Em função de matéria de Capa deste domingo de O GLOBO, o Advogado Luiz Carlos da Rocha (@rocha_lcr) publicou um tuite onde questiona “(…)Surgimento da nova direita? Se é assim, por que a eleição de 2014 foi entre Dilma e Aécio?” . Não fica uma “pulga atrás da orelha?” Leia a íntegra do Tuite de Luiz Carlos da Rocha e também a minha opinião sobre o tema, expressa em vários artigos publicados neste Blog;

O Globo volta ao tema das jornadas de 2013 que, até agora, tem muita opinião e pouca informação. Atribui-se ao evento o surgimento da nova direita e da polarização. Será? Se é assim, porque a disputa de 2014 foi entre Dilma e Aécio? Onde estava a nova direita? Como respostas só se ouvem palpites, chutes e blá, blá, blá. A única coisa que se sabe mesmo das jornadas de 2013 é que elas contrariaram uma lição básica do matuto político: não se coloca gente na rua sem saber para quê, por quanto tempo e para onde ir. Há elementos que atuaram e, na minha opinião, merecem atenção: a sistemática desmoralização da política na grande mídia que foi instituída como método desde o fim da ditadura (são horas, horas e horas de JN e seus similares de discurso antipolítica); o comportamento cretino de Aécio na derrota de 2014, arrastando o PSDB para uma oposição sistemática, cujo cume foi a eleição de Cunha e o impeachment, atos que deram grande energia ao discurso da desmoralização da política; por fim, a Lava Jato elevou a desmoralização da política a níveis nunca antes vistos, dando à mídias uma oportunidade ímpar de promover um grande ataque, irresponsável e definitivo ao “sistema” e não ficou pedra sobre pedra. Abriu-se a porta do inferno e, como é óbvio, não saíram anjos de lá. O resto é com os cientistas. A reconstrução não será fácil.

Seguem links para alguns artigos sobre o Tema que publiquei aqui no Blog. Os artigos são anteriores a eleição de 2022. O seu conteúdo no entanto é absolutamente atual, já que, não fosse Lula o Candidato, não haveria a vitória eleitoral que tivemos e o Brasil estaria hoje sendo a ponta de lança do retrocesso e da barbárie no mundo.

De 2005 a 2020,O PT e a Guerra Híbrida no Brasil: as muitas batalhas perdidas e poucas ganhas na comunicação Começo com link para este artigo de 2020, por que o Tuite também menciona o fato de que até então, o PSDB não era representante da tal suposta “nova direita” .Aliás, nunca chegou a sê-lo e quando deixou de ser necessário, foi cuspido fora por quem já usava o ninho tucano pra chocar os ovos da serpente. Comunicação não é só Jornalismo, Propaganda e marketing. Comunicação é arma de Guerra e a munição são as narrativas.

Fragmentos da Guerra Hibrida: Pesquisa mostra origem e consequências do “junho de 2013” no Brasil

Biden se proclamou o líder da Guerra Híbrida em seu discurso na ONU

As sombras de junho de 2013 e as eleições de 2022 (Por Arnóbio Rocha)

Jornadas de Junho de 2013, 9 anos depois: Um País Caótico e as eleições de 2022

Lula tem razão. Melhor não pegar o 1º ônibus! Onde estava Anonymus em Junho de 2013? E por que volta Junho de 2020?

“Mais que um preso político, Lula é um alvo de guerra”, diz Ilton Freitas no Livro “Guerra Híbrida Contra o Brasil”