Quem ainda acredita que Chapeuzinho é tão bondoso quanto o Papai Noel, precisa ler a matéria do Francisbomba sobre a empresa de asfalto “Irmãos Chapeuzinho”.

Para aqueles que não visitaram Morolândia recentemente, Chapeuzinho cobriu até os becos do bairro Novo Mundo com asfalto. Entretanto, as calçadas da maioria das vias públicas da cidade permanecem precárias ou inexistentes, dificultando-se os deslocamentos dos pedestres e cadeirantes particularmente nesse momento de pandemia, em que usar o transporte coletivo é pouco recomendável por razões sanitárias.

Embora o discurso predominante na cidade seja o de combate à corrupção, os morolandenses continuam acreditando em figuras públicas que mais se parecem com os personagens de contos de fadas, e as tradicionais máfias municipais seguem operantes na surdina.

Uma delas é a do transporte coletivo. Ao mesmo tempo em que o mundo todo chegou a uma situação pré-falimentar devido à presente crise sanitária, os caros empresários tiveram a cara de pau de chantagear o Chapeuzinho e obtiveram quase 200 milhões de reais para seguirem operando com a típica qualidade precária de atendimento aos usuários, especialmente em horários de pico.

Mesmo assim, nessa sexta-feira 13, antevéspera da eleição, muitos fãs de Chapeuzinho estão preparados para digitar o número mágico da perpetuação mafiosa no Poder Público municipal.

Enquanto isso, no meu caso específico, sem vínculo empregatício há dois anos, perante o elevado custo da tarifa do transporte coletivo, resta-me percorrer longas distâncias driblando os buracos, enfrentando os cães soltos nas vias e respectivos donos na periferia de Morolândia, para tentar exercer o meu direito de ir e vir como pedestre nessa capital nacional do marketing e dos contos de fadas.