Deverão ser assinados acordos com os países anfitriões
O presidente Lula já esta na Rússia onde ficará até o dia 10. Depois segue para a China. A Viagem é em busca de oportunidades para diversificar o comércio do Brasil e fortalecer os laços diplomáticos com estas outra potências dos BRICS.
Na Rússia, a convite do presidente Vladimir Putin, ele participará das comemorações do 80º aniversário da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Este é o feriado mais importante da Rússia, celebrado em 9 de maio com um grande desfile cívico-militar em Moscou.
Além das comemorações, o presidente Lula deve se reunir com o líder russo para a assinatura de atos na área de ciência e tecnologia. A delegação inclui o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
O secretário para Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Embaixador Eduardo Paes Saboia, destacou que o Brasil mantém laços comerciais vitais com a Rússia, importando dois produtos essenciais — fertilizantes e diesel — e exportando produtos do agronegócio. Há, acrescentou, um déficit do lado brasileiro.
“Queremos equilibrar nossa balança comercial novamente e aumentar nossas exportações para a Rússia”, afirmou.
Sobre a guerra da Rússia na Ucrânia, o embaixador lembrou que o Brasil mantém sua posição como nação pautada pelo direito internacional, defendendo princípios como a integridade territorial dos países e a resolução pacífica de disputas. Nesse sentido, a diplomacia brasileira dialoga com todas as partes envolvidas no conflito.
China
A convite do presidente chinês Xi Jinping, o presidente Lula participa da cúpula entre a China e os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) nos dias 12 e 13 de maio, além de fazer uma visita de Estado e assinar pelo menos 16 acordos bilaterais.
“A lista de acordos é prolífica e variada”, disse o embaixador Saboia em entrevista coletiva na terça-feira (6). Outros 32 acordos, acrescentou, estão em negociação e podem ser adicionados à lista.
Saboia lembrou que a China é o maior parceiro comercial do Brasil, com o Brasil desfrutando de um superávit comercial, e um grande investidor no país. A relação bilateral é altamente institucionalizada.
CELAC
A Secretária para a América Latina e o Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Embaixadora Gisela Padovan, explicou que a participação do Presidente Lula na Cúpula China-CELAC é reflexo da importância que o Presidente brasileiro atribui à integração regional e do reconhecimento do Presidente Xi Jinping à capacidade do Brasil de convocar as nações da América Latina e do Caribe e elaborar propostas.
“As duas partes estão muito interessadas uma na outra e também neste diálogo entre as duas regiões, no qual, é claro, o Brasil tem a responsabilidade não de liderar, mas de convocar, propor, reunir e mobilizar a cooperação regional também. Também pretendemos trabalhar com a América Central no futuro”, disse ele na coletiva de imprensa de terça-feira.
A CELAC é composta por 33 países da região. Ao assumir seu terceiro mandato em 2023, o presidente Lula anunciou o retorno do Brasil ao bloco após três anos de ausência.
