O Escola Sem Partido nasceu há mais de dez anos por obra de um advogado desconhecido e de poucas luzes. Ganhou uma simpatia acanhada do Instituto Millenium; seu programa era tão bisonho que mesmo uma direita minimamente ilustrada não pode adotá-lo.
Sua projeção vem da associação com os setores mais incultos da nova direita, que ganharam espaço nos últimos tempos. São olavetes, bolsominions, MBL, Revoltados On Line: gente que deseja impor ao mundo as trevas que imperam em sua vida mental. Gente que acredita realmente que é possível entender a sociedade contemporânea ignorando a obra de Karl Marx.
No caminho, o Escola Sem Partido incorporou também o combate à "ideologia de gênero", uma invenção dos setores mais reacionários da Igreja Católica que ganhou a adesão entusiasmada da direita evangélica. E aí se torna necessário acreditar que os papéis de gênero são derivações automáticas das diferenças biológicas, algo que só se sustenta com uma ignorância épica sobre o que são e como se construiram as sociedades humanas. Leia o artigo completo.