Paiva teria ressaltado, no entanto, que as investigações conduzidas pelos militares acontecerão discretamente. As apurações ocorrem em segredo de Justiça, para evitar a exposição de quem eventualmente venha a ser considerado inocente das acusações.
Por Redação – de Brasília
Comandante do Exército, o general Tomás Paiva disse a interlocutores, nesta segunda-feira, que os militares envolvidos “por dolo ou omissão” no golpe fracassado em dia 8 de Janeiro, que resultou na devastação das sedes dos Três Poderes, serão punidos na forma da Lei. Paiva teria dito que a instituição “está conduzindo apurações internas; além das que devem ocorrer na Justiça” e que “a regra será não poupar ninguém”, segundo apurou o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo.

Paiva teria ressaltado, no entanto, que as investigações conduzidas pelos militares acontecerão discretamente. As apurações ocorrem em segredo de Justiça, para evitar a exposição de quem eventualmente venha a ser considerado inocente das acusações.
Terroristas
Na Justiça, há um cenário de incerteza sobre as ações envolvendo militares, que pode resultar em atrito do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Moraes tem afirmado a pessoas próximas que pretende manter todos os casos na Corte, ou seja, na Justiça comum”, indica o texto.
Autoridades do atual governo avaliam que os casos deveriam ficar sob competência da Justiça Militar, mas a posição contrária de Moraes teria resultado em uma reavaliação do entendimento. Atualmente, há uma lista com 15 militares que inclui PMs, integrantes do Exército, Marinha e Aeronáutica e PMs de diferentes Estados.
Entre os militares citados nas apurações preliminares, há integrantes tanto da reserva quanto do serviço ativo nas Três Forças Armadas; além de carreiras ligadas às Secretarias de Segurança Pública.