A tia da jaca, o tio da banana e os “deizão”
Às vezes, em alguns domingos de sol, cedinho, eu saio para pedalar um pouco. Costumo levar só 10 pratas pra alguma emergência como, por exemplo, comprar uma água, caso a minha acabe. Hoje resolvi fazer isso e, ao voltar, tive uma desagradável surpresa e inquietante constatação ao passar na feira da Mauá para comprar uma massa de tapioca e uma jaca, já que eu não tinha assim tanta sede.
Antes, porém, quero relatar um caso parecido ocorrido há quase um ano. Num destes belos domingos de pedaladas matinais resolvi comprar bananas. Fui na banca de um tiozinho (um dos poucos que deixa uma cestinha pra eventuais lixos à disposição dos clientes) onde eu já estava quase virando freguês. Neste dia comprei R$ 2,25 de bananas e dei os “deizão”, enquanto ajeitava a sacolinha das frutas na bicicleta. Ao receber o troco, vi que ele tinha cobrado como se eu tivesse dado cinco reais. Depois de duas reclamações minha e de sua insistência de que eu não havia dado os 10 mangos, e também por um certo medo de escândalos, resolvi dá por encerrado a questão decido que estava de não voltar mais ali.
E eis que hoje, antes de comprar a tapioca, eu quis levar uma jaquinha (era pequena mesmo) de uma banca vizinha àquela da banana, cujo valor era R$ 3,00, não sem antes insistir por duas vezes pra dona abri-la a fim constatarmos que de fato ela esta boa pra consumo conforme me ofertara. Depois de aberta a fruta, vimos que só metade estava boa. Observando que as outras duas frutas daquele mesmo tamanho estavam com aparência pior da que me decidi por comprar, e com dó da tiazinha, pra não lhe dar prejuízo, ofereci dois reais pela banda aproveitável da jaca. Ela aceitou. Então saquei meu velho “deizão”. E então, depois que eu ajeitei a fruta na sacolinha... tcham!, tcham!, tcham!..., repetiu-se a mesma história da banana.
Não quero tirar conclusões precipitadas, mas a revolta foi tanta que agora, toda vez que for (se for) comprar alguma coisa na redondeza daquelas duas bancas, vou sacar o dinheiro e falar em alto e bom tom o valor da nota (tipo: “Estou lhe dando 'deizão'. Tem troco pra 'deizão'?”), e não vou desviar a atenção enquanto não receber o troco. Ah! Quanto à jaca partida, resolvi deixá-la dentro da lixeira do tio da banana.
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Postado por Marcos "Maranhão" em 24 de janeiro de 2010, as 11:20h
COMENTÁRIOS
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Vanderlei disse...Dê mais características das barracas assim como dos "barraqueiros", pois eu e a Glória costumamos ir lá também. Abraços.
Marcos "Maranhão" disse...Olá, meu caro Delei!
Passarei informações mais detalhadas pessoalmente quando de minha visita à vossa casa, que pode se dá ainda esta semana. Minhas recomendações à Glória. Até!
Vanderlei disse...Combinado, então. Até mais. Só uma observação: se for hoje, devemos chegar em casa um pouco mais tarde, pois passaremos no mercado. De qualquer forma, creio que por volta das 20:30 hs, 09:00 hs estaremos por lá. Abraços.
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