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Núcleo Piratininga de Comunicação

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Blog do NPC

April 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.

Por Najla Passos: Morre Vito Giannotti. A luta continua, porra!

July 30, 2015 17:17, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

O Brasil perdeu nesta sexta (24) Vito Gianotti, o escritor italiano que escolheu o Brasil para viver e para lutar em prol dos trabalhadores. Operário, dirigente sindical, educador e comunicador popular, ele era coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), o principal centro de treinamento e produção em comunicação popular e sindical do país. Leia mais.



Por Sérgio Domingues: Vito Giannotti (1943…)

July 30, 2015 17:15, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

É foda! Vito se foi. Nos deixou um monte de ensinamentos. Um dos mais importantes: continuar aprendendo sempre. Tudo isso em meio a muitos palavrões carinhosos. Mas ele tá muito vivo, porra! Agora, um pouco de luto. Só o bastante pra continuar na luta que ele jamais abandonou. Bem unido façamos, Nesta luta final, Uma terra sem amos A Internacional… Valeu, Vitão!



Por Marcelo Souza

July 30, 2015 17:12, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

Desde sexta-feira, quando recebi, através da Katia Marko, a notícia da partida do Vito Giannotti, queria escrever alguma coisa. Alguma homenagem ao amigo tão querido. Mas sei lá, sentei algumas vezes e tudo parecia tão pequeno. Vito é daquelas pessoas que não passam impune na nossa vida. Alguma coisa a gente aprende. Pode aprender a escrever de forma que os outros entendam. Aprende a fazer um jornal bonito. Aprende que jornal tem que ter infográfico. Aprende a falar palavrão. Aprende a cantar a Internacional. Aprende que a comunicação tem lado. Aprende qual é o teu lado. Mas, principalmente, aprende a ter carinho com o próximo, aprende a ser generoso, aprende que ser revolucionário é, antes de mais nada, ter um coração enorme que acredita que o ser-humano tem jeito sim.

Lembro de uma vez em sua casa, no Rio de Janeiro, o Vito falar que na cabeça ele era comunista, mas lá no fundo o seu coração era anarquista. Esse era o Vito Giannotti, um tipo de gente que está cada vez mais difícil de aparecer. Como se diz aqui no Sul, vinho de outra pipa.

Pensar que não vou mais ouvir aquela vozeirão falando "E aí magrão? Como é que vai?" e logo depois começar um papo sobre o momento da política, dói. Mas sei que como tempo essa dor vai dar lugar a gratidão de ter convivido por quase vinte anos com uma pessoa tão especial.

Talvez a coisa mais importante que eu aprendi com esse italiano seja que, quando ele falava "A luta continua, porra!", era a mesma coisa de falar "a vida continua, porra!". Pois para ele vida e luta sempre foi uma coisa só. Valeu Vitão!!



Por Breno Altman: Morreu um bravo

July 30, 2015 17:09, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

Faleceu, no dia 24 de julho, aos 72 anos, um dos mais dedicados, destemidos e criativos militantes sociais deste país, o italiano Vito Giannotti, brasileiro de coração.

Era um revolucionário sem dogmas e preconceitos.

Quando abraçou a causa do socialismo, em sua pátria natal, soube dos kibutz israelenses e teve a esperança de que lá, no final dos anos 50, nascia um mundo novo.

Arrumou suas malas e mudou-se para Israel, sem ter qualquer vínculo com o judaísmo.

Quebrou a cara. Decepcionou-se com o que viu e viveu. Rapidamente desistiu do sionismo, do qual passou a ser crítico implacável, procurando a encarnação de suas convicções socialistas em outras plagas.

Resolveu, então, se juntar à epopéia latino-americana, mudando-se para o Brasil, empregando-se em uma metalúrgica e atuando no movimento sindical logo após o golpe militar de 1964.

Foi um dos grandes animadores da oposição sindical metalúrgica de São Paulo, nos anos 70 e 80.

Dedicou-se especialmente à tarefa de educar o sindicalismo combativo para a tarefa da comunicação, pois considerava essa a principal ferramenta para radicalizar a consciência de classe e pavimentar o caminho ao socialismo.

Desde os anos 90, mudando-se de São Paulo para o Rio de Janeiro, liderou a constituição do Nucleo Piratininga de Comunicação (NPC), formidável experiência para o debate dos temas da informação e para a formação de animadores da luta social. Leia mais.



Por João Pedro Stédile, do MST: Perdemos um grande camarada, Vito Giannotti

July 30, 2015 17:02, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

Vito Giannotti chegou da Itália em 1964, com 21 anos.

Tornou-se um brasileiro legítimo. O povo brasileiro o adotou. Operário metalúrgico, fez militância sindical durante toda ditadura militar. Sábio e autodidata, se transformou em jornalista.

Era um defensor intransigente, seguindo o mestre Gramsci, de que a classe trabalhadora precisa construir seus próprios meios de comunicação. Ajudou a formar diversos jornais e boletins da classe, entre eles o jornal Brasil de Fato nacional e o tabloide BdF do Rio Janeiro. Deve ter dado milhares de palestras pelo Brasil à fora incentivando a comunicação da classe. Leia mais.



Editorial do Brasil de Fato RJ: Uma semente chamada Vito Giannotti

July 30, 2015 16:59, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

Essa semana o Brasil de Fato vive um misto de tristeza e alegria. Estamos de luto porque perdemos sexta-feira, dia 24 de julho, o companheiro Vito Giannotti. Nascido na Itália, brasileiro de coração, Vito foi operário, da produção material e da comunicação popular. Vito foi a semente que deu bons frutos. Diversos veículos da imprensa chamada de "alternativa" o tiveram como mentor. Sua contribuição para a imprensa sindical e popular no país dificilmente será igualada. Confira!



Por Paulo Donizetti: Vito Giannotti, operário da memória e da liberdade, sempre em construção

July 30, 2015 16:54, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

Vito é filho de italianos. Chegou a São Paulo aos 21 anos, em 1964, e passou a vida toda construindo. Construiu resistência à ditadura, construiu a oposição metalúrgica de São Paulo ante sucessivas direções indignas de representar trabalhadores, construiu a pesquisa e a memória das lutas sociais e operárias, construiu pontes que, por meio da comunicação, ligassem lideranças sociais e intelectuais e suas ideais ao cidadão comum exposto à indecência da imprensa hegemônica. Leia mais.



Por Verena Glass

July 30, 2015 16:52, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

Ontem, dia 24 de julho de 2015, ele foi embora. Sem aviso prévio, Vito Giannotti, aos 72 anos, se foi, silencioso. Um silêncio macio que, bem sabem os que o conheceram, nunca foi sua marca. Nascido em Lucca, na Itália, Vito chegou ao Brasil pouco depois do golpe militar. Tinha 21 anos e vinha de uns tempos de aventura como marítimo em um barco de pesca industrial. Gostou daqui e ficou, muito porque, segundo contou em várias entrevistas, se encontrou como militante político (coisa que não logrou, de forma que satisfizesse, em seu país de origem).



Boletim especial da FISENGE – #VitoVive

July 30, 2015 16:50, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

Homenagem da Fisenge ao lutador, amigo e companheiro, Vito Giannotti. Ele desbravou o país em defesa da comunicação e foi o impulsionador da criação de diversas mídias em sindicatos. Não poderíamos pensar em melhor maneira para homenageá-lo senão um boletim especial para ele. Vito, presente! #VitoVive

Confira!



Por Chico Canindé

July 30, 2015 16:44, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

É foda falar de amigos, amigos metas

Amigos moldados em uma metalurgia, temperada a caráter

de amor a ferro em brasa e soldar feridas sociais com solidariedade

temperada na honestidade da amizade.

Vito, vc deixou a gente com um que de que falta algo

com amigos assim fazemos a sarambada sem medo

de que falte crença, sem o enigma do cinismo

Com amigos assim a gente canta cantigas de águas

e peixes brincando como crianças.



Por Celso Campos – O Homem de Lucca 

July 30, 2015 16:40, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

Certo dia ele resolvera abandonar toda sua comodidade creio que nada mais nada menos que um pouco de roupa na bolsa, alguns livros na mochila e partira para Jerusalém.

Lá encontrou a sua essência no Homem do Peixe que a ele disse para rasgar todo aquele caralho de trás e o que viesse à frente daquele livro de sabe-se lá quantas páginas... 5350, 6000??

Essa página o jovem nascido na cidade de Lucca, Itália guardara em seu coração por toda a vida. O Homem de Lucca a transmitiu a alguns de seus alunos em dezembro de 2014, com as mesmas palavras que o Homem do Peixe o disse algum dia. Leia mais.



Por Nathalia Faria – Meu avô Vito Giannotti

July 30, 2015 16:36, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

Não lembro a primeira vez que estive com Vito.

Mas sei que naquele dia ele me marcou.

Lembro-me de pensar:

“Que velhinho palavrudo”.

Vito poderia ser meu avô. Aliás, ambos morreram com a mesma idade.

Mas, meu avô, um dos homens mais fantástico que a memória me permite lembrar, não falava palavrões. Nunca.

O Vito falava. E muito.

Aos poucos entendi o porquê.

Vito era diferente. Vito era um trabalhador.

Não que meu avô não o fosse. De fato, era. E daqueles incansáveis. Trabalhava na rua e em casa.

Mas o Vito trabalhava pelos/as trabalhadores/as.

O Vito lutava pelos/as trabalhadores/as.

De tão lutador se fez jornalista.

Para com os/as trabalhadores/as dialogar.

De tão lutador se fez palavrudo.

Porque somente os palavrões podem adjetivar a exploração humana,

A desigualdade,

O preconceito,

A miséria,

O capital.

E de tão palavrudo, inconformado, indignado, se fez terno.

Porque é preciso “Endurecer, sem perder a ternura. Jamais.”

E assim, se fez extremamente radical.

E extremamente amoroso.

Porque a radicalidade e a ternura são complementares, e não antagônicas.

Ontem, Vito foi encontrar o meu avô.

Eu não era próxima a ele.

Por isso, não choro a morte de um amigo. Como fiz com meu avô.

Mas ele era próximo a mim.

Porque a indignação nos faz companheiros.

Por isso, hoje é dia de luto.

Mas, amanhã é dia de luta.

Pelo Vito, pelo meu avô,

Pelos trabalhadores e trabalhadoras,

Desse país tornado injusto.

Pelos trabalhadores e trabalhadoras

que morrem, sofrem, lutam, xingam e sorriem com ternura,

Como o Vito.

Vito Giannotti, presente!

Presente! Presente! Presente!

Sim Nathalia, Vito foi um Presente e Continuará Presente.

* Nathalia Faria é historiadora e professora da FEUC em Campo Grande RJ.



Por Gustavo Barreto – Eu conheci o Vito porque tinha que conhecer

July 30, 2015 16:34, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

Claudia Santiago é da família, mas até aí família é grande, tem sempre um primo ali, uma parenta ali. E como eu fui trabalhar com a Claudia e o Vito? Em pleno feriadão, quando tava todo mundo curtindo uma praia, uma bebedeira, estava eu militando noconsciencia.net em algum momento do início dos anos 2000.

Isso chamou a atenção dos dois. Como pode? O que tem na cabeça esse garoto que não está “zuando” por aí? E eles me chamaram pro NPC. E eu fui e até hoje não saí, e amanhã tem aula de novo, e vai demorar, como profetizou o Vito, uns 300 anos pra mudar as coisas. Mas a gente tem uns 50, 60 com sorte, então tem que fazer. Então eu vou continuar, cada vez mais e mais, porque a batalha da comunicação popular não tem fim, pelo menos não nessa vida.

E foi com o Vito que eu aprendi essas coisas. O que importa mesmo. Como falar pras massas. Como se comunicar com o trabalhador sem cair na demagogia barata e grotesca da grande mídia. Como chamar o seu Zé, a dona Maria, e trazer eles pro nosso lado – porque a gente tem lado, e isso eu aprendi com o Vito também.

Essas coisas estão nos livros (em alguns, não todos), estão descritos na teoria, mas é com luta que você aprende. Às vezes caindo, se machucando, pra perceber como a disputa da hegemonia ainda é a grande batalha da nossa sociedade, e como é danoso o domínio do capital para os “de baixo”, como dizia o Florestan Fernandes.

Eu perdi um pai hoje. Desses imprescindíveis, como categorizou o Brecht, desses que lutam toda a vida. Talvez por estudar História constantemente, eu tenho muita dificuldade em lidar com a finitude da vida. Mas exatamente por estudar História, eu me sinto honrado de ter feito parte da vida deste ícone da luta pela comunicação popular que foi Vito Giannotti.

Eu prometo, Vito, honrar toda a sua luta. Ela é inglória, parece impossível, mas foram pessoas como você que nos mostraram que a única saída digna é nunca desistir. Eu vou estar sempre ao seu lado, conforme eu prometi.



Por Silvana Sá – Lições de jornalismo

July 30, 2015 16:30, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

“O editor deu o tamanho... Eu ultrapassei em mais de mil caracteres... Dava quase uma página... Daí me veio a voz do Vito: "Corta esta porra. Texto grande ninguém lê". Então, percebi que a melhor homenagem que posso prestar é colocar em prática cotidianamente os ensinamentos dele... Cortei. O texto ficou do tamanho pedido. Mas não menos carregado de amor”. Silvana Sá, jornalista da Adufrj e ex-aluna do Curso de Comunicação Popular do NPC.



Por Max Marreiro – Aí, o Vito Gianoti chegou ao céu

July 30, 2015 16:27, by NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

É recebido por São Pedro, que lhe mostra o local, a estrututra de poder do local. Vitão, já puto dentro daquela roupa branca, começa a questionar: Mas por que caralho essa merda é assim? isso é uma puta duma sacanagem.Começa a organizar uma pequena revolta no Céu, monta um jornalzinho de oposição, etc.

Imediatamente é convidado a se retirar. Vai parar no inferno. Passa-se um tempo, São Pedro curioso sobre aquele velhinho que fez um rebuliço em tão pouco tempo no céu, passa um whatasap pro Capeta responsável pelas informações do Inferno:

"Oi, aqui é São Pedro. Deus gostaria de receber informações sobre o comunista velhinho que mandamos a pouco pra ai, o Vito Giannoti."

Resposta recebida: "Companheiro Pedro. Para começar, deus não existe. Em segundo lugar, o companheiro Vito está ocupado pra caralhoo, preparando a assembleia dos companheiros infernais, para melhorar as condições aqui no inferno.

Vocês ai em cima não receberam as últimas edições do "Inferno de Fato"? está tudo lá.