As instituições estão funcionando normalmente.
É o que dizem diversas autoridades.
E funcionam, sim.
Funcionam tão bem que a maior parte de seus integrantes forma uma casta de privilegiados, para a qual a crise econômica que teima em não ir embora faz cócegas - se muito.
Os três Poderes, por exemplo, vão muito bem, obrigado.
O Executivo, ocupado por um bando de políticos da mais baixa extração, que tomaram o poder devido a um golpe, no novo estilo que dispensa a força militar, se não está firme e forte, ao menos se aguenta, no alto de seus 2% de aprovação.
O Legislativo, esse circo de horrores, faz seus negócios impunemente, mercadejando abertamente apoios às mais abjetas propostas, que levarão o país à Idade Média.
Deputados, estaduais e federais, e senadores engordam de felicidade; vereadores, pelo Brasil todo, estão exultantes com o pouco que fazem - e o muito que ganham para tal.
O Judiciário, então, funciona que é coisa de louco.
Meses e mais meses de férias, benesses, auxílios de todos os tipos, impunidade total para eventuais escorregões, malfeitos ou traquinagens.
E é claro, o tratamento preferencial, seja onde for, as mesuras e os rapapés que inevitavelmente acompanham o "pois, não doutor."
E há ainda o irmão siamês do Judiciário, esse incrível Ministério Público, que vem se fortalecendo a cada dia, a cada dia se tornando o real poder da nação, repleto de valentes cruzados em prol da moralidade, ética e bons costumes.
Abaixo a corrupção! - bradam nas palestras que fazem Brasil afora, e pelas quais cobram quantias que valem o quanto pesam.
Alguns desses bravos rapazes vão além - entrevistados por dignos e respeitáveis representantes de nossa íntegra imprensa, se oferecem, sem nenhum vestígio de vergonha, para futuros trabalhos extraoficiais - são empreendedores, afinal, vencedores da dificílima corrida da meritocracia.
Está tudo perfeitamente normal.
O presidente preside, os congressistas legislam, os juízes julgam, a polícia policia, os procuradores procuram.
São todos incontestáveis em suas funções, intocáveis, únicos.
E o povo vive à margem desse universo habitado por semideuses, e a tudo assiste entorpecido por anos e anos de doses maciças de ignorância, intolerância, discriminação, e preconceitos.
Afinal, sem ordem não há progresso. (Carlos Motta)
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