O tema foi tratado com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Gertrud von der Leyen, durante sua estada na região italiana da Puglia, durante a cúpula do G7. No encontro, o presidente também levou aos líderes europeus a proposta de taxação dos super-ricos.
Por Redação, com agências internacionais – de Roma
Ao se despedir da Itália, em seu último dia da visita oficial ao país-sede do G7, grupo que reúne os países mais ricos do mundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou aos jornalistas, neste sábado, que o Brasil está pronto para assinar o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. O entendimento comercial depende apenas que o bloco europeu seja recomposto, após as eleições para a Assembleia Nacional na França, antecipadas para o fim deste mês, posto que o Parlamento francês foi dissolvido pelo presidente Emmanuel Macron.

— Estamos certos de que o acordo será benéfico para a América do Sul, Mercosul e para os empresários e os governos da União Europeia — adiantou o presidente.
O tema foi tratado com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Gertrud von der Leyen, durante sua estada na região italiana da Puglia, durante a cúpula do G7. No encontro, o presidente também levou aos líderes europeus a proposta de taxação dos super-ricos, que cria um imposto global mínimo de 2% sobre a riqueza dos bilionários, que atingiria apenas cerca de 3 mil pessoas no mundo.
— Eu convidei todos a entrar na briga contra a desigualdade, contra a fome e contra a pobreza, não é possível que você tenha meia dúzia de pessoas que tenha mais fortuna que o Produto Interno Bruto (PIB) da Inglaterra, da Espanha, de Portugal e da Alemanha juntos — confirmou.
Pobreza
Em seu discurso aos líderes das nações mais ricas do planeta, Lula voltou a propor a reforma na governança global, que tem marcado a atual Presidência no G20, baseada na inclusão social e na luta contra a fome e a pobreza no mundo. O presidente brasileiro convidou os lideres a participar do lançamento do Programa Nacional de Combate à Fome e a Pobreza, em julho, no Rio de Janeiro.
Será necessário, segundo o líder brasileiro, que os empresários europeus aumentem o comércio exterior para melhorar o fluxo na balança comercial.
— É preciso aumentar a rentabilidade de cada país, o comércio exterior, o fluxo na balança comercial e quem trata disso é empresário, não é governo. O governo só abre a porta, mas quem vai fazer negócio são os empresários — concluiu.