As marchinhas de carnaval, que dominaram completamente a folia entre as décadas de 30 e 60 do século passado, usaram e abusaram do humor e da crítica social, principalmente a de costumes.
Muitas delas, como "Cabeleira do Zezé" (João Roberto Kelly e Roberto Faissal) e "Maria Sapatão" (João Roberto Kelly), não passariam, se lançadas hoje, no teste do politicamente correto - a turma que aplica esse vestibular é tão rígida que chegou a condenar o verdadeiro hino do carnaval brasileiro que é "O Teu Cabelo Não Nega" (Lamartine Babo e Irmãos Valença).
Com o correr do tempo, outros ritmos chegaram a dominar o carnaval, mas as marchinhas nunca deixaram de ser tocadas - são a alma da festa.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=30&v=tRusmBrTLWE
Sua letra pega pesado no ídolo das viúvas da ditadura.
Rir é o melhor remédio.
Tem que ter QI de mico
Pra ficar lambendo bota de milico
Cérebro de periquito
Pra chamar esse boçal de mito
Memória de tanajura
Pra dizer que nunca houve ditadura
Cabeça de camarão
Pra querer voltar pros tempos da inquisição
É melhor Jair
Já ir embora
Sair correndo para a aula de história
É melhor Jair
Já ir embora
E leve o prefeito Dória
Leve também a turma desses idiotas
MBL
Crivella
Alexandre Frota
Pra completar na verdade o bom seria
Levar o mico pra aula de economia