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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Dia da Liberdade dos Documentos (27/03/2013)

26 de Março de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Dia da Liberdade dos Documentos
#dfd
Pensando no dia da liberdade dos documentos, lembro-me dos primeiros editores de textos e das primeiras planilhas eletrônicas. Por exemplo, no MSX (HotBIT Sharp) trabalhava muito bem com o HotCalc, um programa que era carregado de um cartucho inserido no Slot A; O programa para edição de textos, era carregado diretamente do tape recorder através de cabos na entrada "aux", após alguns minutos de leitura e um pouco com sorte. Neste cenário, minhas planilhas e documentos, incluindo coisas profissionais, eram salvos nestas fitas cassete. As coisas profissionais a que me refiro, também eram  impressas em uma impressora eletro-mecânica, que era o caso da Praxis 20, uma Olivetti devidamente adaptada com uma interface paralela. Nos 1980-1990 era assim, todo mundo que aprendeu naquele tempo, tem conceitos. No anos 1990-2000, experimentamos diversas tecnologias para edição de documentos e planilhas, dentre estas tecnologias o Editor Fácil, para texots, EasyCalc para planilhas para citar somente alguns. Empresas com poder econômico e reserva de mercado, transformaram a Fácil Informática em sombra do passado! 

Segundo Maiko Rafael Spiess / Marcos Antônio Mattedi [1] "Enquanto o Fácil para MS-DOS traduzia interesses com uma facilidade espantosa, por justamente “se deixar alistar” pelos interesses alheios, como a adequação à língua portuguesa, o Fácil para Windows encontrou um ambiente muito mais hostil. Enquanto o primeiro, em termos práticos, precisava apenas demonstrar ser um todo coerente e funcional para ser adotado, utilizado e incorporado por outros atores, o segundo precisou envolver-se em traduções de interesses cada vez mais tortuosas e menos favoráveis. Eventualmente, as bem-sucedidas estratégias de translação de interesses empregadas pela Microsoft, envolvendo um novo paradigma de sistema operacional, aplicativos integrados e a opinião especializada, fortaleceram ainda mais uma rede local coerente e estável, a ponto de ela atrair para si a força da grande maioria dos usuários de microcomputadores desde então. Os usuários foram convencidos pela Microsoft que a realização de seus interesses e o futuro da informática passavam necessariamente pelo Windows e pelo processador de textos Word. O Fácil, por outro lado, ainda um produto viável, mas progressivamente com menos destaque na mídia especializada, sem o aparato de marketing e pesquisa da gigante norte-americana, atraía cada vez menos aliados e consumidores. Conforme ele se enfraquecia, menos convincente se tornava em uma futura negociação de interesses. Com seus antigos compradores sendo convencidos pela Microsoft, a força dos processadores de textos Fácil foi rapidamente drenada em direção ao Microsoft Word e seus programas irmãos..."

Dito isto e torcendo muito que você tenha se interessado até aqui, lembro que as fitas citadas acima já não são mais possíveis de  serem lidas e os arquivos não são mais recuperáveis. Então, da mesma forma que somos atores no cenário da tecnologia, somos impactados por ela enquanto cidadãos, empresas ou governos. A experiência, estudos e organizações mostram que cuidados devem ser tomados para que nossos documentos (no sentido amplo) devão ser tratados como um bem que precisa ser preservado. Iniciativas como Document Freedom Day [2] ou Dia da Liberdade dos Documentos [3] devem ser estimuladas como uma grande conquista, ou ainda, uma grande "construção social", mesmo que  pressionada pelos formatos fechados;

Finalizo com o pensamento abaixo do Sr Charles-H. Schulz, Director da Document Foundation e Membro da administração do OASIS Consortium:

"Liberdade Documental é uma parte enorme da nossa liberdade digital, e no entanto a que se presta pouca atenção. Toda a gente devia poder usar, reutilizar e distribuir livremente documentos digitais e os dados contidos neles. Infelizmente formatos fechados e proprietários restringem a nossa liberdade de poder usufruir dessas liberdades e de interoperar bem com outros. Para que se possa permitir e garantir a liberdade documental precisamos de usar, promover e desenvolver verdadeiros standards abertos que não tenham problemas de patentes, e de usar software e tencologias inovativas e inclusivas. O Software Livre pode ter um papel para ajudar muito nestes assuntos." Fonte http://www.documentfreedom.org/testimonials.html

Referências:
[1](Maiko Rafael Spiess, Marcos Antônio Mattedi, pg 463 <http://www.scielo.br/pdf/mana/v16n2/08.pdf>, acesso em 27/03/2013)
[2] http://www.documentfreedom.org/index.pt.html
[3] http://documentfreedom.org.br/



Google Reader

13 de Março de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Google Reader, assim como outros produtos do Google estão sendo descontinuados. Isto é normal e mostra que estamos passando por grandes transformações no uso da computação, geração e uso das informações. A única certeza é esta, a mudança. Mas o que o Google quer dizer nas entrelinhas, que se o Google Reader tinha a função de agregar informações para o usuário, este mesmo usuário que consumia o produto mudou seu hábito de acesso à informação demandado pela oferta de outros mecanismos, como as redes sociais que tem presença em diversos dispositivos, facilitando a vida para quem usa mais de um computador, dispositivos móveis, etc. Outra razão da morte do Google Reader, penso, é outra parcela de pessoas que efetivamente não leêm ou somente consomem notícias sem qualidade ou profundidade, ficando somente na pequena margem das redes sociais e com isto, também não gerão demanda por bons conteúdos gerados pelas pessoas, por seus blogs e até pelas redes sociais. O impacto disso, vamos perceber nas escolas, faculdades e na vida profissional, com pessoas cada vez mais sem conceitos e sem condições de avaliação das mudanças que estamos sofrendo;  O Google  argumenta também que está alinhando o foco e por isso "matar" alguns de seus produtos é inerente. Resta aprender com isso ajustar o nosso foco enquanto consumidor de informação e formador de opinião.

Imagem:






Screenshots pela linha de comando com Scrot

10 de Março de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

SCRenn shOT, ou simplesmente "scrot".
Screenshot (foto da tela), é uma função básica para as necessidades diversas de computação, como documentação, mostrar um erro em um programa ou simplesmente exibir sua área de trabalho para os amigos; Particularmente, tenho usado para isso uma função do Gnome, o gnome-screenshot que possui funções muito diversas; O programa "scrot" tem a vantagem de poder ser chamado pela linha de comando pois este não depende de uma interface gráfica para rodar, pois utiliza a imlib2 para manipular imagens; 

A instalação em sistemas GNU/Debian se dá pelo próprio nome do pacote, o qual já instala a imlib2:

aptitude install scrot

Dicas de uso:

Além da man page, o scrot quando chamado com argumento -h apresenta um help muito fácil de entender. Fiz alguns testes para selecionar alguns usos mais comuns os quais listo abaixo para os curiosos testarem:

scrot  -s /tmp/scrot-s.png
A opção -s permite selecionar uma área para seu  scrennshot; O scrot  vai esperar até que seja "clicado" com o mouse uma área, aba, ou qualquer coisa no desktop; Note que neste caso, é indicado o nome para diretório que se deseja arquivar a imagem; Caso não seja indicado, os arquivos serão salvos na área de trabalho do usuário;


scrot  -u /tmp/scrot-u.png
A opção -u vai usar o foco atual do seu terminal:

Uma opção interessante, é poder contar um certo tempo até que seja disparado a captura do Screenshot; por exemplo, você pode desejar chamar o scrot e procurar a tela ou aplicação que deseja capturar; isto pode ser feito da seguinte forma:

scrot  -u -b -d 10 -c /tmp/scrot-border_count.png


Note, que aqui é exemplificado a possibilidade de colocar mais de um argumento na linha de comando,  por exemplo, a opção -d (delay) e  -c  (count) que juntas permitem uma contagem de 10 segundos antes da gravação indicada por -u (focused);

Sendo um programa ao bom estilo de linha de comando (cl); seu uso fica por conta da criatividade de cada um, inclusive, podendo ser usado em um laço for, agendado, utilizado em conjunto Convert que é especialista em manipulação de imagens ou pelo Gimp, para edição etc; Gostou? 

Referências:
man scrot



Uptime, porque tempo é dinheiro

7 de Março de 2013, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Uma das muitas virtudes do Linux é sua estabilidade e isto se reflete direto na questão de  uptime da máquina, que, mesmo passando por atualizações, configurações, instalação de novos programas ou periféricos não exige reinicializações frequentes, exceto atualização de algumas questões ligadas ao kernel ou mesmo mudança no hardware (se este não for hotswap); além disso, sysadmin's se preocupa muito com questões de disponibilidade. Mas o que eu gostaria de mostrar aqui são algumas curiosidades a respeito dos programas que controlam, ou melhor dizendo, que permitem a visualização das informações de uptime; 

O comando uptime; propriamente dito, com informações da hora atual, dias do sistema ligado,  usuários conectados e carga do sistema:

uptime
 Outro comando que trás informações, é o comando w que além do uptime, lista usuários, tarefas sendo realizadas, onde estão conectados entre outros detalhes:

w

O comando top, é mais completo quanto a isto, oferecendo informações úteis para administração de memória, swap, processos em execução, usuários ativos, entre outras informações:
top

O htop é outro comando interessante, muito similar ao top e tem como diferencial mostrar o consumo de cpu por barras, indicando o consumo para cada núcleo presente no processador, da mesma forma, para memória e swap. Um outro detalhe no htop, como se fosse uma brincadeira dos desenvolvedores, estando o sistema a mais de 100 dias ligado, ao lado dos dias em uptime aparece um ponto de exclamação (!), como a mencionar, parabéns, seu sistema é bem administrado e tem um bom uptime. :)
htop

O comando procinfo é o único comando (que eu conheço) que mostra a data que o sistema foi ligado, "bootup" e o uptime é mostrado em meses, semanas, dias, horas, minutos, segundos e milesegundos:

procinfo

Os comandos citados, uptime,  w, top, htop, procinfo são programas ncurses, muito especialistas em pequenas tarefas, assim como a maioria dos programas em linha de comando. Permitem, através das suas páginas man uma série de recursos informativos para administração do sistema, além de permitir o uso de informações em conjunto com o | (pipe), grep, awk, etc.

Referências:
man uptime
man w
man top
man htop 
man procinfo



Tags deste artigo: vim mutt debian sysadmin software livre

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