
Já pensou em chegar em casa, olhar para o quintal e ver um macaco naquela arvorezinha de todo dia? Ou ser surpreendido por uma onça na churrasqueira? Parece mentira, mas esses casos são reais e foram registrados aqui no Paraná.
Se o susto com um animal selvagem é maior, o incômodo que um bichinho doméstico pode causar também é grande. Como aquele gatinho que surge do nada e que, quando você percebe, está no motor do seu carro ou atrás da geladeira, escondido e quentinho. E aí, o que fazer?
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A orientação é simples: evite contato físico com o animal e busque ajuda profissional, seja das autoridades competentes ou de um veterinário. Ana Sílvia Basserino, médica veterinária e professora de Clínica e Produção de Animais Selvagens da PUCPR, explica que evitar contato com o animal é uma questão de segurança, para a pessoa e para o bicho. “Às vezes o animal está machucado e se alguém o tocar acaba machucando ainda mais. Além disso, você pode ser arranhado ou mordido e não sabe a procedência do bicho, nem se ele pode transmitir doenças”, alerta.
Outra atitude que deve ser evitada é alimentar os animais: se o objetivo é que eles fiquem longe da sua casa ou da sua rua, não atraia ainda mais o bicho. Há também os radicais, que pensam em matar a visita-surpresa. “Não pode matar, os animais são protegidos por uma legislação própria. Se acontecer uma atitude de machucar o animal, a pessoa vai sofrer punições”, lembra Ana Sílvia. A Gazeta do Povo separou alguns casos com as orientações do que fazer em cada um. Confira:
Domésticos
De repente você escuta um miado e não tem ideia de onde o barulho vem. Pimba! Pode ser um gatinho escondido no motor do seu carro ou da geladeira ou mesmo preso em uma árvore. Nesse caso, o Corpo de Bombeiros não atua e você vai precisar resolver o problema sozinho. Tente atraí-lo, usando até comida, ou espantá-lo, falando alto, mas sem tocar no bichano. Se nada der certo, procure o auxílio de um veterinário.
Serpentes e aves
Cuidado com as cobras! Não mexa na serpente, porque você nunca terá certeza de que ela não é venenosa. Outro caso comum é o de ninho de pássaros. Já pensou em acordar com um urubu fazendo ninho na varanda? Não alimente o animal e tente afugentá-lo sem partir para a violência. Nos dois casos, procure ligar para as autoridades e peça ajuda para saber qual o procedimento para retirá-los da sua casa.
Cães
O ditado diz que cão que ladra não morde, mas quando aquele cachorrão feroz aparece solto na vizinhança ninguém quer arriscar. Nesse caso, chame a Guarda Municipal pelo telefone 153. Ela recolhe o animal e o encaminha para o Centro de Controle de Zoonoses. Em Curitiba, a Rede de Proteção Animal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) também vai oferecer ajuda aos chamados cães comunitários, aqueles que vivem em terminais de ônibus. Animais machucados ou de pequeno porte podem ser adotados. Para isso, converse com grupos de protetores de animais, como a Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba (41) 3256-8211.
Abelhas
Colmeia na sua casa? Se você não quer ser picado por uma abelha, não cutuque, evite som alto e prenda os animais que possam entrar em contato com elas. O Corpo de Bombeiros só atende a ocorrências graves, quando há ataque às pessoas, mas pode passar orientações e indicar profissionais para a retirada da colmeia. Normalmente é preciso contratar um apicultor, que tem a vestimenta e equipamentos adequados para essa operação. A Associação Paranaense de Apicultores (APA) pode indicar profissionais pelo telefone (41) 3256-0504.
Selvagens
A destruição de matas e florestas acaba forçando animais selvagens, como macacos e grandes felinos, a saírem de seu hábitat natural e invadirem as grandes cidades em busca de comida. Ao se deparar com um, não arrisque: ligue para as autoridades. Embora não seja uma função específica, a Polícia Ambiental ou o Corpo de Bombeiros podem ser acionados nesses casos para auxiliar no recolhimento e encaminhamento do animal – ou para um centro de triagem ou de volta para a natureza. Telefones de emergência: 190 e 193.
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