Segundo informações de bastidores, o chefe de Estado fez um convite para que Pequim faça valer seu peso para alcançar o fim da guerra russo-ucraniana. Wang, por sua vez, se concentrou na relação comercial com a Itália.
Por Redação, com ANSA e Reuters – de Roma/Berlim
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, cobrou que a China use sua influência para favorecer negociações de paz na Ucrânia, durante encontro nesta sexta-feira com o diretor da Comissão Central de Relações Exteriores do Partido Comunista do país asiático (PCC), Wang Yi.

Segundo informações de bastidores, o chefe de Estado fez um convite para que Pequim faça valer seu peso para alcançar o fim da guerra russo-ucraniana. Wang, por sua vez, se concentrou na relação comercial com a Itália e disse que a China está pronta para “reforçar” as importações de produtos “made in Italy”.
Durante sua passagem por Roma, o chefe diplomático do PCC também se reuniu, na quinta-feira, com o ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, a quem revelou que o presidente Xi Jinping fará um “discurso de paz” no primeiro aniversário da invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro.
– Ele (Wang) insistiu na paz, disse que a China quer a paz, e eu espero que a China faça pressões reais sobre a Rússia – declarou Tajani nesta sexta.
Tanques para a Ucrânia
Os aliados que podem entregar tanques de batalha à Ucrânia devem fazê-lo agora, disse o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, nesta sexta-feira, acrescentando que seu país facilitará essa decisão fornecendo logística, reabastecimento de estoque e treinamento para soldados ucranianos.
– Para mim, esse é um exemplo do tipo de liderança que as pessoas podem esperar da Alemanha – disse Scholz na Conferência de Segurança de Munique, de acordo com a transcrição de seu discurso.
Em meio à crescente pressão internacional no mês passado, o governo alemão anunciou a entrega planejada de modernos tanques Leopard 2 de estoques do Exército para ajudar a Ucrânia a se defender da invasão das tropas russas.
A Alemanha ainda está esperando que alguns parceiros europeus cumpram suas próprias promessas, apesar de ser originalmente o país acusado de atrasar a decisão de enviar tanques devido aos temores de uma potencial escalada do conflito.
O país é o maior apoiador militar da Ucrânia na Europa continental, disse Scholz no encontro anual em Munique dos principais políticos, diplomatas, autoridades militares e chefes da indústria de defesa.
O país continuará a manter um equilíbrio entre o apoio a Kiev e evitar a escalada, disse ele.