Embora tenha cumprido os requisitos, ainda não está garantida sua instalação. Apoiadores da CPI, Soraya Thronicke (União Brasil-MS) e Renan Calheiros (MDB-AL) pressionam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), a ler em plenário o requerimento.
Por Redação – de Brasília
O requerimento para a criação da CPI do Golpe, que objetiva investigar os atentados terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília, no dia 8 de janeiro, já conta com a assinatura de 37 senadores. Para ser instalada no Senado, uma CPI precisa de no mínimo 27 assinaturas para funcionar.

Embora tenha cumprido os requisitos, ainda não está garantida sua instalação. Apoiadores da CPI, Soraya Thronicke (União Brasil-MS) e Renan Calheiros (MDB-AL) pressionam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), a ler em plenário o requerimento, um passo fundamental para o início dos trabalhos.
Pacheco adiantou que fará a leitura ainda em fevereiro, mas encontra obstáculos junto ao Palácio do Planalto, que se coloca negativamente quanto à iniciativa. O presidente do Senado, por sua vez, já avisou que não fará qualquer esforço para levar adiante o funcionamento da comissão.
Agenda
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já se declarou contrário à CPI, porque avalia que toda investigação parlamentar acaba se voltando contra o governo. Há ainda a perspectiva de que a CPI pode tensionar ainda mais o cenário político, arrastando as Forças Armadas novamente para o centro do debate.
Para a oposição, embora a Comissão tenha como objetivo investigar nomes ligados ao golpismo bolsonarista, pode ser uma oportunidade para atacar o governo Lula. Os senadores governistas que assinaram o requerimento ainda poderão ser acionados para retirar o apoio ao requerimento. São eles: Paulo Paim (RS), Fabiano Contarato (ES), Jaques Wagner (BA), Humberto Costa (PE) e Rogério Carvalho (SE).