Estatísticas recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que uma em cada três mulheres no mundo sofre algum tipo de violência conjugal. 7% da população feminina ao redor do mundo ainda irá experimentar agressão sexual ao longo da vida. Fica evidente que, mesmo com todo esforço direcionado para o combate à violência contra a mulher, ainda temos uma dura batalha pela frente. Por isso, a Campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres é crucial.
Um dos marcos dessa luta é o dia de hoje. Desde 1981, 25 de novembro é o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. Após essa data, organizações governamentais e não governamentais intensificaram os movimentos direcionados para esse propósito. Mulheres conquistaram importantes direitos igualitários e a justiça passou a punir com mais rigor esse tipo de crime. Aqui no Brasil, a Lei Maria da Penha é um dos símbolos do combate a violência contra mulher. Sancionada em 7 de agosto de 2006, ela é reconhecida pelas Nações Unidas como um dos 3 principais movimentos de enfrentamento à violência contra as mulheres no mundo. Seu principal trunfo foi o formato impessoal da campanha que transmite sigilo e segurança para as vítimas quebrarem o silêncio, principalmente, nos casos de violência doméstica. Com esse serviço, mais de 3,6 milhões de denúncias foram contabilizadas. Seu alcance já atinge 70% dos municípios brasileiros. Mas é preciso melhorar.
Segundo o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, as mulheres "são vítimas do crime de violência em todos os países e bairros, muitas vezes escondidos". E é justamente os "escondidos" que preocupam e elevam as estatísticas negativas. É preciso denunciar e incentivar a prática da denúncia para que casos isolados saiam do anonimato. A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) disponibiliza uma lista completa com dados sobre os serviços. Estas informações também podem ser obtidas por meio do Ligue 180. Combater a violência contra a mulher é um dever de todos. Juntos podemos vencer essa prática vergonhosa e arcaica que infelizmente ainda contamina a nossa sociedade.