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Alessandro Duarte

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LaTeX e Linux

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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Ambiente: enumerate

29 de Julho de 2013, 18:23, por Alessandro Duarte - 0sem comentários ainda

Enumerações são incluídas no texto pelos comandos

\begin{enumerate}

\end{enumerate}

O itens que serão enumerados são introduzidos pelo comando: \item

\documentclass[12pt,a4paper]{article}
\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[portuguese]{babel}
\usepackage[T1]{fontenc}
\usepackage{amsmath}
\usepackage{amsfonts}
\usepackage{amssymb}
\title{Ambiente: Enumerate}
\begin{document}
\maketitle
Enumeração:
\begin{enumerate}
\item Primeiro item
\item Segundo item
\item Terceiro item
\end{enumerate}
\end{document}

Código

Compilando

imagem4

Como no caso do ambiente itemize, é possível ter um ambiente enumeration dentro de outro (máximo de 4. Veja a postagem ambiente:itemize).

\documentclass[12pt,a4paper]{article}
\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[portuguese]{babel}
\usepackage[T1]{fontenc}
\usepackage{amsmath}
\usepackage{amsfonts}
\usepackage{amssymb}
\title{Ambiente: Enumerate}
\begin{document}
\maketitle
Enumeração:
\begin{enumerate}
\item Primeiro item

\begin{enumerate}

\item Outro item

\item Mais um item

\end{enumerate}
\item Segundo item
\item Terceiro item
\end{enumerate}
\end{document}

código

Compilando

imagem3

É possível introduzir qualquer tipo de numeração. Para isso, basta incluir o opcional entre colchetes depois do comando \item

\documentclass[12pt,a4paper]{article}
\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[portuguese]{babel}
\usepackage[T1]{fontenc}
\usepackage{amsmath}
\usepackage{amsfonts}
\usepackage{amssymb}
\title{Ambiente: Enumerate}
\begin{document}
\maketitle
Enumeração:
\begin{enumerate}
\item[I] Primeiro item
\begin{enumerate}
\item[i] Outro item
\item[ii] Mais um item
\end{enumerate}
\item[II] Segundo item
\item[III]Terceiro item
\end{enumerate}
\end{document}

código

Compilando

imagem5

Também é possível "misturar" o ambiente itemize com o ambiente enumerate (e vice-versa)

\documentclass[12pt,a4paper]{article}
\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[portuguese]{babel}
\usepackage[T1]{fontenc}
\usepackage{amsmath}
\usepackage{amsfonts}
\usepackage{amssymb}
\title{Ambiente: Enumerate}
\begin{document}
\maketitle
Enumeração:
\begin{itemize}
\item Primeiro item
\item Segundo item
\begin{enumerate}
\item Primeira enumeração do segundo item
\item Segunda enumeração do segundo item
\end{enumerate}
\item Terceiro item
\item Quarto item
\begin{enumerate}
\item Primeira enumeração do quarto item
\item segunda enumeração do quarto item
\end{enumerate}
\end{itemize}
\end{document}

código

Compilando

imagem6



Ambiente: itemize

29 de Julho de 2013, 18:21, por Alessandro Duarte - 0sem comentários ainda

Geralmente, em artigos, livros, apresentações, etc., incluímos itens, enumerações e descrições no corpo do texto. No \LaTeXe, há comandos especiais para cada um desses ambientes. Para "itemizar", introduzimos os comandos

\begin{itemize}

\end{itemize}

E entre esses comandos, introduzir o comando

\item Aquilo que é o item.

Vejam o seguinte exemplo:

\documentclass[12pt,a4paper]{article}
\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[portuguese]{babel}
\usepackage[T1]{fontenc}
\usepackage{amsmath}
\usepackage{amsfonts}
\usepackage{amssymb}
\author{Alessandro Duarte}
\title{Introdução ao \LaTeXe}
\begin{document}
\maketitle
\begin{abstract}
O objetivo do presente trabalho é apresentar uma introdução ao \LaTeXe
\end{abstract}
\section{Ambiente: itemize}
Para introduzir itens, fazemos o seguinte:
\begin{itemize}
\item Primeiro item
\end{itemize}
\end{document}

Código

Compilando o código acima, obtemos o seguinte:

itemize1

É possível incluir o ambiente itemize dentro de outro ambiente itemize. Exemplo:

\documentclass[12pt,a4paper]{article}
\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[portuguese]{babel}
\usepackage[T1]{fontenc}
\usepackage{amsmath}
\usepackage{amsfonts}
\usepackage{amssymb}
\author{Alessandro Duarte}
\title{Introdução ao \LaTeXe}
\begin{document}
\maketitle
\begin{abstract}
O objetivo do presente trabalho é apresentar uma introdução ao \LaTeXe
\end{abstract}
\section{Ambiente: itemize}
Para introduzir itens, fazemos o seguinte:
\begin{itemize}
\item Primeiro item

\begin{itemize}

\item Outro item dentro de um item

\item Mais um item dentro de um item

\end{itemize}
\end{itemize}
\end{document}

Código

Compilando, obtemos

itemize2

É possível adicionar no máximo quatro ambientes itemize um dentro do outro. Exemplo:

\documentclass[12pt,a4paper]{article}
\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[portuguese]{babel}
\usepackage[T1]{fontenc}
\usepackage{amsmath}
\usepackage{amsfonts}
\usepackage{amssymb}
\author{Alessandro Duarte}
\title{Introdução ao \LaTeXe}
\begin{document}
\maketitle
\begin{abstract}
O objetivo do presente trabalho é apresentar uma introdução ao \LaTeXe
\end{abstract}
\section{Ambiente: itemize}
Para introduzir itens, fazemos o seguinte:
\begin{itemize}
\item Primeiro item
\begin{itemize}
\item Outro item dentro de um item
\begin{itemize}
\item Um item dentro de um item dentro de um item
\begin{itemize}
\item Um item dentro de um item dentro de um item dentro de um item

\end{itemize}

\item Outro item dentro de um item dentro de um item
\end{itemize}
\item Mais um item dentro de um item
\end{itemize}
\end{itemize}
\end{document}

Código

Compilando:

itemize3

Tente rodar esse código. Observe que aparecerá uma mensagem de erro

código (com erro).

imagem3

É possível introduzir qualquer tipo de símbolos para sinalizar os itens. Para isso, basta incluir os colchetes depois do comando \item e incluir o comando do símbolo desejado

\documentclass[12pt,a4paper]{article}
\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[portuguese]{babel}
\usepackage[T1]{fontenc}
\usepackage{amsmath}
\usepackage{amsfonts}
\usepackage{amssymb}
\author{Alessandro Duarte}
\title{Introdução ao \LaTeXe}
\begin{document}
\maketitle
\begin{abstract}
O objetivo do presente trabalho é apresentar uma introdução ao \LaTeXe
\end{abstract}
\section{Ambiente: itemize}
Para introduzir itens, fazemos o seguinte:
\begin{itemize}
\item Primeiro item
\end{itemize}
\end{document}

código

Compilando

itemize4

Próximo post será sobre o ambiente enumerate.



Instalando o LyX

29 de Julho de 2013, 18:20, por Alessandro Duarte - 0sem comentários ainda

O Lyx é um processador de texto, cujo objetivo é facilitar o uso do \LaTeXe por intermédio de interface gráfica. O Lyx é uma ótima ferramenta para usuários "preguiçosos" e/ou com pouca memória (meu caso nas duas situações). Instalar o Lyx no Debian (e derivados) é bastante simples. No terminal, digite (como root):

apt-get install lyx

Outra possibilidade é usar o synaptic e procurar pelo lyx

imagem1

No ubuntu, é possível usar também a central de programas do ubuntu. Em outras distribuições, o procedimento é quase análogo:

Fedora: yum install lyx

Archlinux: pacman -S lyx

Gentoo: emerge lyx

No Squeeze, a versão do lyx é a 1.6.7. A versão mais nova é a 2.0.*. É possível compilar esta versão no Squeeze. Baixe o código fonte daqui. É necessário que o build-essential esteja instalado

Além disso, você precisará

0) Linux users beware: You need qt4 and qt4-devel packages
of the same version to compile LyX.

Python também é necessário, mas, em geral, já vem nas distribuições linux. Uma vez que você já instalou o texmaker e o texlive, as demais dependências já devem estar presentes.

Depois disso, basta um:

./configure

ou

./configure --prefix=/usr/local (para instalar o binário em /usr/local/bin)

make

make install (aqui como root)

Em breve, dicas sobre o uso do Lyx.



Símbolos especiais: usando os pacotes inputenc e fontenc

29 de Julho de 2013, 18:17, por Alessandro Duarte - 0sem comentários ainda

Quando o \TeX foi criado por Donald Knuth, seu objetivo era criar belos livros matemáticos em língua inglesa - obviamente, pois Knuth é estadunidense. Assim, vários símbolos correntes do português (e que não ocorrem no vocabulário primitivo inglês) têm um significado específico para o \LaTeXe. Entre estes símbolos, estão os símbolos de acentuação: ^, ', `. Além desses, 'ç' não tem significado para o \LaTeXe.

Vejamos o que acontece no seguinte documento
\documentclass{article}
\title{Introdução à Lógica do LaTeXe}
\author{João da Silva}
\begin{document}
\maketitle
\begin{abstract}
Faremos uma breve introdução à lógica do LaTeXe
\end{abstract}
\section{Introdução}
Aqui temos a introdução
\end{document}

Captura de tela de 2012-12-19 22:19:01

depois da compilação:

Captura de tela de 2012-12-19 22:22:16

Perceba que faltam caracteres. Em geral, o acento circunflexo é usado no modo matemático (ainda veremos isso) para expressar o sobrescrito, o til é usado para gerar um espaço que não pode ser aumentado, nem quebrado (veremos isso em algum momento), etc..

Então como poderemos escrever artigos em português no \LaTeXe? A situação não é tão trágica, pois há no \LaTeXe artifícios para introduzir a acentuação no texto. Tente no \TeXmaker, o seguinte:

\documentclass{article}
\title{Introdu\c{c}\~ao \`a L\'ogica do \LaTeXe}
\author{Jo\~ao da Silva}
\begin{document}
\maketitle
\begin{abstract}
Faremos uma breve introdu\c{c}\~ao \`a l\'ogica do \LaTeXe
\end{abstract}
\section{Introdu\c{c}\~ao}
Aqui temos a introdu\c{c}\~ao
\end{document}

Captura de tela de 2012-12-19 22:30:38

e compile

Captura de tela de 2012-12-19 22:31:38

Perceba agora que todos os caracteres apareceram. Qual a diferença entre o primeiro documento e o segundo? Ela é sutil, mas importante. No segundo documento, ao invés de escrevermos "introdução", escrevemos "introdu\c{c}~ao"; ao invés de escrevermos "lógica", escrevemos "l\'ogica"; e ao invés de escrevermos "à", escrevemos "\`a". Esses caracteres não podem ser escritos no seu modo usual no \LaTeX. Assim, temos a seguinte lista:

  • á - \'a
  • é - \'e
  • â - \^a
  • ê - \^e
  • à - \`a
  • ä - \"a
  • ç - \c{c}

Captura de tela de 2012-12-19 22:35:02

Compilando, temos

Captura de tela de 2012-12-19 22:35:36

Há ainda outros símbolos que têm um significado especial para o \LaTeXe, que é independente da língua. Estes são:

$, %, &, { }, _, #

'#' é usado para indicar o lugar de argumento, quando usamos \newcommand para construir, por exemplo, funções mais "complexas" a partir das funções "simples" (em algum momento, isso será discutido). Exemplo

\newcommand{\con}[2]{\BGconditional{#1}{#2}}
$\con{a}{b}$
$\con{\con{a}{b}}{\con{a}{a}}$

Captura de tela de 2012-12-19 22:39:20

Compilando, isso produz

Captura de tela de 2012-12-19 22:40:26

Se '#' for inserido no texto sem este contexto, o \LaTeXe reclamará

Captura de tela de 2012-12-19 22:42:46

Compilando, ocorre isso:

Captura de tela de 2012-12-19 22:41:13

O símbolo '$' indica para o \LaTeXe o início do modo matemático. Portanto, é necessário outro '$' para indicar o fim do modo matemático. Assim, ao escrever, por exemplo, R$ 30,00 no texto, o \LaTeXe acusará erro. Veja

Captura de tela de 2012-12-19 22:46:48

Captura de tela de 2012-12-19 22:47:37

O símbolo '%' é entendido pelo \LaTeXe como o início de um comentário e, portanto, o programa não considera o que vem depois de '%'. Comentários são usados para facilitar sua vida e de outros que possam ler seu arquivo tex. Por exemplo, você pode chamar a atenção de algum leitor para uma determinada parte do texto, possivelmente em um trabalho conjunto. Por exemplo

% Aqui eu fiz uma modificação

Insira isso no seu arquivo .tex

Captura de tela de 2012-12-19 22:51:19

e compile

Captura de tela de 2012-12-19 22:52:02

Nada ocorre. Temos de ter atenção redobrada. Às vezes, esquecemos desse fato e escrevemos coisas do tipo:

77% dos Brasileiros consideram o governo da Dilma bom ou ótimo.

Captura de tela de 2012-12-19 22:52:56

Compilando, observamos o seguinte

Captura de tela de 2012-12-19 22:53:33

O \LaTeXe desconsidera tudo que vem depois do símbolo '%'.

O símbolo '&' é entendido pelo \LaTeXe como iniciando uma nova coluna no ambiente tabular (e afins) - em algum momento explicaremos isso . Introduzir '&' no arquivo tex produz o seguinte erro

Captura de tela de 2012-12-19 22:54:24

Captura de tela de 2012-12-19 22:54:56

O símbolo "{ }" é usado para introduzir o argumento principal dos comandos. Como em:

\documentclass{article}

Introduzir "{ }" não produz erro no documento, mas também não produz nenhum efeito no mesmo.

Captura de tela de 2012-12-19 22:56:35

Captura de tela de 2012-12-19 22:57:16

O símbolo "_" é usado no modo matemático para introduzir subscrito. Ao inseri-lo no arquivo .tex, o \LaTeXe acusará erro

Captura de tela de 2012-12-19 23:00:08

Captura de tela de 2012-12-19 23:00:38

O símbolo "\" é usado sempre no início dos comandos \LaTeXe (também pode ser usado para inserir espaço ou iniciar um nova linha, como veremos em algum momento). Por exemplo:

\documentclass{article},  \begin{document}

Introduzi-lo no arquivo tex não produz qualquer erro, mas também não produz nenhum efeito no texto compilado (dependendo do contexto ele introduz espaços entre as palavras)

Captura de tela de 2012-12-19 23:03:22

Captura de tela de 2012-12-19 23:03:57

Esses símbolos são introduzidos no texto compilado com os seguintes comandos

  • $ - \$
  • % - \%
  • & - \&
  • { }- \{ }
  • _ - \_
  • # - \#
  • - \textbackslash
  • § - \P

Captura de tela de 2012-12-19 23:05:47

Captura de tela de 2012-12-19 23:06:21

Voltando aos caracteres do português (principalmente acento e a cedilha), devido à versatilidade do \LaTeXe, há pacotes que eliminam a necessidade de uso daqueles comandos lá em cima. Estes pacotes são o inputenc e o fontenc. No caso do português, a codificação do fontenc é T1. O opcional do inputenc (sistemas unix) pode ser latin1 ou utf8 utf8x. No caso do utf8x, pode-se usar também o pacote ucs

Pacote inputenc, opcional utf8x  e pacote ucs

Captura de tela de 2012-12-19 23:12:35

Captura de tela de 2012-12-19 23:13:18

Pacote inputenc, opcional latin1

Captura de tela de 2012-12-19 23:15:43

Captura de tela de 2012-12-19 23:17:32

Uma última dica, veja em opções>configurar o texmaker>editor a codificação do editor para evitar conflitos

Captura de tela de 2012-12-19 23:18:08



LaTeX no GNU/Linux 2: Editores e IDEs

29 de Julho de 2013, 18:15, por Alessandro Duarte - 0sem comentários ainda

Na postagem anterior, indiquei como instalar o TeXlive no GNU/Linux (Debian e derivados e a instalação genérica). Agora, daremos dicas de editores e IDEs para o \LaTeXe. Em primeiro lugar, é bom lembrar que não é necessário o uso de qualquer editor especial para escrever arquivos .tex, como no caso de arquivos .odt, que precisam do libreoffice. Para escrever arquivos .tex, basta um simples editor de texto como o gedit, kedit, kate, nano, leafpad, etc.. Por exemplo, usando o kate, podemos escrever o seguinte documento simples

Para gerar um arquivo .dvi a partir do documento acima, precisamos compilá-lo com o \LaTeXe. Para isto, entramos na pasta onde se encontra o arquivo (no meu caso em: /home/alessandro/Documents) e digitamos:

latex nome_do_documento.tex

No meu caso, o documento criado com kate foi chamado teste1.tex.

A compilação transcorreu normalmente e com isso foi gerado o arquivo teste1.dvi. Além desse arquivo, a compilação produzirá, neste caso, outros dois arquivos: teste1.aux e o teste1.log (em uma próxima postagem explicaremos mais acuradamente o funcionamento do Latex). Se quisermos um arquivo pdf, há duas possibilidades: (1) transformar o .dvi em .pdf usando o dvipdf; (2) ou compilar o .tex com o pdflatex produzindo o .pdf diretamente (depois em outras postagens, explicaremos quando é possível usar estes métodos, pois há incompatibilidades de pacotes com o pdflatex e com latex).

dvipdf nome_do_arquivo.dvi

pdflatex nome_do_arquivo.tex

O resultado final de nosso arquivo pós-compilação é:

Também é possível transformar o arquivo .dvi em .ps, usando o dvips

dvips nome_do_arquivo.dvi

Além disso, podemos transformar o arquivo .ps em .pdf usando o ps2pdf (em postagens para frente discutiremos a necessidade de produzir arquivos .pdf passando pelas etapas: dvi -> ps e ps->pdf. Isto dependerá de pacotes usados no preâmbulo).

Muitos autores defendem que esta é a grande vantagem do \LaTeXe, pois é possível escrever o seu arquivo .tex em qualquer plataforma usando um simples editor de texto (embora, às vezes, a compilação do .tex só possa ser feita em seu próprio computador, por falta do $latex  \LaTeXe$ no computador alheio). No \LaTeXe, não há perda de configuração, coisa rotineira no caso do libreoffice (e afins) devido à versão diferente dos programas usados em diferentes plataformas (salve um arquivo no libreoffice 3.3 e abra-o em uma versão mais antiga, digamos, openoffice 2.4); ou à falta de fontes, etc.. No \LaTeXe, em geral, não há questões de incompatibilidade (exceto, é claro, se seus arquivos foram escritos em LaTeX209 (versão antiga) e você tenta compilá-lo com \LaTeXe (versão nova). Mas ainda assim, com pequenos ajustes, é possível tornar o seu .tex “legível” para versão nova).

O artigo, portanto, tratará de coisas que não são estritamente necessárias. O resumo acima tinha o objetivo de esclarecer a “não-necessidade” de editores e IDEs específicos para o \LaTeXe (quando lecionei um curso de metodologia da ciência e dei aulas sobre o \LaTeXe, percebi que os alunos ficaram dependentes dos editores e IDEs e não “conseguiam” escrever os trabalhos pedidos por falta dos editores e IDEs nos computadores de seus serviços. Todavia, tais editores e IDEs, como tentei mostrar acima, são dispensáveis).

Por outro lado, os editores e IDEs para o \LaTeXe são bastante úteis, pois, em sua maioria, eles “contêm” todos os passos mencionados acima. No mundo GNU/Linux, os principais editores/IDEs são:

texmaker

kile

texworks

latexila

Obviamente, esta lista não é completa. Por exemplo, é possível usar o gedit + gedit-latex-plugin (aqui, deve-se ir em: editar>preferências>plug-ins e “setar” a opção: latex plugin 0.2), o geany + geany-plugin-latex

Os editores/IDEs supracitados têm documentação própria, portanto não discutirei todos. Restringir-me-ei ao texmaker, que é o meu IDE preferido. O processo de instalação do texmaker é bastante simples para usuários Debian (Debian derivados) – e o processo é também bastante simples em redhat derivados, gentoo, arch linux.

apt-get install texmaker

Quem tiver interesse nas versões mais novas (meu caso), é possível “baixar” o source do site e compilá-lo ou “baixar” o binário referente à sua distribuição e arquitetura (para compilar o programa, lembre-se sempre de ler o readme).

Funcionamento do Texmaker

Depois de instalado, aperte alt+f2 e digite texmaker (ou se quiser, vá em escritório, onde fica seu ícone). Obviamente, abrirá o programa

A primeira coisa a ser feita é criar um novo documento e salvá-lo em algum lugar: arquivo>novo, arquivo>salvar como

Agora, as coisas ficam interessantes. Na barra superior, há a opção: assistente. Ao clicar ali, aparecerá outras opções, entre as quais: início rápido. Ao clicar, aparecerá a seguinte janela:

Ali na opção classe de documento, você pode escolher o tipo básico de documento que deseja produzir: artigo (article), livro (book), carta (letter), apresentação (beamer) ou dissertação, tese, relatório (report).

A opção “tamanho da fonte” é autoexplicativa. As subopções são: 10pt, 11pt, 12 pt. A opção “tipo de folha” também é autoexplicativa e as subopções são: A4paper, A5paper, B5paper, letterpaper, legalpaper, executivepaper.

Finalmente, a opção codificação tem várias subopções. No caso de usuários GNU/Linux, as que devem ser escolhidas são: utf8x ou latin1 (em próximas postagens, discutiremos um pouco sobre isto).

Há ainda há escolha de pacotes AMS e makeidx. Há espaços para introduzir nome do autor e título do trabalho. Finalmente, em um quadrado maior, há uma série de escolhas.

Eu fiz as seguintes escolhas:

Ao dar ok, isto produz o seguinte:

Ou seja, o texmaker insere automaticamente grande parte do preâmbulo que teríamos de digitar em um editor de texto simples. Para produzir um texto próximo àquele primeiro, basta introduzir o pacote “begriff” no preâmbulo (próximas postagens falaremos dos pacotes). Além disso, é preciso introduzir no corpo do texto o comando maketitle, que produzirá na compilação o título e o autor. Uma vantagem do texmaker é que ao começar digitar os comandos, o programa lhe indica opções (autocomplementação).

Além disso, no primeiro documento havia o comando section, que produz uma seção. Ao começar a digitar este comando, o texmaker lhe dará opções por autocomplementação. Os comandos restantes pertencem ao pacote begriff, portanto não precisamos nos deter aqui. O texto final ficará assim:

Anteriormente, para compilarmos o teste1.tex, foi necessário entrar, via terminal, na pasta onde o arquivo estava salvo e digitar: latex teste1.tex. Depois, transformamos o dvi produzido para pdf usando o dvipdf. Também mostramos como produzir o pdf diretamente com o pdflatex. Além de transformar o .dvi para .ps e depois o .ps para .pdf. No texmaker, estas opções estão todas disponíveis. Na barra superior (a maior), tem a opção: pdflatex. Clicando alí, aparecem outras opções. Por exemplo, existe a opção latex (compilar com latex)

Há também a opção: DVI->PDF, DVI->PS, PS->PDF, que executam o mesmo trabalho mencionado no início da postagem. A compilação do .tex via texmaker (pdflatex) produz o seguinte documento:

A compilação é feita clicando na seta (grande) à esquerda do pdflatex (latex). Da mesma forma, a transformação de .dvi para pdf (ou dvi para ps ou .ps para pdf) é clicando nesta mesma seta, com as respectivas opções. Para visualizar o documento pdf compilado pelo pdflatex, clique na seta (grande) à esquerda de: ver pdf (na barra acima – a maior). Ali também tem as opções: ver .dvi e ver .ps (para ver o documento .dvi, deve-se primeiro compilar com o latex, para ver documento .ps, deve transformar antes o .dvi produzido para .ps). Caso contrário, ocorrerá erros deste tipo:

Obviamente, não esgotei todas as dicas em relação ao texmaker e, provavelmente, voltarei ao assunto. Mas, para terminar, vale lembrar que o texmaker facilita nossa vida, porque à esquerda do programa existe uma “tabela” que ao clicar aparecem várias opções  de símbolos (ótimo para quem não tem uma memória muito boa, o que é meu caso):

Além disso, o texmaker tem uma ótima documentação de referência sobre o \LaTeXe . Fica em ajuda>referência do latex

E tem também uma boa documentação. Vá em: ajuda>manual do texmaker



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