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Everton de Andrade

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Quem sobreviverá na era dos idiotas empoderados?

noviembre 29, 2020 10:35 , por Everton de Andrade - | No one following this article yet.
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No momento atual, a humanidade atravessa um período extremamente difícil no qual é difícil distinguir se a principal causa do problema é o coronavírus ou a idiotice crônica.

O maior idiota do planeta é o Trumposo norte-americano, sujeito que provavelmente passará os próximos quatro anos contando votos por não assumir que o dinheiro dele nem tudo pode comprar.

Em Morolândia, a capital nacional dos contos de fadas e a terra dos seres mais chatos, narcisistas e insuportáveis do hemisfério sul, Chapeuzinho transitou ultimamente em algumas outras histórias fantásticas: com a censura imposta pelos magistrados direitistas às campanhas de oposição, ele mobilizou quase quinhentos mil anõezinhos e, cerca de 48 horas após ser reeleito, a carruagem se transformou em abóbora e a cidade mergulhou no caos sanitário devido à ampla contaminação pandêmica, conforme esse blog já antevia durante a campanha eleitoral.

Mesmo diante dessas circunstâncias insalubres, Chapeuzinho insiste em defender os interesses empresariais e manter o município no mundo do faz de contas, ao invés de restringir as atividades da cidade apenas àquelas consideradas essenciais até a ocupação dos leitos de UTI se reduzir a 85%.

Paralelamente à conduta desse fantástico ser do mundo encantado, há a falta de colaboração da ampla maioria dos morolandenses no presente estado de calamidade pública.

Para o corona reduzir o potencial de letalidade, medidas simples precisam ser adotadas: reforço da higienização das mãos, uso de máscara em locais de circulação de pessoas, higienizar as vias aéreas respiratórias superioras conforme as orientações das autoridades sanitárias e manter o distanciamento social.

Contudo, na periferia de Morolândia, a minoria das pessoas usa máscara em locais públicos. Um guarda paranoico – cidadão de bem, árduo defensor da lei e da ordem, acostumado a insinuar que todo mundo é bandido, mais zeloso com o que se sucede nas ruas da casa dele do que com a própria família - ao ser incisivamente advertido de que deveria usar máscara enquanto fazia jardinagem na área pública defronte à residência, resistiu à reprimenda, até chegou a vestir o equipamento de proteção mas, minutos depois, botou o nariz para fora da máscara como se fosse o maioral.

Durante a noite deste sábado, num imóvel na Samambaia morolandense, foi percebido que houve uma churrascada com muitas bebidas alcoólicas e, pelos ruídos das conversas, muitas pessoas lá estiveram presentes, apesar das UTIs da cidade estarem com 96% de ocupação devido à pandemia. Daqui a cerca de quinze dias será possível estimar o número de mortos devido a esse evento festivo inapropriado.

Outra circunstância é a chegada das festas de final de ano. Ao que tudo indica, ao invés das pessoas se preservarem e analisarem que as reuniões de Natal e ano novo podem ser postergadas para os anos seguintes - com a permanência viva de todos se cuidando nos lares no momento atual - muita gente provavelmente se comportará como manada e promoverá amplas confraternizações. Caso isso se confirme, finalmente a vingança do peru de Natal ocorrerá...

Nesse contexto, torna-se difícil analisar se a maior desgraça atual da humanidade é o corona ou o comportamento inadequado da sociedade diante das presentes circunstâncias letais.


Everton de Andrade