Mon, 05 Aug 2013 00:16:55 +0000
4 de Agosto de 2013, 18:16 - sem comentários ainda
Dilma Rousseff: “São Paulo é grande demais para ficar isolada.” |
Na quarta-feira, dia 31/7, na Prefeitura de São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff assinou a liberação de R$8 bilhões em verbas para obras na capital.
Via Brasil 247
“Talvez, assim como as mídias sociais, o grande acontecimento do século 21 é o surgimento de megacidades”, iniciou a presidenta Dilma. “São Paulo é uma megacidade, talvez a mais significativa, importante e desafiadora nessa parte do hemisfério. É grandiosa por sua população, mas também por seus problemas.”
A presidenta assinalou que “sem sombra de dúvida, São Paulo é recortada por desigualdades”. “Eu vim anunciar mais uma contribuição do governo federal ao enfrentamento de grandes problemas”, prosseguiu. “Serão R$8 bilhões: R$3 bilhões para mobilidade urbana, R$1,3 bilhão para obras contra enchentes, R$2,2 bilhões para drenagem e R$1,5 bilhão do Minha Casa, Minha Vida para moradias para 20 mil famílias”, detalhou Dilma.
“Eu já morei na avenida Radial Leste”, lembrou a presidenta, sobre a principal avenida da Zona Leste da cidade. Ela fez a menção ao ressaltar a importância da criação de corredores de ônibus com parte das verbas liberadas agora. A Prefeitura anuncia a abertura de 96 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus.
“Não é a primeira vez que venho aqui em São Paulo anunciar obras, mas é a primeira vez que anunciamos de forma concentrada a liberação de R$8 bilhões”, sublinhou a presidenta. “Um ponto importante é que essas obras serão iniciadas rapidamente.”
Dilma citou que 55% da população de 11 milhões de pessoas usa meios de transporte coletivo. “Como é possível uma cidade do tamanho de São Paulo não ter Metrô, não ter transporte enterrado, como se diz”, perguntou. “Somos a maior cidade do mundo com o menos sistema de transporte metroviário do mundo”, comparou a presidenta, numa crítica indireta às administrações estaduais do PSDB, no poder no Estado desde 1995. O governador Geraldo Alckmin não participa da cerimônia, tendo enviado um secretário como representante.
“Dar mobilidade urbana é devolver vida à população”, classificou Dilma. “O governo federal está empenhando em assegurar Metrô e veículos leves sobre trilhos. Já colocamos R$89 bilhões em mobilidade urbana, e agora vamos investir mais R$50 bilhões. É justo que a primeira cidade a receber R$8 bilhões desses R$50 bilhões seja São Paulo. É justo que seja aqui, porque é o nosso maior desafio de mobilidade urbana”.
A presidenta acentuou que sua gestão investiu diretamente nas construções de linhas e estações de Metrô nas capitais de “Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Distrito Federal, além de parceiras com São Paulo e Rio de Janeiro”.
Haddad e Dilma
“São Paulo é grande demais para ficar isolada”, afirmou, em discurso, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ao lado da presidenta Dilma Rousseff. “O que está sendo anunciado aqui é que vamos buscar incansavelmente um realinhamento entre São Paulo e o governo federal, assim como já ocorre com o governo estadual. O sucesso de São Paulo é o sucesso do Brasil”, completou Haddad.
Em seguida a Haddad, fala o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro. “Estamos vivendo um momento histórico no País”, disse ele. “Isso porque o governo da presidenta Dilma retomou um tema que o Brasil havia-se esquecido, o da mobilidade urbana”, assinalou. “Antes, houve o desmonte de órgãos que eram imprescindíveis à infraestrutura urbana nas cidades brasileiras”, apontou. “Me refiro ao Geipot, desmontado 23 anos atrás”, citando o organismo que coordenava políticas públicas de transporte urbano, especialmente em regiões metropolitanas”.
Boa parte dos recursos anunciados pela presidenta terá como destino a abertura de 127 quilômetros de corredores exclusivos de ônibus nas avenidas da capital. “Mobilidade urbana é ter tempo para se viver um pouco mais”, definiu o ministro. Ribeiro afirmou que o governo federal destina atualmente R$89 bilhões para programas de mobilidade urbana. “É o maior programa de mobilidade urbana do mundo”, definiu o ministro. Ele confirmou, às 12h02, que a presidenta irá anunciar R$8 bilhões em recursos para obras na cidade.
O ministro anunciou, ainda, R$1,3 bilhão para obras contra enchentes, como canalização de córregos. Para limpeza e manutenção das represas Billings e Guarapiranga, os recursos federais serão de R$2,2 bilhões. Mais R$1,5 bilhão serão destinados à construção de 20 mil habitações populares. “Com isso, e mais os R$3 bilhões para mobilidade urbana, completamos R$8 bilhões”, somou o ministro.
Mon, 05 Aug 2013 00:13:42 +0000
4 de Agosto de 2013, 18:13 - sem comentários ainda
“Pobre estudar medicina é uma afronta para a elite”, diz médico formado em Cuba |
José Coutinho Júnior, via Página do MST
A elitização do ensino de medicina no Brasil é um obstáculo para jovens de baixa renda entrarem nas universidades e se formarem. Já os problemas nas provas de revalidação do diploma dificultam o exercício da profissão em território nacional pelos brasileiros que conseguiram se formar no exterior.
“Quem estuda medicina em nosso país são os filhos das elites, em sua maioria. É uma afronta para a elite um negro, um pobre, um trabalhador rural, filho de Sem Terra estudar medicina na faculdade, principalmente pelo status conferidos por essa profissão”, afirma Augusto César (foto), médico brasileiro formado em Cuba e militante do MST.
Estudo do Ministério da Educação (MEC) aponta que 88% dos matriculados em universidades públicas de medicina estudaram em escolas particulares no ensino fundamental e médio. Os programas do governo de acesso à universidade, como o Programa Universidade para Todos (ProUni), ampliaram o acesso, mas ainda não conseguiram universalizar e democratizar a educação.
“A maioria das pessoas que entram na universidade pública para cursar medicina tem dinheiro para fazer um bom cursinho ou estudou o tempo todo numa escola particular. Claro que há exceções, mas o ensino de medicina do nosso país é altamente elitizado”, acredita Augusto.
“A maior parte das pessoas que tem acesso às escolas de medicina são de classe média e classe média-alta. Um pobre numa universidade particular não consegue se sustentar pelo alto preço das mensalidades. Sem contar que hoje temos mais universidades privadas do que públicas na área da saúde, dificultando ainda mais o acesso”, diz a médica formada em Cuba Andreia Campigotto, que também é militante do MST.
Revalidação
A necessidade dos médicos brasileiros formados no exterior e estrangeiros passarem por uma prova para verificar se estão capacitados a exercer a profissão é um tema frequentemente pautado pela comunidade médica brasileira.
Independentemente do curso, todos os estudantes brasileiros que realizam um curso fora do país precisam passar por uma revalidação do diploma. No entanto, há falhas nesse processo no caso da medicina.
Um dos principais problemas é que não existe um padrão para o conteúdo dessas provas. Cada universidade federal pode abrir sua prova de reconhecimento de títulos no exterior. Com isso, o conteúdo não é uniforme.
Além disso, o custo dessas avaliações é alto. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) cobra uma taxa de inscrição de R$1.172,20. Outras universidades pelo país têm preços similares.
Preconceito
“As provas são injustas, porque têm um nível de médicos especialistas, e não de ‘generalistas’, que é o que somos após nos graduar. Isso causa uma desaprovação considerável dos estudantes que vem de fora”, acredita Andréia.
“O que a categoria médica não divulga é que 50% dos estudantes da USP reprovaram na prova feita pelo Conselho de Medicina de São Paulo. Foi uma prova para médico generalista, muito mais fácil que a de revalidação”, revela.
Para Andréia, há um “grande preconceito” por parte dos profissionais brasileiros em relação aos médicos formados em outros países, o que cria um entrave para a revalidação dos diplomas.
“Seria justo se os profissionais que se formam no Brasil fizessem as mesmas provas que nós, para ver se realmente se comprova uma suposta má formação de nossa parte, bem como discursa a categoria médica brasileira”, observa.
Os dois médicos defendem a realização de uma avaliação dos conhecimentos dos profissionais graduados no exterior, mas destacam que as provas atuais não cumprem esse papel, porque não são aplicados testes adequados para auferir o conhecimento.
“As provas teóricas e práticas atuais não levam em conta as complexidades. Seria muito melhor colocar esse médico para trabalhar sob um tutor e, a partir daí, se instaurar uma avaliação rigorosa e permanente. Mas isso não tem sido pensado”, pontua Augusto.
Formação
A concepção de medicina ensinada nas universidades impede também que os estudantes vejam a luta pela saúde além do tratamento de doenças.
“Nas universidades de medicina, só se vê doença. Não se fala em saúde. Como você pode lutar pela saúde se só vê doenças? Também é saúde lutar pelo direito à cidade e por um sistema público de saúde de qualidade”, destaca Augusto.
De acordo com o militante, a concepção de saúde deve ultrapassar uma formação técnica. “O médico deve exercer a medicina a favor da construção de um país mais saudável, sem esperar que as pessoas ou uma comunidade adoeça para depois intervir sobre ela, pois é o modo de vida que vivemos que gera as doenças do país”, defende.
Andreia quer se tornar professora de medicina para colaborar para a mudança da forma de ensinar das universidades. Ela se classificou na primeira fase do concurso para lecionar na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
Segundo ela, o campo da educação deve ser ocupado por aqueles que querem democratizar a educação. “Precisamos formar profissionais com um novo perfil, realmente voltados para atender o povo, para se fixar nos locais de difícil acesso, não só nos grandes centros como hoje. É um campo interessante de atuação”.
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Augusto César e Andreia Campigotto, ambos formados em medicina em Cuba, destacam as diferenças nos métodos de formação utilizados na área da saúde brasileira e cubana.
“Medicina cubana ensina a atender o povo com qualidade e humanismo”, afirma militante
José Coutinho Júnior, via Página do MST
A saúde no Brasil tem sido tema de grandes debates nas últimas semanas, provocados tanto pelas manifestações das ruas, que exigem melhoras e mais investimentos na área, quanto pelas propostas recentes do governo em trazer médicos de outros países para trabalhar em regiões mais carentes.
Essas propostas, assim como a obrigação dos estudantes de universidades públicas em cumprir dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS), tem sido alvo de fortes críticas das associações de médicos, que afirmam que essas não seriam as soluções para os problemas.
A Página do MST conversou com Augusto César e Andreia Campigotto, ambos militantes do Movimento e formados em medicina em Cuba, sobre o tema.
Nascido em Chapecó e com 25 anos de vida, Augusto César ainda não exerce a profissão. Está estudando para fazer a prova de revalidação do diploma cubano e, assim, poder atuar no Brasil. Quando conseguir seu registro, pretende trabalhar na área rural, atendendo os Sem Terra e os assentados da Reforma Agrária.
Andreia Campigotto tem 28 anos e nasceu em Nova Ronda Alta (RS). Trabalha em Cajazeiras, no sertão paraibano, como residente em medicina da família em uma unidade básica de saúde, que atende uma comunidade de 4 mil pessoas.
Formato
O curso de medicina cubano dura seis anos. Para estudantes de outros países, ele se inicia na Escola Latino-americana de Medicina, localizada em Havana. Depois de um período inicial de dois anos, os estudantes são enviados para as diversas universidades do país. Augusto e Andreia foram para a universidade da província de Camagüey.
O curso de medicina cubano não se difere muito do brasileiro, do ponto de vista curricular.
“Os dois primeiros anos trabalham com as ciências médicas. Estudamos fisiologia humana, anatomia humana e desde o primeiro ano temos contato com os postos de saúde. Quando somos distribuídos para as universidades, vivenciamos o sistema público de saúde. Comparado com o Brasil, o nível teórico é igual, mas o nível de prática é maior”, afirma Augusto.
“Um estudo do governo federal mostra a compatibilidade curricular dos cursos de medicina de 90% entre Brasil e Cuba. Então, não há grandes diferenças teóricas”, conta Andreia.
A diferença principal entre os dois cursos está na concepção de medicina e de saúde na formação dos médicos. “O curso brasileiro é voltado para as altas especialidades. Tem essa lógica de que você faz medicina, entra numa residência e se especializa. Já em Cuba o curso se volta à atenção primária de saúde, para entendermos a lógica de prevenção das doenças e o tratamento das enfermidades que as comunidades possam vir a ter”, diz Augusto.
Em contrapartida, “saúde” e “medicina” no Brasil são sinônimos de pedidos de exames e tratamento com diversos medicamentos, calcados em sua maioria na alta tecnologia. Com isso, a medicina preventiva fica em segundo plano, alimentando uma indústria baseada na exigência destes procedimentos.
“No Brasil, temos uma limitação na formação do profissional, pois ela é voltada ao modelo hospital acêntrico, que pensa só na doença e no tratamento. Em Cuba isso já foi superado. Lá eles formam profissionais para tratar e cuidar com qualidade, humanismo e amor cada paciente; aprendemos de verdade a lidar com a saúde do ser humano”, analisa Andreia.
Ela destaca que os médicos formados na ilha são capazes de atender a população sem utilizar somente a alta tecnologia, condição que não necessariamente limita um atendimento com qualidade à população que mais carece.
“É mais barato fazer promoção e prevenção de saúde. No entanto, isso rompe com a ditadura do dinheiro. Com isso, os médicos aguardam o paciente ficar doente para pedir um monte de exames e dar um monte de medicamentos”, afirma Augusto
De acordo com ele, essa estrutura fortalece o complexo médico-industrial, que se favorece sempre que há alguém internado ou que precise tomar algum medicamento.
“Não negamos a necessidade de medicamentos e equipamentos, porque precisamos dar atenção a esse tipo de paciente. Mas não precisamos esperar que todas as pessoas fiquem doentes para começar a trabalhar a questão da saúde”, acredita Augusto.
Alzheimer's Test
4 de Agosto de 2013, 8:58 - sem comentários aindaHospital de Carangola esclarece sobre atuação de falso médico
4 de Agosto de 2013, 8:57 - sem comentários aindaReblogged from Resumo da Notícia:
O Hospital Evangélico De Carangola vem através desta esclarecer sobre o fato da prisão de médico falso, prestando atendimento no PAM.
Esclarecemos que, quanto aos médicos falsos que foram presos e prestaram atendimentos no PAM, os mesmos não tinham vinculo empregatício com o hospital, que antes de prestarem serviço no PAM os referidos médicos já trabalhavam em hospitais da redondeza e que eles apresentaram “documentação” falsa constando numero de CRM de médicos verdadeiros os quais eram confirmados pelo portal do CRM-MG, portanto não havia como desconfiarmos da ilegalidade.
¿Cuándo podré?
4 de Agosto de 2013, 8:57 - sem comentários aindaReblogged from PLANO CREATIVO:
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“En nuestro presente, vivimos sometidos a dos fuerzas: la del pasado y la del futuro.
El pasado, es vago y le gusta repetirse. El futuro, es la meta, la mutación.
En el presente, estamos sometidos a la fuerza de la gravedad.
Hemos de vencer la fuerza que nos mantiene pegados al suelo y
que nos lleva a acomodarnos en el pasado y volar al mundo de los sueños,