A vitória de Trump, segundo interlocutores, também poderá ser decisiva para os planos políticos do extremista. A equipe de Bolsonaro vê na vitória do aliado norte-americano uma chance de reverter a inelegibilidade que o impede de concorrer ao Planalto, em 2026.
Por Redação – de Brasília
A família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já acreditava que o radical de ultradireita republicano dos EUA Donald Trump venceria as eleições deste ano mas, agora, diante os atos violentos em Butler (PA) no sábado, estariam certos que a tendência se confirmará. A base lógica para tal afirmativa teria como base a suposta facada ocorrida em 2018, durante ato político em Juiz de Fora (MG), que embalou a eleição do mandatário neofascista.
A suposta facada que Bolsonaro teria sido vítima ainda é motivo de desconfiança, mas Bolsonaro tenta revivê-la
A vitória de Trump, segundo interlocutores, também poderá ser decisiva para os planos políticos do extremista. A equipe de Bolsonaro vê na vitória do aliado norte-americano uma chance de reverter a inelegibilidade que o impede de concorrer ao Planalto, em 2026. No entanto, até o momento, não há qualquer evidência neste sentido.
Ligação
Fontes próximas ao clã Bolsonaro revelam ainda, à mídia conservadora, que Trump teria se comprometido a pressionar o governo e o Judiciário brasileiro, caso fosse eleito presidente. Esse compromisso teria sido firmado em uma conversa entre o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o filho ’03’, e Trump, ocorrida há cerca de quatro meses. O ’03′ é a principal ligação de Bolsonaro com integrantes internacionais da ultradireita.
Bolsonaro, dizem seus seguidores, acredita que se Trump for eleito, ele terá poder suficiente para pressionar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a mudar o entendimento quanto à inelegibilidade do aliado sul-americano. O discurso de Trump apresentaria Bolsonaro como um perseguido político, apesar das infrações e crimes apontados contra ele pela Justiça e a Polícia Federal (PF).
