Presidente da CPI, Natasha Ferreira (PT) destaca que locais estão com obras atrasadas e sinais de descaso.
Nesta segunda-feira (11), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Desmonte do DMAE realizou uma visita técnica às casas de bombas 17 e 18, localizadas no Centro Histórico, e a uma das comportas do Muro da Mauá. Essas estruturas tiveram papel central no alagamento da região central da cidade durante a enchente de 2024.
A vistoria contou com a presença de sete vereadores e foi acompanhada pelo Diretor Geral do DMAE, Darcy Nunes, que explicou o funcionamento dos equipamentos e o andamento das obras realizadas, como a substituição de antigas comportas por muros. No entanto, a presidente da CPI, vereadora Natasha Ferreira (PT), destacou a lentidão das obras, que já deveriam estar concluídas.
Nas casas de bombas, a CPI encontrou sinais de abandono, como entulhos, latas de tinta abertas, teias de aranha, fiação exposta e equipamentos enferrujados. Na EBAP 18, funcionam cinco bombas contra cheias e na 17, duas bombas submersas foram instaladas para operar mesmo em caso de inundação.
Durante a visita, o diretor do DMAE informou que as casas de bombas 8, 9, 10, 13 e 14 serão desativadas e concretadas, enquanto outras ainda passarão por manutenção. O prazo para conclusão das obras nas comportas é dezembro deste ano.
Apesar das reformas, há trechos ainda inacabados. A vereadora Natasha Ferreira, presidente da CPI, lembra que, há pouco mais de um mês, fortes chuvas voltaram a alagar o Centro Histórico, evidenciando a urgência das obras.
“Estamos falando de serviços essenciais para proteger a cidade. Não podemos aceitar obras arrastadas e sem compromisso com a segurança da população. Queremos ver as inovações que o nosso prefeito foi buscar na Holanda colocadas em prática aqui em Porto Alegre”, afirma a parlamentar.
Nas próximas semanas, a CPI do Desmonte do DMAE deve seguir o calendário de oitivas para investigar as denúncias de negligência e desmonte da autarquia.
