[Por Claudia Santiago] Qualquer conversa sobre comunicação sindical, no nosso meio, começa xingando a mídia burguesa, a mídia dos patrões. Todos concordamos que é preciso democratizar esta mídia, que os últimos governos nada avançaram neste assunto e que a principal batalha é exatamente a democratização da mídia.
Uma das atitudes possíveis para nós, esquerda, é xingar aquela mídia empresarial e sentar na calçada e chorar.
A outra é arregaçar as mangas e construir uma mídia alternativa de verdade. Uma mídia que enfrente o outro lado, o lado inimigo e dispute a hegemonia com ele. Sim, temos mil vezes menos dinheiro que nossos inimigos. Mas não somos um filhos de ratos pelados. Quem nos proíbe de unifcar esforços e fazer um, dois, três belos jornais diários, nacionais? Quem nos impede de criar três ou quatro belas revistas semanais para disputar com aquelas revistas-esqotos que inundam as nossas bancas. Vamos pensar. Gente capaz se fazer belas revistas existem. Temos centenas de jornalistas capazes E temos milhares de militantes para trabalhar com esses materiais. Dinheiro? Também temos. Perguntem ao Getúlio Vargas. E então? Vamos parar de choramingar pelos cantos.