O STF tem pressa e às vezes não tem, de acordo com a importância que o presidente do Supremo dá aos fatos. Por exemplo, o aumento das excelências era prioridade absoluta e assim foi tratado. Temer foi pressionado a assiná-lo e os ministros podem comemorar mais de 5 mil reais por mês em seus salários, que vão a quase R$ 40 mil.
Agora, o julgamento do maior presidente da História do Brasil, um homem amado por dezenas de milhões de brasileiros, um senhor com mais de 70 anos, que perdeu há pouco a companheira de uma vida, e vive numa solitária em Curitiba, longe dos filhos e netos, esse não tem pressa, embora os processos tenham sido liberados para julgamento pelo ministro Marco Aurélio de Mello em dezembro de 2017, há um ano, portanto.
Pior: embora Lula seja o prisioneiro de maior visibilidade, a possibilidade da soltura atinge todo aquele que ainda tem recursos pendentes na Justiça e não represente perigo para a sociedade. Não é somente Lula o prejudicado.
Como a Páscoa do ano que vem é apenas no dia 21 de abril, Lula pode passar mais de um ano preso (ele se entregou em 7 de abril e está preso desde então) por um crime que não cometeu, de que não se apresentou prova alguma, tampouco se especificou o crime cometido.