“Juventude que ousa lutar constrói o poder popular”
O grito de ordem ecoou na voz de 213 jovens que saíram ainda de madrugada de várias cidades do Distrito Federal e entorno, na manhã desta sexta-feira (15). Dezenas de barracas foram montadas no pátio do Instituto Federal de Brasília, campus de Planaltina, onde os jovens ficarão até o domingo (17). Na mochila a expectativa de encontrar um espaço que aceita e quer pessoas que não admitem a opressão e a marginalização da juventude do campo e da cidade. Nos olhos, a vontade de organizar a luta popular.
E assim começou a história do I Encontro do Levante Popular da Juventude do DF e entorno. Inspirada em grandes lutadores do povo, como Marighela, Che, Hugo Chavez, refletidos nos problemas do cotidiano da juventude e da população regional, a mística de abertura resgatou as bandeiras de luta das periferias e da reforma agrária. O passe livre, a democratização dos meios de comunicação, a educação popular, a cultura, a memória e verdade sobre a ditadura militar no Brasil, foram alguns dos temas históricos do Levante lembrados pela mística.
“Se o campo e a cidade se unir, a burguesia não vai resistir”
Para vencer o esse sistema opressor é preciso somar forças e a união da juventude do campo e da cidade foi indicada, pelos também jovens representantes de movimentos sociais, como a forma de resistência e organização para promover as transformações sociais necessárias. Do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Janderson Barros, do Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Iridiani Seidert, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Mara Almeida, do Movimento Estudantil, Adriana Dantas, e do Movimento Camponês Popular (MCP), Tábata.
Todos ressaltaram a importância deste momento de organização e união de lutas e bandeiras. “Enquanto houver opressão e violência, haverá luta e resistência”, foi o grito de ordem puxado pelo representante da Rede de Educação Cidadã (Recid) e do Coletivo ArtSam, Markão Aborígini, que trouxe presente a necessidade de conhecer e compreender a situação das massas marginalizadas e massacradas no DF e entorno para a mobilização contra toda forma de opressão sofrida por essa população.
A casa do Levante
O Instituto Federal de Brasília (IFB), campus de Planaltina, acolheu a proposta de ser o espaço para o I Encontro do Levante Popular da Juventude do DF e entorno. O diretor do IFB, Walter Rodrigues, apresentou a história do instituto que, desde 1912, vem prestando algum tipo de serviço à sociedade regional, especialmente para o desenvolvimento da agricultura, pois foi um dos primeiros colégios agrícolas da região.
Hoje com 727 estudantes em cursos técnicos e tecnólogos voltados para a agricultura, demonstra também a preocupação com a produção sustentável e livre de agroquímicos. O diretor aproveitou para convidar a juventude presente a também estudar no instituto e desejou a todos um ótimo encontro.
A programação
De oficinas de artes e instrumentos para as lutas à intervenção social, toda a programação está voltada para chegar à organização do Projeto Popular no DF e entorno. A revolta da juventude será o alimento para todas as ações destes dias de encontro, mas com a marca da musicalidade e da alegria que embala o campo e a cidade.
Confira a programação
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