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Everton de Andrade

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O panorama da saúde pública em Morolândia

ноября 1, 2020 16:31 , by Everton de Andrade - | No one following this article yet.
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Em primeiro lugar, sugiro à classe média morolandense prestar muita atenção nos relatos a seguir. Pois, caso as vacinas que ainda estão sendo testadas contra o coronavírus sejam ineficazes perante a mutação virótica noticiada recentemente, bastante gente dessa distinta classe social poderá ser atendida na estrutura pública de saúde, mesmo após um eventual término da pandemia.

Sendo assim, Dona Bela e Chapeuzinho Vermelho tiveram iniciativas importantes para debilitar a saúde popular durante a gestão municipal dos últimos quatro anos.

Logo no início do mandato, eles fecharam a Unidade de Pronto Atendimento do Centro, prejudicando os moradores das comunidades carentes próximas da região central e os trabalhadores e trabalhadoras atuantes nessa mesma área morolandense desprovidos de plano de saúde, especialmente os comerciários e comerciárias.

Desse modo, para conseguir atendimento médico emergencial, muita gente precisa se deslocar do Centro aos pronto socorros da periferia da cidade, sobrecarregando ainda mais essas unidades de saúde.

Por um triz a Unidade de Pronto Atendimento do Pinheirinho também quase deixou de existir. A população teve que protestar defronte ao estabelecimento médico e chamar a imprensa para evitar a perda de mais um local de atendimento emergencial. Logo, os moradores da regional Pinheirinho estão de parabéns, porque a situação durante a presente pandemia poderia ser ainda mais crítica caso a UPA do Pinheirinho tivesse encerrado as atividades.

Além disso, o agendamento on-line das consultas nas unidades básicas de saúde do município piorou consideravelmente a qualidade do atendimento ao público. Anteriormente, ao me deslocar para solicitar a consulta médica, imediatamente eu era encaminhado à triagem e a consulta era agendada para, no máximo, uma semana depois.

Durante o ano passado, ao fazer o procedimento pela internet, tive que acessar o sistema durante vários dias seguidos para agendar a triagem. Quando consegui fazer isso, ela foi agendada para a semana posterior.

Chegado o tão aguardado dia da triagem, a profissional de saúde agendou minha consulta com a clínica geral para a semana seguinte, ou seja, levei quinze dias para conseguir o atendimento médico necessário. É bom lembrar que, em quinze dias, dependendo do quadro de saúde, o paciente pode ter morrido e o cadáver pode se encontrar num estado elevado de decomposição...

A gestão de saúde da dupla Chapeuzinho e Dona Bela tem momentos marcantes particulamente durante a presente pandemia. Primeiramente, eles criaram um sistema de “bandeiras” de rotatividade das atividades na cidade o qual favorece prioritariamente o empresariado e as famílias ricas, que podem obter melhores condições de atendimento na rede hospitalar privada.

Isso ficou evidente quando Chapeuzinho e esposa foram atendidos por uma equipe médica altamente gabaritada e o motorista deles, afetado pela mesma enfermidade pandêmica, morreu em outro hospital morolandense, cujo atendimento pode ser caracterizado de modo similar a uma linha de produção fordista de um açougue.

Também é desconhecido que Chapeuzinho e Dona Bela tenham articulado as estruturas organizacionais dos distritos sanitários do município para se evitar a proliferação do coronavírus. De tal modo que os primeiros infectados surgiram nas áreas próximas à região central e, poucos meses depois, os bairros da regional Tatuquara passaram a liderar a quantidade de infectados pela peste. Cabe lembrar que certas localidades dessa regional distam cerca de 25 quilômetros da Praça Tiradentes.

O show de horrores se complementa com a distribuição de quase duzentos milhões de reais às empresas de ônibus durante a pandemia, sem nenhuma exigência de distanciamento social no interior dos veículos. Assim, Morolândia deixou de ser uma referência histórica mundial no BRT (bus rapid transport) para assumir a liderança do CRT (corona rapid transport).

Nessas circunstâncias, é provável que muitos dos 52.889 contaminados oficialmente e dos 1.480 oficialmente mortos pela pandemia tenham sido afetados pela rápida proliferação do vírus a partir do transporte coletivo do município, com a circulação dos ônibus lotados.

Perante todos esses fatos, é recomendável que os morolandenses demitam o Chapeuzinho e a Dona Bela através do voto eleitoral dos próximos dias. Há alternativas progressistas interessantes de gestão pública em outras candidaturas até mesmo na área da saúde, inclusive na chapa democrática trabalhista.

Assim, para a sobrevivência das camadas populares e médias da cidade, é fundamental que o eleitorado pesquise outras informações além das oferecidas pela imprensa comercial, pois ela tem o candidato favorito e por isso não divulga praticamente nada sobre o atual pleito.


Everton de Andrade