“É preciso forjar na Câmara e no Senado um pacto de ampla maioria que una todos os democratas e forças amplíssimas que se oponham ao Estado policial e o complexo de poder que tenta criminalizar a política e destruir a democracia, reconstruindo marcos legais e aprofundando o Estado de Direito”, diz o texto.
Por Redação, com FSP – de Brasília
Tendência majoritária no Partido dos Trabalhadores, a Construindo um Novo Brasil (CNB) levará ao Diretório Nacional (DN) da legenda a proposta de resolução que estrutura um pacto capaz de unir “todos os democratas e forças amplíssimas” no Congresso. “Ao propor o pacto para a democracia, no entanto, o documento não cita os atos golpistas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro nem aborda a relação do governo com os militares”, observa o texto publicado nesta segunda-feira, na edição do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP).
Amplos setores do PT querem formar maioria absoluta na Câmara
De acordo com a apuração, “O texto base diz que é preciso forjar no Congresso (…) ‘um pacto de ampla maioria’ que se oponha ‘ao Estado policial e o complexo de poder que tenta criminalizar a política e destruir a democracia’. O documento propõe a reconstrução de marcos legais e aprofundamento do ‘Estado de Direito e as garantias individuais e democráticas”.
“É preciso forjar na Câmara e no Senado um pacto de ampla maioria que una todos os democratas e forças amplíssimas que se oponham ao Estado policial e o complexo de poder que tenta criminalizar a política e destruir a democracia, reconstruindo marcos legais e aprofundando o Estado de Direito e as garantias individuais e democráticas”, diz o texto.
Políticas
Na reunião desta segunda-feira, o DN avalia a proposta de resolução apresentada ao partido na noite de sexta-feira. Até o início desta tarde, representantes do PT nos Estados têm feito sugestões de alteração da proposta, ainda a ser votada pelo coletivo. O encontro desta segunda-feira é o primeiro desde 2020 e o primeiro no atual governo Lula a ser realizado de forma presencial.
A proposta do campo majoritário do PT reforça, ainda, as críticas o Banco Central (BC), ao afirmar que sua “política de juros altos” não controlou a inflação “e impede a construção de uma trajetória de investimentos para o desenvolvimento do país”. O texto presume, ainda, que os temas das políticas fiscal e monetária “estão no centro do debate”; classifica como “tragédia” o teto de gastos e afirma que ele nunca foi respeitado e serviu apenas de cortina de fumaça para “justificar o descaso com as necessidades do povo brasileiro”.
Ainda no documento, os signatários ressaltam que “escândalos foram engendrados contra os governos petistas, o PT e seus líderes para criminalizar a política e destruir a democracia —e que isso é um projeto”, acrescenta a FSP.
Bolsonarismo
“Um projeto articulado de fora, numa guerra ‘soft’ envolvendo redes sociais, mídias empresariais variadas e a parte cooptada do judiciário brasileiro, cuja maior expressão foi o juiz Sergio Moro e sua quadrilha de procuradores”, diz o documento.
Em outro trecho do documento em análise, de acordo com a CNB, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sem citá-lo nominalmente, e o bolsonarismo, integram o setor político que é “guardião da casa grande e do chicote da senzala”.
“O bolsonarismo não é um fenômeno isolado, e o ex-presidente, com suas tosquisses e suas ações desumanas e repugnantes, representa um pedaço grande de um país marcado por iniquidades, desigualdades, preconceitos e violências”, ressalta o documento.
