[Por Vito Giannotti] Nós que lemos este boletins, todos, ficamos indignados com as monstruosidades ditas e gritadas pelo Bolsonaro em sua campanha pelo “Estupro das que merecem”, “Das que não são feias”. Eu fiquei feliz de, na quinta feira, dia 18, estar distribuindo o Jornal Brasil de Fato, edição carioca, com a manchete “Mulheres pedem cassação de Bolsonaro”. Foi bonito, na véspera, uma manifestação de mulheres em protesto contra aquele escândalo. E menos de 6 horas depois, um jornal nosso, de esquerda noticiava a manifestação. Sim, bonito, bonito.
Mas o problema é outro. Qual a porcentagem de cariocas, mas seria igual se fosse em São Paulo ou BH, ficou furiosa com a atitude de Bolsonaro? Não é só ele que pensa que pode-se estuprar qualquer mulher, desde que valha a pena. Essa é uma das ideias hegemônicas na sociedade. Igual a história da redução da idade penal. Igual a tortura nas delegacias. Quantos são contra? A explicação? De quem é a culpa? Cadê nossa comunicação diária, via jornal, rádio, Tv, internet? Sem isso são os Bolsonaros que mandam. É preciso um esforço diário por anos a fio para mudar as ideias de direita dos Felicianos, Bolsonaros e da mídia dos patrões: Globo, Record, SBT, Folha, Estadão Veja, Època, Istoé e muitos mais.