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Luiz Muller Blog

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Não é só o arroz. Feijão, leite e ovos também disparam. Inflação cresce muito pra pobres e cai para os ricos!

22 de Setembro de 2020, 11:08 , por Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
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Carestia de alimentos e bebidas faz inflação crescer para os mais pobres. Já para os mais ricos o custo de vida caiu


Da Assessoria de Imprensa do Ipea | De Brasília (DF)

O Indicador de Inflação por Faixa de Renda elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea, serviço público federal) mostra que, para os mais pobres, a inflação está subindo. Já para os mais ricos, o custo de vida caiu.

Segundo o Indicador Ipea, a variação de preços no último mês foi positiva (0,38%) para a classe de renda mais baixa – com renda domiciliar mensal menor que R$ 1.650,00 – e negativa (-0,10 p.p) para o segmento mais rico da população, com rendimentos domiciliares maiores que R$ 16.509,66.

No acumulado em 12 meses encerrados em agosto, houve aceleração inflacionária para todos os segmentos, com exceção da classe de renda mais alta.

Nesse período, a inflação dos grupos mais pobres registrou variação de 3,2%, atingindo uma taxa mais de duas vezes superior à apontada pelas famílias de maior poder aquisitivo (1,5%).

Mais da metade (53%) da variação total da inflação dos mais pobres em agosto veio dos alimentos e bebidas.

Boa parte da alta de preços deste ano se deve a alimentos de grande consumo para as famílias, como arroz (19,2%), feijão (35,9%), leite (23%) e ovos (7,1%).

Embora os preços dos serviços tenham caído em agosto para a classe mais baixa, esse alívio tem impacto maior no segmento de maior poder aquisitivo. Já o reajuste dos combustíveis atingiu todos os grupos, mas o efeito para as famílias mais ricas foi, em parte, aliviado pela queda nos preços das passagens aéreas (-2%) e dos seguros veiculares (-2%).

Para a classe de renda mais alta, o impacto do reajuste dos alimentos em agosto foi menor (0,05 ponto percentual) do que entre as famílias pobres (0,20 p.p).

Além disso, a redução nos preços das mensalidades escolares proporcionou uma queda maior na inflação do grupo “educação” para as famílias mais ricas (-0,39 p.p.) frente às de menor renda (-0,22 p.p.). Principalmente a retração no valor das mensalidades das creches (-7,7%) e das escolas de ensino fundamental (- 4,1%) e médio (- 2,9%) gerou um alívio maior entre a população de renda mais alta, pois é esse segmento que, majoritariamente, utiliza os serviços privados de educação.

PADRÕES DE CONSUMO

A diferença no padrão de consumo das famílias também explica a divergência do impacto do grupo “despesas pessoais” entre as classes de renda.

Em agosto, enquanto a queda de preços dos serviços ligados a atividades de recreação – como hospedagem (-1,8%), pacote turístico (-0,90%) e clube (-0,8%) – provocou uma redução de 0,04 p.p na inflação do grupo “despesas pessoais” para a faixa de renda mais elevada, o reajuste de 2,3% nos preços dos cigarros propiciou uma alta de 0,02 p.p. para o segmento de renda mais baixa.

Em 2020, com a incorporação do resultado de agosto, a inflação da classe de renda muito baixa é de 1,5%, acima da deflação da faixa de renda mais alta (-0,07%). Na comparação com agosto de 2019, a inflação das famílias de classe mais alta recuou de 0,08% para -0,10% em 2020. No caso do segmento mais pobre, ocorreu um avanço de 0,12% para 0,38%.

O levantamento completo do Ipea pode ser conferido aqui.

Reblogado Da Rede Macuco


Fonte: https://luizmuller.com/2020/09/22/nao-e-so-o-arroz-feijao-leite-e-ovos-tambem-disparam-inflacao-cresce-muito-pra-pobres-e-cai-para-os-ricos/

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