Vídeos divulgados nas redes sociais mostram apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tomando espaços internos e promovendo quebra-quebra dentro do Congresso Nacional, sede do Legislativo; do Supremo Tribunal Federal (STF), sede do Judiciário; e até do Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.
Por Redação, com ANSA – de Roma
Políticos italianos condenaram neste domingo a insurreição de radicais bolsonaristas contra as instituições da democracia brasileira, comparando o episódio com a invasão de apoiadores de Donald Trump ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
– Trata-se de um gravíssimo ataque ao coração da democracia de um país que se expressou em eleições livres – disse a deputada e estrela ascendente da centro-esquerda italiana Elly Schlein, candidata a secretária do Partido Democrático (PD).
– Estamos vendo imagens dramáticas que remetem àquelas do Capitólio, então também preocupa o aspecto de imitação – acrescentou a parlamentar, em entrevista à emissora La7.
– Também acho inaceitável e gravíssimo que Bolsonaro não tenha dito nada e não tenha tomado distância. Não é aceitável que existam forças que se coloquem fora do arco constitucional democrático, então faço um apelo a todas as forças que estão mais distantes de mim para que se expressem para restaurar as regras da democracia – disse Schlein.
Democracia
Já o deputado e ex-governador do Lazio Nicola Zingaretti, também do PD, afirmou que “a direita brasileira perdeu as eleições e agora assalta o Parlamento”. “Estou ao lado da democracia, do presidente Lula, da liberdade”, escreveu o parlamentar no Twitter.
Por sua vez, o deputado Vincenzo Amendola, líder do PD na Comissão de Relações Exteriores na Câmara, declarou que os “soberanistas reagem com desprezo pela democracia quando perdem”. “Ao lado de Lula e das instituições brasileiras. Que o governo condene sem hesitar”, acrescentou.
Outro deputado do PD, Roberto Morassut, convocou uma manifestação em defesa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da democracia diante da Embaixada do Brasil em Roma para esta segunda-feira.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tomando espaços internos e promovendo quebra-quebra dentro do Congresso Nacional, sede do Legislativo; do Supremo Tribunal Federal (STF), sede do Judiciário; e até do Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.
Os radicais pedem um golpe militar para destituir Lula.