Aos familiares do Sr. Mauro, motorista do casal Chapeuzinho e Margarida.

Segundo as informações apuradas, o pomposo casal recepcionou o Lindoso na cidade e contraiu a peste – inclusive há relatos de que Margarida estava sem máscara durante o evento.

Como eles podem ser atendidos pelos melhores médicos do mundo, tiveram a chance de sobreviver. No caso do finado trabalhador, as camadas populares morolandenses sabem que a consequência fatal era previsível, diante da situação de colapso na área da saúde.

Também me solidarizo com a família do radialista Lourival. Dono de uma voz marcante nas transmissões, tive a oportunidade de conversar com ele pessoalmente numa ocasião, quando me tratou de forma cordial.

Soube na última semana sobre o quadro de saúde dele. Como se pressupõe que todo adulto morolandense possui uma condição financeira de um magistrado federal ou de um promotor de justiça, ele recebeu alta médica e a família teve que arcar com os custos para cuidar dele em casa. Na minha opinião, Lourival deveria ter permanecido internado para receber o atendimento especializado, inclusive sob o aspecto alimentar.

Enquanto isso, o festival da eugenia é levado adiante em Morolândia, como se tudo fosse normal...