Dilma Rousseff: “São Paulo é grande demais para ficar isolada.” |
Na quarta-feira, dia 31/7, na Prefeitura de São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff assinou a liberação de R$8 bilhões em verbas para obras na capital.
Via Brasil 247
“Talvez, assim como as mídias sociais, o grande acontecimento do século 21 é o surgimento de megacidades”, iniciou a presidenta Dilma. “São Paulo é uma megacidade, talvez a mais significativa, importante e desafiadora nessa parte do hemisfério. É grandiosa por sua população, mas também por seus problemas.”
A presidenta assinalou que “sem sombra de dúvida, São Paulo é recortada por desigualdades”. “Eu vim anunciar mais uma contribuição do governo federal ao enfrentamento de grandes problemas”, prosseguiu. “Serão R$8 bilhões: R$3 bilhões para mobilidade urbana, R$1,3 bilhão para obras contra enchentes, R$2,2 bilhões para drenagem e R$1,5 bilhão do Minha Casa, Minha Vida para moradias para 20 mil famílias”, detalhou Dilma.
“Eu já morei na avenida Radial Leste”, lembrou a presidenta, sobre a principal avenida da Zona Leste da cidade. Ela fez a menção ao ressaltar a importância da criação de corredores de ônibus com parte das verbas liberadas agora. A Prefeitura anuncia a abertura de 96 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus.
“Não é a primeira vez que venho aqui em São Paulo anunciar obras, mas é a primeira vez que anunciamos de forma concentrada a liberação de R$8 bilhões”, sublinhou a presidenta. “Um ponto importante é que essas obras serão iniciadas rapidamente.”
Dilma citou que 55% da população de 11 milhões de pessoas usa meios de transporte coletivo. “Como é possível uma cidade do tamanho de São Paulo não ter Metrô, não ter transporte enterrado, como se diz”, perguntou. “Somos a maior cidade do mundo com o menos sistema de transporte metroviário do mundo”, comparou a presidenta, numa crítica indireta às administrações estaduais do PSDB, no poder no Estado desde 1995. O governador Geraldo Alckmin não participa da cerimônia, tendo enviado um secretário como representante.
“Dar mobilidade urbana é devolver vida à população”, classificou Dilma. “O governo federal está empenhando em assegurar Metrô e veículos leves sobre trilhos. Já colocamos R$89 bilhões em mobilidade urbana, e agora vamos investir mais R$50 bilhões. É justo que a primeira cidade a receber R$8 bilhões desses R$50 bilhões seja São Paulo. É justo que seja aqui, porque é o nosso maior desafio de mobilidade urbana”.
A presidenta acentuou que sua gestão investiu diretamente nas construções de linhas e estações de Metrô nas capitais de “Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Distrito Federal, além de parceiras com São Paulo e Rio de Janeiro”.
Haddad e Dilma
“São Paulo é grande demais para ficar isolada”, afirmou, em discurso, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ao lado da presidenta Dilma Rousseff. “O que está sendo anunciado aqui é que vamos buscar incansavelmente um realinhamento entre São Paulo e o governo federal, assim como já ocorre com o governo estadual. O sucesso de São Paulo é o sucesso do Brasil”, completou Haddad.
Em seguida a Haddad, fala o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro. “Estamos vivendo um momento histórico no País”, disse ele. “Isso porque o governo da presidenta Dilma retomou um tema que o Brasil havia-se esquecido, o da mobilidade urbana”, assinalou. “Antes, houve o desmonte de órgãos que eram imprescindíveis à infraestrutura urbana nas cidades brasileiras”, apontou. “Me refiro ao Geipot, desmontado 23 anos atrás”, citando o organismo que coordenava políticas públicas de transporte urbano, especialmente em regiões metropolitanas”.
Boa parte dos recursos anunciados pela presidenta terá como destino a abertura de 127 quilômetros de corredores exclusivos de ônibus nas avenidas da capital. “Mobilidade urbana é ter tempo para se viver um pouco mais”, definiu o ministro. Ribeiro afirmou que o governo federal destina atualmente R$89 bilhões para programas de mobilidade urbana. “É o maior programa de mobilidade urbana do mundo”, definiu o ministro. Ele confirmou, às 12h02, que a presidenta irá anunciar R$8 bilhões em recursos para obras na cidade.
O ministro anunciou, ainda, R$1,3 bilhão para obras contra enchentes, como canalização de córregos. Para limpeza e manutenção das represas Billings e Guarapiranga, os recursos federais serão de R$2,2 bilhões. Mais R$1,5 bilhão serão destinados à construção de 20 mil habitações populares. “Com isso, e mais os R$3 bilhões para mobilidade urbana, completamos R$8 bilhões”, somou o ministro.
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