Turismo terá como diretora de Redação Angélica Santa Cruz, que respondia pelo comando de Lola.

Armando Antenore, até então redator-chefe de Bravo!, passa a ser repórter especial da UN Abril Segmentadas.

Tatiana Schibuola, ex-diretora de Gloss, assume a Direção de Redação de Capricho.

Giuliana Tatini, até então diretora de Redação de Capricho, passa a comandar o portal MdeMulher.

Caco de Paula, diretor do Núcleo de Sustentabilidade, bem como toda a estrutura do Planeta Sustentável, passam a reportar-se diretamente à presidência da Abril S.A. A revista National Geographic permanece na UN Abril Segmentadas.

Já as áreas de Publicidade e Marketing sofrem as seguintes alterações:

Rogério Gabriel Comprido volta à empresa e assume a Diretoria de Publicidade desta UN. Ele terá em sua equipe os diretores Willian Hagopian e Roberto Severo.

Ficam responsáveis pelas áreas de Marketing e Eventos Wagner Gorab e Louise Faleiros. O Projeto Copa terá no seu comando Tiago Afonso, que se reportará a Dimas Mietto.

Na frente digital da UN Abril Segmentadas, é criada a:

Diretoria de Estratégia Digital, que será comandada por Guilherme Werneck (antes responsável por Desenvolvimento de Novos Negócios da MTV).

UN Veja

Thais Chede Soares, diretora-superintendente Comercial e Administrativa da Unidade Veja, comunica as seguintes mudanças na estrutura de Publicidade e Marketing desta UN:

Sérgio Amaral assume a Diretoria de Publicidade, tendo como reportes diretos os executivos Márcia Sóter, Robson Monte, André Almeida e Alex Foronda; e os gerentes Alexandra Mendonça, Samara Sampaio e Andrea Veiga (Rio de Janeiro).

Renato Cagno fica responsável por projetos publicitários e negócios digitais da UN Veja.

Claudia Furini assume o Marketing da Unidade, atuando no acompanhamento do mercado publicitário e na comunicação da UN Veja.

Andrea Abelleira permanece responsável pela área de Circulação (Avulsa e Assinaturas) e Eventos.

Jacques Ricardo comandará a Diretoria de Publicidade-Regionais, que passa a incorporar também as funções de Classificados, Publicidade Internacional e Estúdio. Sua estrutura atenderá a todas as UN´s.

UN Exame

Claudia Vassallo, diretora-superintendente desta Unidade, também anuncia a nova configuração de sua estrutura de Publicidade:

Marcos Gomez assume a Diretoria de Publicidade da UN, tendo como reportes diretos Ana Paula Teixeira e Eliani Prado, em São Paulo, e Leda Costa, no Rio de Janeiro.

UN Negócios Digitais

Manoel Lemos, diretor-superintendente desta UN, informa que René Agostinho, ex-diretor da Abril Coleções,  assume o comando da Operação do Alphabase.

Agradecimentos, desafios e oportunidades

Com as mudanças informadas acima, deixam a Abril os seguintes executivos: Airton  Seligman (diretor de Redação de Men’s Health); Claudia Garcia (diretora de Redação de Manequim); Demetrius Paparounis (diretor do Núcleo Femininas Populares); Gabriela Aguerre (diretora de Redação de Viagem & Turismo); Lucia Barros (diretora de Redação de Máxima); Maria Rita Alonso  (diretora de Redação de Estilo); Sandra Sampaio (que ocupava uma das diretorias de Publicidade Dedicada da UN Abril Segmentadas); Sandra Soares (diretora de Redação do Portal MdeMulher) e Sérgio Berezovsky (diretor de Redação de Quatro Rodas).

Fábio Barbosa agradece a dedicação e a contribuição de todos os profissionais que agora estão deixando a empresa, desejando-lhes sucesso nos novos rumos de suas carreiras.

Ele também acrescenta e reforça sua crença no potencial da nova estrutura: “Acredito muito na força do time que temos e na capacidade das pessoas que agora assumem novas posições”, diz ele. “Temos talentos para enfrentar os muitos desafios que as transformações do setor representam neste momento. No fundo, estamos diante de oportunidades fascinantes e temos toda a capacidade para aproveitá-las”, conclui o presidente.


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Fri, 02 Aug 2013 23:29:56 +0000

2 de Agosto de 2013, 17:29, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Operação Blecaute dia 8 de agosto – Convite a todos os policiais civis deste estado 20

BLECAUTE DIA 8

Caros  colegas Policiais Civis,

 

 

            Mais uma vez, precisamos do apoio e colaboração de cada um, no sentido de fazer chegar a todos os Policiais Civis do Estado, esse convite, além do cartaz para a Operação Blecaute e Passeata pela Valorização da Polícia Civil e conscientização da sociedade sobre a responsabilidade do governo do estado pelo caos aqui instalado, dado ao sucateamento da nossa instituição.

            O momento é oportuno já que o governo começa a acenar com as possibilidades de atendimento às nossas reivindicações que estavam “adormecidas” em algum lugar e que nossas manifestações “acordaram” e podem melhorá-las…

            Desde ontem, estou mantendo contato com colegas de todas as carreiras e que nos acompanhavam em todas as idas e vindas para São Paulo nas enormes passeatas, sendo certo que DOZE desses líderes já confirmaram presença com ônibus e vans para juntarem-se a nós no dia 08 de Agosto, enquanto outros paralisam suas atividades por todo interior do Estado, reduto último do tucanato

            É a volta dos “Roçapols” e os da “capitar” não podem fazer feio…Teremos, sem dúvida, a maior demonstração de união e força desde a greve de 2008… A hora é AGORA…

            Por fim, reitero que NÃO AHVERÁ RETALIAÇÃO e nem poderia, já que por várias vezes e em diversas oportunidades, nosso DGP manifestou-se nesse sentido, ou seja, movimentos justos, pacíficos e ordeiros não merecem qualquer intervenção contrária.

            Notícias ou informações diferentes são a desculpa para quem, por diversas razões que a mim não cabe elencar tampouco julgar, vai ficar esperando o resultado, que para todos trará uma Polícia Civil diferente…

            Segue a arte… Segue a vida…

 

Marilda


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Fri, 02 Aug 2013 23:28:31 +0000

2 de Agosto de 2013, 17:28, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Negro Belchior

Este é o espaço do encontro e do reencontro, da roda e da palavra, elementos tão caros à cultura africana. Em nome de todas as entidades… em nome da revolução brasileira… bem vindas/os a nossa casa. Axé!

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COTAS RACIAIS EM SÃO PAULO, SIM!

Movimento negro inicia nova campanha por Cotas Raciais nas Universidades Públicas Paulistas

 “É passada a hora de derrubar as cercas desses verdadeiros latifúndios em que se transformaram as universidades públicas paulistas. Não é possível aceitar que instituições que tanto custam aos cofres públicos, permaneçam servindo apenas a uma pequena camada da população e fortalecendo a cultura do privilégio branco e do racismo em nosso estado.”

Douglas Belchior*

DSCF4032Nesta última quinta-feira, dia 1 de agosto, a Frente Pró Cotas Raciais de São Paulo, espaço de articulação que reúne os movimentos negros paulistas, movimentos sociais, estudantis e sindicais comprometidos com o combate ao racismo lançaram oficialmente a Campanha Estadual de Coleta de Assinaturas para o Projeto de Iniciativa Popular de Cotas Raciais e Sociais nas Universidades Públicas Paulistas. A cerimônia, com caráter de ATO político, aconteceu na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco no centro de São Paulo, e reuniu cerca de 150 lideranças, ativistas e estudantes.

A proposta defendida pelos movimentos foi construída após dois meses de longos debates de um grupo de trabalho formado por representantes dos movimentos negros e sociais, incumbido da tarefa de reformular o texto do PL 530/04 que tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo – Alesp. De acordo com o novo texto, as universidades públicas devem garantir 55% de Cotas, sendo elas assim divididas:25% para candidatos autodeclarados negros e indígenas; 25% para candidatos oriundos da rede pública de ensino, sendo que deste percentual, 12,5% reservado para estudantes cuja renda familiar per capta seja igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo; e 5% para candidatos com deficiência, nos termos da legislação em vigor.

A meta inicial da campanha é reunir 200 mil assinaturas até o mês de Novembro deste ano, quando durante as comemorações do Mês da Consciência Negra, pretende-se protocolar junto à Alesp a proposta com a força política e o apoio formal destes 200 mil eleitores paulistas.

Histórico

O atraso em relação a questões sociais e o viés conservador e elitista de seus governos, parece sem dúvida a marca registrada do Estado de São Paulo. Após a participação do Brasil na Conferência Internacional Contra o Racismo em Durban, no ano de 2001, apenas em 2006 uma das universidades públicas paulistas reagiu à necessidade da adesão a políticas de acesso, ainda que timidamente.

Naquele ano a USP aprovou, sob protestos do movimento negro e social, um plano de bonificação para estudantes de escolas públicas em seus vestibulares, batizado como INCLUSP –  Programa de Inclusão da USP, iniciativa insuficiente segundo os movimentos, para garantir o acesso de negros naquele espaço. Com o passar dos anos a tese foi confirmada. Números divulgados em 2011 demonstraram, por exemplo, que entre 2007 e 2011, apenas 12 estudantes pretos haviam acessado o curso de medicina da USP! (1)

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A partir daí, a luta por Cotas Raciais se intensificou no Estado. Unicamp e Unesp, cada qual a sua maneira, iniciaram programas tão tímidos quanto o da USP. O posicionamento das reitorias destas instituições, bem como a dos governos do PSDB, sempre foram radicalmente contrários às Cotas Raciais nestas Universidades, na contramão do que se desenvolveu pelo restante do país.

Com o avanço das políticas de Cotas pelo Brasil afora e seus incontestáveis resultados, e apesar do embate travado pelas elites brasileiras que colocaram seu aparato de comunicação a serviço de combate-las (2), em Abril de 2012 o STF declarou sua constitucionalidade quando já àquela altura cerca de uma centena de universidades públicas brasileiras haviam experimentado algum tipo de iniciativa inclusiva.

Com o ânimo renovado pelo resultado unânime do STF a favor das Cotas Raciais e fortalecidos pela aprovação da Lei que instituiu Cotas Raciais nas Universidades Federais, organizações negras e sociais articularam a formação da FRENTE PRÓ COTAS RACIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO.(3)

Surgiram então iniciativas importantes de pressão aos deputados estaduais no sentido da aprovação do PL 530/2004, a mais antiga e representativa proposta de Cotas que tramita ainda hoje na ALESP. Foram promovidas audiências públicas, dezenas de debates em universidades, escolas e associações, bem como uma infinidade de protestos e Atos.(4)

Ainda em Maio/12, a partir da adesão de professores uspianos à Frente Pró Cotas, com destaque para o Professor de Direito Dr. Marcus Orione, a Faculdade de Direito da USP aprovou, em seu Conselho Geral, a orientação para que a USP aprovasse Cotas Raciais; Em Junho/12 representantes da Frente Pró Cotas Raciais promoveram intervenção e exigiram do Colégio de Líderes da Alesp que aprovassem o PL de Cotas Raciais nas Universidades Públicas de Sao Paulo. (5)(6)

Nas semanas seguintes, em reunião do Conselho Universitário na USP, com a presença de representantes da Frente Pró-Cotas Raciais, fora debatida a necessidade de adoção às Cotas Raciais e encaminhada as intenções daquele conselho em instituir um grupo de estudos com participação da sociedade civil, para a apresentação de uma proposta de Cotas Raciais para a USP.(7)(8)

Setembro, Outubro e Novembro de 2012 foram marcados pela agenda eleitoral e pela onda de violência que assustou São Paulo. Os movimentos negros voltaram suas atenções às chacinas e ao assassinato indiscriminado de jovens negros pelas milícias e, enquanto se promovia protestos e denúncias do governo Alckmin, a popularidade do governador era profundamente abalada.

Como resposta, Alckmin lança no final de Novembro e início de Dezembro uma agenda positiva que reuniu inauguração de postos de alimentação e viagens a cidades do interior. É nesse contexto que surge a proposta do PIMESP – Plano de Inclusão com Mérito para as Universidades Públicas de São Paulo.

Em resumo, esse plano não previa a garantia de acesso, mas apenas um conjunto de ações que incluía os já existentes – e ineficazes – programas de bonificação presentes nas três universidades, somadas à ideia do “College”, esse dirigido apenas aos cotistas de menor média no vestibular. Tal proposta previa a criação de um curso de “fortalecimento pedagógico e acadêmico” à distância, o que na prática reforçaria a discriminação, isolando os alunos da convivência no ambiente universitário. Após dois anos, desde que atingissem metas de notas, aí então teriam chance de acessar algum curso dessas universidades.

481243_461697247192275_326242249_nO Movimento Negro reagiu. A Frente Pró Cotas organizou um Manifesto Contra o Pimesp e a favor de Cotas Raciais, que reuniu centenas de adesões de personalidades e instituições. (9)

Após a realização de intensas mobilizações, fora instituído o grupo de trabalho que reformulou o texto do projeto de lei que voltou a tramitar na Alesp e que, sobretudo, é o objeto da campanha lançada neste 1 de Agosto. (10)(11)(12)

Muito embora a Unesp tenha aderido ao Pimesp e Unicamp até o momento não tenha o confirmado, na USP o PIMESP foi derrotado e substituído por uma reforma no velho Inclusp, com a criação de um bônus de 5% para estudantes negros oriundos de escolas públicas. Mais uma maquiagem inaceitável que em nada garante o acesso de estudantes negros nos bancos universitários. (13)

É passada a hora de derrubar as cercas desses verdadeiros latifúndios em que se transformaram as universidades públicas paulistas. Não é possível aceitar que instituições que tanto custam aos cofres públicos, permaneçam servindo apenas a uma pequena camada da população e fortalecendo a cultura do privilégio branco e do racismo em nosso estado.

Acesse o site da UNEafro-Brasil, saiba mais detalhes, baixe os documentos e participe da campanha!

*Douglas Belchior é professor de História e integrante da UNEafro Brasil

Links – Fontes:

(1)   NÚMEROS DO INCLUSP

(2)   ELITES BRASILEIRAS CONTRÁRIAS AS COTAS RACIAIS

(3)   FORMAÇÃO DA FRENTE PRÓ COTAS RACIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO

(4)   AUDIÊNCIA PÚBLICA ALESP 2012

(5)   FACULDADE DE DIREITO DA USP APOIA APROVA COTAS RACIAIS

(6)   COLÉGIO DE LÍDERES DA ALESP

(7)   CONSELHO UNIVERSITÁRIO USP – 1

(8)   CONSELHO UNIVERSITÁRIO USP – 2

(9)   MANIFESTO CONTRA O PIMESP E A FAVOR DAS COTAS RACIAIS

(10) PLENÁRIA DA FRENTE PRO COTAS: Fonte 1 – Fonte 2

(11) LANÇAMENTO DO GT PARA REFORMULAÇÃO DO TEXTO DO PL COTAS

(12) GT ENTREGA NO TEXTO DO PL DE COTAS - NOVO PROJETO DE COTAS 

(13) REFORMA NO INCLUSP – 5% DE BÔNUS


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Fri, 02 Aug 2013 23:27:05 +0000

2 de Agosto de 2013, 17:27, por Desconhecido - 0sem comentários ainda
 

Reflexões sobre um arrependido compungido

 

 
por Edgard Catoira — publicado 02/08/2013 16:06

 

 

 
O estádio Célio de Barros

O estádio Célio de Barros

Na manhã desta sexta-feira, dia 2 de agosto, o governador Sérgio Cabral surpreendeu, mais uma vez, a população do Rio. Surgiu na telinha da TV para anunciar que não vai mais demolir o Estádio de Atletismo Célio de Barros, do conjunto desportivo do Maracanã. Com ar de cachorro que quebrou a tigela, Cabral disse que voltava atrás de sua decisão “a pedidos da sociedade civil”.

Aparentemente, um abalo para as empreiteiras que derrubariam o Célio de Barros e o Conjunto Aquático Júlio Delamare para reconstruí-los do outro lado da linha do trem, em São Cristóvão. Embora, ressalve-se, que, como não perdem nunca, certamente vão entrar em qualquer outra intervenção no núcleo esportivo.

Nesta semana, com o mesmo ar teatralmente compungido, ele já pediu a manifestantes que rondam sua casa no Leblon para abandonarem o bairro. Nessa ocasião, Cabral usou sua mais nobre máscara de pai acuado defendendo os filhos menores que moram com ele.

Atento ao que está acontecendo, também disse que, como todo o cidadão carioca, quer saber do paradeiro de Amarildo de Souza. Preso em sua casa, na Rocinha, em julho, o pedreiro foi levado para a Unidade de Polícia Pacificadora e, depois de liberado, nunca mais apareceu. Coincidentemente, a câmera que fica em frente ao posto policial estava desligada e os dois veículos da PM sem GPS. Aliás, num dos carros, havia mancha de sangue. Feitos os exames, não era de Amarildo, mas até agora ninguém disse de quem eram.

Também, em ação inédita, quando estourou a tubulação da Companhia de Água e Esgoto em Campo Grande, Cabral esteve no local e, sempre sob as luzes da televisão, afirmou que buscaria os responsáveis pelo desastre que matou uma criança. Só não pode circular pelo local, mas apareceu na televisão, com o ar consternado que passou a exibir há algumas semanas.

Agora o governador resolveu, franciscanamente, se desfazer de seus/nossos  helicópteros. Em vez de usá-los para viagens e deslocamentos de casa ao trabalho, passou um para os bombeiros, outro para a PM e um terceiro para a Polícia Civil. Um desprendido. Só que duro de engolir.

Tudo isso para provar está tomado pelos exemplos do Papa Francisco. Reconhece que se afastou do povo. E que vai ouvi-lo de agora em diante.

Sei que Cabral ouve nossas críticas. Como na época da greve dos bombeiros, em 2011, quando os chamou “vândalos irresponsáveis”. Só que o carioca ficou do lado dos bombeiros: os carros surgiram nas ruas adornados por fitas vermelhas – simbolizando os soldados – nas antenas, as pessoas passaram a usá-las nas camisas e alguns prédios estenderam panos nas janelas. O governador, realmente, recuou e se desculpou.

Agora precisa também recuar em outras linhas, como a do Metrô, por exemplo, que em vez de malha é uma tripa eternamente lotada. Lotada de nós, cariocas, quando desejamos nos locomover pela cidade. Mesmo depois de protestos e reuniões, o governador, surdo, mudo e insensível, bateu o martelo em sua decisão de imperador absolutista. E, podem escrever, vai ficar muito pior quando a tripa chegar à Barra da Tijuca.

Do ponto de vista do urbanismo sua opção incontestável vem sendo por projetos de futuros espigões, apoiados em mudanças de regras facilitadoras. Até grandes áreas ocupadas por quartéis, em áreas valorizadas, estão passando para as mãos de construtoras particulares.

Não vamos aqui falar em classes, como a dos médicos, em 2010 definidos como “vagabundos” pelo senhor governador, generalizando uma qualificação que deveria ser específica daqueles que não trabalham, deixando a população, quase sempre carente, à míngua. Nem vamos cobrar os serviços não prestados a Niterói e cidades serranas, depois de diferentes tragédias com chuvas – onde, jamais, a figura de Cabral foi vista.

Aí está o retrato de tudo que ainda afasta Cabral dos eleitores.

Diante da TV, onde, nessas horas de aperto, está voltando a ser figura fácil, Cabral certamente vai esquecer, por alguns meses, seus amigos donos de jatinhos e promotores de nababescos jantares para se juntar ao povão. Para não ter que responder por seus atos falhos na Justiça, o governador não poderá nem se afastar do governo que lhe garante foro especial. Terá que se candidatar a senador ou deputado federal no ano que vem. E, na busca de seus votos, valem as lições de Francisco, embora sempre tenhamos em mente a frase imortal do grande Deng Xiaoping quando lhe perguntaram se as mudanças econômicas que promovia na China não acabariam com o regime de partido único: “O leopardo nunca perde suas pintas”.

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Fri, 02 Aug 2013 23:26:10 +0000

2 de Agosto de 2013, 17:26, por Desconhecido - 0sem comentários ainda
 

Ao despedir-se de BRAVO!, redator-chefe discute a mídia

Mercado editorial

Armando Antenore, que editou a revista BRAVO! entre 2005 e a última quinta-feira, autorizou a publicação de sua carta de despedida, que é uma reflexão sobre o jornalismo impresso
por Lino Bocchini — publicado 02/08/2013 13:06, última modificação 02/08/2013 14:25

 

 

 
capa Bravo!.jpg

Capa da última edição, a de agosto, que chegará ás bancas nos próximos dias

Nesta quinta-feira, 1º de agosto, a editora Abril anunciou o fechamento de quatro revistas, três sites e a demissão de dezenas de profissionais, dentro de uma reestruturação oficializada em um comunicado interno que este blog divulgou em primeira mão. Armando Antenore, redator-chefe da revista BRAVO!, uma das publicações “descontinuadas” pela empresa dos Civita, escreveu uma interessante carta de despedida e a postou no Facebook –es posteriormente em seu blog. Mais do que meramente despedir-se da publicação, o jornalista faz uma reflexão sobre os motivos que poderiam ter levado a revista ao fechamento, e acaba contribuindo para o debate sobre o momento atual do jornalismo. Consultado, Armando gentilmente liberou este blog para reproduzir o texto abaixo.

————————————————

Por que a revista BRAVO! acabou?

Por Armando Antenore

A Abril S.A. divulgou hoje o fim da revista BRAVO! em todas as plataformas. A publicação – uma das únicas no país dedicada exclusivamente às artes, onde trabalhei entre agosto de 2005 e julho de 2013, como editor-sênior e redator-chefe – nasceu em outubro de 1997. Estava, portanto, à beira de completar 16 anos. Foi criada numa pequena editora de São Paulo, a D’Ávila, já extinta, e migrou para o grupo Abril em janeiro de 2004. Quando chegou à seara dos Civita, desfrutava de prestígio, mas padecia de má saúde financeira. Não sei dizer quanto dava de prejuízo à época. Só sei que, na Abril, o quadro não se alterou substancialmente, mesmo quando o título adotou linha editorial um pouco mais pop, um pouco menos “cabeça” que a de origem.

Com todos os defeitos que pudesse ter – e que realmente tinha, à semelhança de qualquer publicação –, BRAVO! não perdeu o respeito do meio cultural. Havia divergências de vários artistas e intelectuais em relação à revista. Os próprios jornalistas que passaram pela redação nem sempre concordavam 100% com a filosofia do título, ditada obviamente pelos donos. Uns o acusavam de conservador, outros de elitista, superficial ou condescendente demais. Mas havia também muita gente boa que gostava de nossas edições. O fato é que mesmo os opositores jamais recusaram sair nas páginas de BRAVO!. Quem trabalhava para a publicação raramente ouvia um “não” quando fazia pedidos de entrevista. Até Chico Buarque, famoso por se expor pouquíssimo na mídia, topou protagonizar uma capa junto de Caetano Veloso (deixou-se fotografar, mas não abriu a boca, convém lembrar). Todos, de um modo geral, reconheciam que a publicação buscava primar pela seriedade.

Mesmo assim, em termos comerciais, BRAVO! nunca gerou lucro – ao menos, não na Abril (como disse, desconheço os números da D’Ávila). A revista, embora contasse com o apoio da Lei Rouanet, operava no vermelho. Em bom português, dava prejuízo – ora de mihões, ora de milhares de reais. Por quê? Vejamos:

1) BRAVO! dispunha de poucos leitores? Sim e não. A revista contava com cerca de 20 mil assinantes e 8 mil compradores em bancas e supermercados. Vinte e oito mil pessoas, portanto, adquiriam a publicação mensalmente. Se levarmos em conta os parâmetros do mercado publicitário, cada exemplar tinha, em média, quatro leitores. Ou seja: uma edição atingia algo como 112 mil pessoas. No Facebook, a publicação contava com 53.600 seguidores e, no Google +, com 30.900. Eram índices desprezíveis? Depende. Em comparação com revistas de massa, a maioria editada pela própria Abril, os números de BRAVO! nem chegavam a fazer cócegas. Mas, considerando que o título se voltava para um nicho relativamente restrito, o da cultura mais sofisticada, as cifras não parecem tão ruins. Em geral, BRAVO! falava sobre manifestações artísticas que, embora se destacassem pela qualidade, não atraíam público quantitativamente significativo. A revista dedicava quatro, seis, oito páginas para filmes como Tabu, do português Miguel Gomes, exposições como a retrospectiva de Waldemar Cordeiro no Itaú Cultural, livros como O Erotismo, de Georges Bataille, peças como A Dama do Mar, de Bob Wilson, e espetáculos de dança como Claraboia, de Morena Nascimento. Procure saber quantas pessoas viram tais filmes, mostras e espetáculos ou leram tais livros. Cinco mil, 10 mil, 20 mil? Como BRAVO! poderia ter zilhões de leitores se o universo que retratava não tem zilhões de consumidores? A publicação, por sua natureza, enfrentava o mesmo problema que amargam todos os artistas do país dispostos a correr na contramão dos blockbusters.

2) BRAVO! perdeu leitores em papel com o avanço das mídias digitais? Perdeu, seguindo uma tendência internacional. A perda, no entanto, não se revelou tão expressiva e ocorreu num ritmo menor que o de muitos títulos.

3) Era mais caro imprimir a BRAVO! do que outras revistas? Sim,bem mais caro, por causa de seu formato e de seu papel, ambos incomuns no mercado.

4) BRAVO! tinha poucos anúncios? Sim. Raramente, a publicação cumpria as metas da Abril nesse quesito. O motivo? Falhas internas à parte, os grandes anunciantes costumam demonstrar pequeno interesse por títulos dedicados à “alta cultura”. “O leitor de revistas do gênero, sendo mais crítico, tende a frear os impulsos consumistas”, explicam os publicitários, nem sempre com essas palavras. Pela mesma razão, tantos cantores, artistas visuais, produtores de teatro e bailarinos encontram sérias dificuldades para captar patrocínio.

A soma de tais fatores tornava BRAVO! deficitária. Ao longo dos anos, tentaram-se diversas medidas para estancar o sangramento. O número de páginas da revista diminuiu de 114 para 98; as datas em que a publicação rodava na gráfica da Abril se alteraram algumas vezes com o intuito de reduzir os custos de impressão (é mais barato imprimir em certos dias do mês que em outros); a redação encolheu; os projetos gráfico e editorial sofreram ajustes; criaram-se ações de marketing pontuais na esperança de aumentar a receita publicitária. Cogitou-se, inclusive, mudar o papel e o formato de BRAVO!. O publisher Roberto Civita (1936-2013), porém, sempre vetou a alteração. Acreditava que fazê-la descaracterizaria em excesso a revista.

A Abril poderia ter insistido um pouco mais? Pecou por não descobrir jeitos inovadores de sustentar a publicação? É difícil responder – em especial, a segunda pergunta. A crise está instalada na imprensa de todo o mundo. Gregos e troianos dizem que a mídia tradicional precisa se reinventar. Eu também digo. Mas qual o caminho das pedras? Não sei. No máximo, posso arriscar uns palpites. E seguir investigando, e seguir apostando. O mesmo vale para os empresários da comunicação.

Gostaria que a edição de agosto não fosse a última de BRAVO!. Entristeço-me com o fim da publicação porque aprecio muitíssimo a arte. Filmes, livros, peças, músicas, instalações, pinturas, balés e quadrinhos me ensinaram mais sobre viver do que a própria vivência. No entanto, não bancarei o viúvo rancoroso. Não lamentarei a baixa escolaridade do brasileiro, o pragmatismo dos publicitários e dos patrões, o advento da revolução digital. Tampouco abdicarei de minhas responsabilidades frente aos erros e acertos da revista. Fiz e ainda faço parte do complexo jogo em que a mídia se insere. Procuro encará-lo com amor, senso crítico e serenidade. Nem sempre consigo, mas…

De resto, queria agradecer tanto à Abril quanto a todos os leitores e profissionais (artistas, editores, repórteres, críticos, ensaístas, revisores, designers, ilustradores, fotógrafos, assessores de imprensa, executivos, vendedores, secretárias, motoristas e motoboys) que tornaram possível tão longa e  inesquecível jornada.


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