Hoffmann, que participou nas negociações para formação do ministério de Lula, se diz favorável aos ajustes no acordo com a União Brasil — sigla que recebeu três pastas e ainda se declara independente em relação ao governo. “Temos que fazer um freio de arrumação”, afirmou a presidente do PT.
Por Redação – de Brasília
Presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), rejeitou a hipótese de reduzir o número de ministérios ocupados pelo partido para acomodação de novos aliados à base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a parlamentar, em entrevista ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, ela não vê ”como o PT ceder mais espaço no governo para contemplar outras forças”.

Hoffmann, que participou nas negociações para formação do ministério de Lula, se diz favorável aos ajustes no acordo com a União Brasil — sigla que recebeu três pastas e ainda se declara independente em relação ao governo.
— Temos que fazer um freio de arrumação, porque, mesmo sendo contemplado como foi, é um partido que não está fazendo entrega — acrescentou.
Bolsonarismo
Segundo a presidente do PT, é natural que o governo imponha um filtro ideológico para nomeações descartando indicados que se alinharam ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
— Se nós ganhamos, nós temos uma posição política clara contra o bolsonarismo — observou.
A parlamentar observou, ainda, que não se forma “a base do dia para noite”.
— O governo está fazendo um esforço muito grande para agregar forças no Congresso. Isso não quer dizer que 100% irá concordar com o governo, e que, em todos os projetos, (os partidos) vão votar juntos. Vai ter sempre divergência, mas eu acho que o que importa é esse esforço — disse.
Quanto aos espaços ocupados no governo por partidos como o MDB, PSD e União Brasil, Hoffmann faz uma exceção para o MDB e PSD.
— São partidos que de certa forma já estavam nos acompanhando na campanha, ainda que divididos — concluiu.