A hegemonia política da extrema direita no Brazilquistão promove um dia das mães repleto de tristezas devido às mortes causadas pela pandemia, pela fome e, nos últimos dias, até por uma chacina.

Entretanto, é preciso lembrar que esses carrascos chegaram ao poder pela ação e inação de muitas pessoas.

Recordo-me de uma linda mamãe, ex-colega minha de escola a qual, na véspera das eleições 2018, manifestou indiferença caso fosse chamada de nazista por apoiar o Bozo.

Diante das inúmeras desgraças ocorridas desde então, desafio essa minha ex-colega a divulgar a quantidade de cestas básicas que ela e o marido dela, militar do Exército, doaram às mamães em vulnerabilidade socioeconômica, moradoras da Samambaia morolandense.

Também existem aquelas mamães santas, que abominam tratar de assuntos políticos e deixaram de votar nas eleições de 2018, votaram em branco ou anularam o voto.

Como são considerados apenas os votos dados a cada candidato no pleito, independentemente da quantidade de votos em branco, nulos ou justificados, as pessoas que não optaram por uma candidatura ajudaram aquela que obteve o maior percentual de votos válidos, ou seja, colaboraram para a ascensão ao poder da extrema direita brazilquistanesa.

Atualmente, no contexto em que a nação parece reviver as sete pragas do Egito antigo - com direito até a nuvens de gafanhotos próximas do país - talvez a única forma das desgraças cessarem será as mamães assumirem o risco de se manifestarem nas ruas pela destituição do Bozo. Pois, enquanto ele e respectivos discípulos permanecerem em campanha pela cloroquina e pela negligência da pandemia, o Brazilquistão jamais sairá da crise.