Nos últimos dias, muita gente comemorou os 90 anos de um certo empresário da comunicação nacional.
Para quem julga imoral a existência de relações diplomáticas entre pessoas físicas, jurídicas e autoridades governamentais, este Senhor constituiu um império na área das comunicações a partir do “networking” com as autoridades mais cruéis do país. No momento atual, ele emplacou o genro como ministro para defender os interesses dele e da associação nacional de emissoras de rádio e televisão.
Contudo, embora muitas “colegas de trabalho” e respectivas famílias estejam padecendo devido à crise sanitária, econômica e social decorrente da inação do governo federal, Senhor mantém-se trancado em casa num estado de profundo silêncio, mesmo possuindo todos os meios necessários para denunciar o extermínio das camadas populares do país durante a presente pandemia.
Desse modo, Senhor demonstra ser o melhor ator na vida real entre os séculos XX e XXI, ao encenar a performance do melhor apresentador da televisão nacional e de um empresário bem-sucedido e generoso, graças às parcerias governamentais e à concretização da máxima filosófica de se obter vantagem em tudo.
Feliz aniversário, Senhor Vendido!